quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A teoria da relatividade E a Teoria quântica

 

Como temos visto nos artigos que tenho publicado, até um certo ponto da história não houve contradição entre estas teorias pelo menos nos seus princípios.

Tudo se fazia segundo leis determinadas que podiam ser analisadas e descobertas,bem como compreendidas.

Com o passar do tempo uma concepção como esta passou a ser desafiada por uma indeterminação ou incapacidade de abarcar o universo de uma maneira rigidamente lógica,como se fosse um todo fechado,apreensível por leis absolutas.

Quanto mais estes dois caminhos foram seguindo em frente mais se separaram,porque a complexidade dos fenômenos do universo aumentou.

Assim,toda a análise de Einstein sobre o efeito fotoelétrico,a determinação das calorias envolvidas na luz,nos fótons ,não atingia de modo nenhum esta estrutura bem organizada do universo.

Mas quanto mais alargava-se o campo de investigação,mais ficava claro que a questão era não das leis próprias dos fenômenos mas a da própria natureza do campo de investigação.

Einstein terminou a vida tentando colocar este campo dentro de leis rígidas,sem o conseguir.E na verdade era impossível,porque o campo,dentro da sua infinitude ,não pode ser senão parcialmente explicado,numa manifestação localmente construída pela teoria,mas que na objetividade,não existe mais.

Porque ao atingir um limite ,outro se coloca e assim sucessivamente.

A natureza do campo não é unificável ou explicável por conceito,até mesmo de natureza.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O fim da dialética VI

 

Nós já vimos os argumentos para diluir a dialética hegeliana:o papel do acaso,Aristóteles,mas agora vamos ver a contribuição mais famosa contra ela:a de Popper.

Popper usa a empiria e a inferência indutiva para fazer este “ trabalho”.Dentro de um processo lógico, uma premissa se define pelo seu contrário.Sócrates é homem porque existe o não-homem.Isso o definiria segundo Hegel.

Mas Popper mostra que tal é impossível.De uma premissa se pode inferir muitas coisas,muitas possibilidades,mas um traço distintivo as limita.

Se nós compararmos com um jogo de dados,ao jogá-los as probabilidades de que uma continuidade se dê são tantas quanto os números no dado.

O mesmo acontece com as premissas:Sócrates é homem.De modo geral se Sócrates é homem ele pode ser mortal ou imortal,não as duas coisas ao mesmo tempo,até porque se opõem estas consequencias.

Até ai tudo bem.O problema é quando se introduz a negação e possibilidade de um terceiro elemento quebrando a logica desta  primeira regra de inferência:

Se  p/p v q se Sócrates ou é homem ou é imortal.Mas se se diz não-p, “não-sócrates”,a coisa muda de figura na medida em que Sócrates é mortal ou imortal,mas pode ser outra coisa segundo a dialética.

Pvq/q´,que seria este ultimo um terceiro incluído.O terceiro dialético.

É como ele desmonta esta concepção?Só é possível dizer que  o terceiro incluído é verdadeiro,se a premissa não-p, “não-sócrates” for falsa.Se não-p é verdadeira,se não é não-Sócrates,o terceiro incluído é falso.

Eu posso dizer “o sol está brilhando,logo césar não é um traidor”.Se eu digo “o sol não está brilhando é porque césar é um traidor”.É um processo lógico,que a dialética não tem como subverter.

“eu sou homem porque não sou mulher”.Eu me defino pelo meu contrário,mas na verdade sou homem porque não sou mulher.Se não sou homem não sou mulher também.

Uma coisa não é ela e outra ao mesmo tempo e esta ,a contradição não é o movimento do mundo.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Nietzsche e Hitler

 

Existem alguns pontos de contato sim entre os dois.Em Also Sprach Zaratustra sobre a “ Virtude amesquinhadora”,Nietzsche faz algumas considerações sobre as pessoas pequenas,que não têm grandeza e que o provam com estas virtudes comezinhas do cotidiano,estes moralismos diminutos que visam dar uma imagem impoluta às pessoas.As quais muitas vezes o fazem para esconder algo terrível.

É sabido que Nietzsche relacionava a feiúra com estes moralismos e usava como exemplo Sócrates,que era muito feio,segundo ele,exatamente,por causa destas preocupações racionais e éticas.

Quando os nazistas e Hitler se referem a uma arte degenerada,a um comportamento degenerado e decadente nomeiam a feiura como consequencia e medida disto.

Mas acrescentam algo que já está  neste capitulo do Zaratustra ,que é a doença.O moralismo é uma doença derivada de comportamentos virtuosos,próprios de piolhos pequenos que vivem nas frestas de porta  e no meio fio.

Em alguns momentos Nietzsche se distancia de Hitler,mas em outros se aproxima perigosamente.

Uma análise acurada o distancia ,mas em pessent,encontramos,aqui e ali,pontos de contato.

A mesma figura individual,perspectivista,pode ser usada no bom sentido da liberdade,como no da pretensão de ser um homem providencial,a solucionar tudo,pela vontade.

Nietzsche não o deixou bem explicado não e o senso comum(bem como os oportunistas)se valem desta incompreensão para explorar o pensamento do filósofo.

Mas ele ajuda um bocado,com afirmações referenciadas a uma base,que nem todo mundo conhece.

Nietzsche é um dos filósofos mais complexos neste sentido.