Por
razões óbvias:o primeiro é acusado de ser precursor do genocídio,o segundo
stalinismo.Este texto faz parte de estudos que tenho feito para encontrar um
método de abordagem das figuras históricas,que têm influência sobre
acontecimentos futuros,que se lhes seguem e as duas mais importantes são estas
aí.
São estudos para evitar más interpretações,especialmente quando faço menção a Getúlio Vargas e sou confundido como getulista.
São estudos para evitar más interpretações,especialmente quando faço menção a Getúlio Vargas e sou confundido como getulista.
As
idéias não são absolutamente originais e criações ultra-individuais.Elas são
uma passagem do coletivo para o individual.A dialética do individual para o
coletivo não existe(mais uma das razões para eu criticar a dialética...),pois
tudo nasce da experiência dos povos,como notara Kant.
Assim
,muito dificilmente, quando cito um autor ou um personagem ,cito-o como
homenagem ou elogio pessoal,mas como aquela pessoa que mais cristalizou um
pensamento.
Wagner
é o mais importante formulador do socialismo nacional,ou seja,do futuro
nazismo.Contudo ele morreu muito antes de Hitler e do movimento que praticou
crimes no século XX.O meu pai stalinista costumava dizer que a História não podia ser analisada a partir do código
penal(idéia do stalinismo) e eu ,naturalmente discordo,mas se o faço não tenho
como julgar a figura de Wagner pelo genocídio,por motivos óbvios.
O
fato dele propugnar ,no seu tempo,como está em muitas cartas,a expulsão e a queima dos judeus,que,segundo,ele ,tiravam
os empregos dos alemães(como Wagner),não nos autoriza a condená-lo,pois ninguém
sabe se ele o faria,se estivesse vivo em 1942.
Do
mesmo modo ,a acusação de economicismo feita por Mikhailovski contra Marx,que
parece ser a base da uma falta de ética original no movimento
comunista,favorecedora do stalinismo(isto sou eu quem está dizendo e não Mikhailovski)não nos
deve conduzir a uma condena moral de Marx,mas tanto Wagner e principalmente
este último precisavam estar vivos para dizer se suas concepções e pessoas
apoiariam o que sucedeu,em grande parte,em nome deles.
Quanto
de sofrimento poderia ter sido evitado e o que isto representaria,no caso de
Marx,de salvação e continuidade para o socialismo,até aos dias atuais,tão
acusado,justamente,de cometer crimes,em nome de Marx?
Ainda
que uma idéia individual apareça ela só é válida na medida em que impregna uma
época,uma sociedade,uma profissão ou expressa o desejo de uma experiência de
revelar-se,como é o caso de Nietszche,que se dizia um autor “ póstumo” não
reconhecido na sua época.A mesma coisa se diz do escritor preferido deste
filósofo,Stendhal,que não foi reconhecido no seu tempo ,mas previu o seu
renascimento para o final do século XIX,o que se deu realmente.
Aquilo
que é puramente individual é como uma garrafa do náufrago ,que da ilha,a lança
para se comunicar ou para deixar um testemunho de seu tempo.
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