Nos
antigos manuais soviéticos o termo sub stanz de Aristóteles, “substância”,denotando aquilo
que está sob a forma do Ser,era tido como vazio,abstrato, metafisico .
Isto
porque o que designa de fato a substância é a matéria ,nas suas diversas
manifestações.E com o passar do tempo o próprio
termo passou a designar algo real,concreto,material:algo substantivo ,conteudistico.
Mas
se nós observarmos este elenco de palavras que surgiu aí,nós voltamos àquela assertiva
feita por mim anos atrás:o termo matéria é genérico e não expressa muita coisa,a
não ser algo comum a estas palavras todas.
No
real existem muitas denominações da matéria:concreto diz respeito a uma coisa;real,outra;conteudistico
mais outra;o próprio termo substantivo ;mas,em termos,o objeto,a coisa e assim
sucessivamente,dando razão a Aristóteles,contra o reducionismo canhestro e
tacanho dos manuais.
É
em função da forma e da própria
realidade que se pode e deve elencar modos da substância.
Além
do mais, o próprio termo matéria acaba ficando coetâneo dos outros ,quando a
sua generalidade se manifesta em alguma coisa.
E
estes termos podem coexistir:o que é material é concreto,mas nem tudo o que é concreto
é material:as relações concretas da sociedade,embora tenham algo de material
não o são só.
Por
isso o materialismo,como dizia Leandro Konder,é meramente constatativo,isto
é,não é mais do que o reconhecimento da realidade genérica da physis,que só é compreensível,indo
além dela(meta physica),tomando e compreendendo as suas múltiplas manifestações.
Sendo
só generalidade,tudo que converge para ela,a materialidade, é falso,é ideologia
no sentido de falsa consciência.
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