sexta-feira, 15 de novembro de 2024

As mentes “superiores”

 

Analiso,como professor,as mentes de algumas cabeças “ superiores” para demonstrar algumas questões pedagógicas  importantes.

A primeira delas é que a distância entre elas e o homem comum não é tão grande. A segunda é que a atividade criativa não é sozinha, mas coletiva e que tem o concurso eventual destas pessoas “comuns”.

Mas  a terceira  questão é a que mais me interessa:analisar como se chega a determinadas descobertas ou criações.

Ler o pensamento de Deus foi em grande parte o escopo das vidas destas “ mentes brilhantes”,como Newton,Kepler.

Mas hoje,quero dizer do século XIX para cá, ler a mente de homens de carne e osso é mais importante porque revela as suas qualidades,mas também os seus condicionamentos humanos e sociais,o que faz abrir portas da compreensão e da realização por parte de outras pessoas.

Já há bastante tempo venho trabalhando neste tema  e escrevi um livro sobre ele “ o High Society Histórico”,em que já analisava esta problemática ,em seus diversos aspectos.

Naquele momento eu foquei na questão do “ festejo” em torno destes realizadores,que serve a propósitos políticos e financeiros,bem como,naturalmente,de poder,em volta destas “ personalidades”.

Agora eu foco no pensamento propriamente dito destes criadores e descobridores para fomentar o interesse de todos,acabar com o incensamento e tornar a realização como o centro das atenções.

Uma vez,em meio a jumentos vermelhos(que os há) disse que meu gênero de literatura preferida era a biografia e recebi criticas à minha “ egocentria”.

Mas ao ser professor os exemplos edificantes das trajetórias individuais me ajudaram muito na minha profissão.

 

domingo, 10 de novembro de 2024

Aristóteles e os Eleatas

 

Estas  distorções,  que certos manuais de filosofia causam na análise dos filósofos ,adquire aspecto escandaloso no caso de Aristóteles.

Normalmente,por causa das concepções aristotélicas do movimento, sempre se o associa com o eleatismo e as homeomerias de Zenão:a tartaruga e a lebre e a do calcanhar de Aquiles.

Relembrando e usando o diagrama tradicional do tempo e do movimento:



Aquiles jamais alcançaria a tartaruga se tivesse sempre que percorrer primeiro a metade do caminho restante.

Ou como no meu modelo:


Quando a primeira figura se movimenta a segunda já se movimentou ,bem como as outras,de modo que não há como se alcançá-la.

Mas no caso de Aristóteles este paradoxo não vale,porque ele admite formas de movimento.

Zenão tem mais a ver com Parmênides e Platão d que com Aristóteles.