Existem
três tratados do Entendimento Humano,que refletem as conquistas da ciência no
século XVII e principalmente no dezoito:os de Locke,Hume e Leibnitz.
Os
dois últimos procuram criticar a visão
ultra empirista de Locke.Hume chega a ridicularizar este autor por sua
concepção.
A
concepção de Locke contém inicialmente o erro de submeter tudo à objetividade,a
uma experiência humana ,da qual o homem seria dependente.
Nelson
Rodrigues chamaria Locke de “ idiota da objetividade” e Benjamin Franklin
afirmava que “ a experiência é a inteligência dos tolos” .E eu diria que Engels
está nesta categoria aí(ou nas duas),quando diz ,como conceito epistemológico básico
“ a prova do pudim está em comê-lo”.
Há
certas aptidões pré-dadas,no homem e na natureza.Eu já me referi a isto,com
exemplos.Eu tinha uma gatinha em casa que ,laqueada depois da primeira
ninhada,que ficava trazendo folhas para gatinhos imaginários;o leão passa 9
meses sem se importar com a leoa:durante um certo período ,pré-dado(pela
natureza)a fêmea solta os feromônios e o macho fica em cima dela até que o ciclo
natural se finde e se complete.
Do
ponto de vista imediato esta programação está dada, “ antes dos sentidos”;não
apartada deles,mas se põe junto com eles e preeminentemente.
O
fogo queima;um cavalo é bom,um piolho não.O ser humano não precisa comer um piolho
para saber se carne é melhor.
Em
termos imediatos é assim que funciona e a experiência tem um papel limitado.Mas
em termos mediatos,dir-se-ia ,sociais, ela joga um papel importante.