quarta-feira, 2 de outubro de 2024

As categorias e termos rigorosos de Marx

 

Aqui neste texto, tanto tempo esperado sobre os termos usados em seu primeiro volume, procuro fazer uma experiência de escrita que eu chamo “estrutural”. Como é isto?

Eu o chamo de projeto chavinhas:não gosto destes autores que vivem interpondo chaves ,parêntesis no texto.No máximo no final da página.

Mas lendo O Capital encontrei uma razão para tal:todos sabemos que O capital é a origem do estruturalismo ,tão criticado.

Ele é como uma estrutura de abordagem do processo do capitalismo,do seu movimento.

Como consequencia disto aí ,certos textos,como o de Marx,são muito complexos.Ao aprender uma noção,um conceito posto por ele,no momento seguinte,não assimilados ainda, e ficamos perdidos querendo voltar para antes e retomar o fio da meada.Por isso colocar entre chavinhas o conceito anterior ,explicado,pode nos ajudar.

Trata-se de um projeto pedagógico ,a facilitar o trabalho de compreensão e autores e temas dificeis.

Vamos exercitar este “ projeto”:

No inicio Marx diz:

“Como regra geral, quanto maior é a força produtiva do trabalho, menor é o tempo de trabalho requerido para a produção de um artigo, menor a massa de trabalho nele cristalizada e menor seu valor. Inversamente, quanto menor a força produtiva do trabalho, maior o tempo de trabalho necessário para a produção de um artigo e maior seu valor. Assim, a grandeza de valor de uma mercadoria varia na razão direta da quantidade de trabalho que nela é realizado e na razão inversa da força produtiva desse trabalhoe.”

Nós podemos repetir,segundo o meu “ projeto” este parágrafo,da seguinte maneira:

“Como regra geral, quanto maior é a força produtiva do trabalho(força de trabalho[empenho físico dos trabalhadores][produtividade:elementos de sua eficácia:qualidade dos trabalhadores,modo imediato de fazer]), menor é o tempo de trabalho(tempo de trabalho necessário) requerido para a produção de um artigo, menor a massa de trabalho nele cristalizada e menor seu valor(de troca). Inversamente, quanto menor a força produtiva do trabalho, maior o tempo de trabalho necessário para a produção de um artigo e maior seu valor. Assim, a grandeza(medida de sua importância{como valor de troca}[O bem,a mercadoria, são medidos em sua grandeza pelo trabalho despendido,mas este só existe na medida da sua exigência inevitável,carência inarredável ou escolha,dir-se-ia mercadológica) de valor(de troca) de uma mercadoria varia na razão direta da quantidade de trabalho (quantidade de trabalho=trabalho cristalizado na mercadoria)que nela é realizado e na razão inversa da força produtiva desse trabalho(1/fp{força de trabalho e qualidade do trabalho})e.

O texto da primeira edição continuava assim:

Na primeira edição, o texto prossegue da seguinte forma: “Conhecemos, agora, a substância do valor. Ela é o trabalho. Conhecemos sua medida de grandeza. Ela é o tempo de trabalho. Resta analisar sua forma, que fixa o valor precisamente como valor de troca. Antes, porém, é preciso desenvolver com mais precisão as determinações já encontradas”.

 

Nós podemos fazê-lo assim:

 

Neste sentido eu quero usar o capital,através de seu índice,como um laboratório cientifico,contendo os mais diversos temas.

“Conhecemos, agora, a substância (conceito aristotélico) do valor. Ela é o trabalho (abstrato). Conhecemos sua medida de grandeza. Ela é o tempo de trabalho (onde estão a força de trabalho e a qualidade do trabalho,sua produtividade). Resta analisar sua forma (que é a troca) que fixa o valor precisamente como valor de troca (a medida se dá pela relação de uma mercadoria com outra{esta é a forma valor}). Antes, porém, é preciso desenvolver com mais precisão as determinações já encontradas”.

Pelo menos para mim fica mais fácil e possível entender estas afirmações,que o próprio Marx entendia difíceis.Dá para parar e analisar as chaves ,para compreender a estrutura geral do texto,a  sua totalidade,como síntese das múltiplas determinações.

Daqui ,nós podemos fazer disto um laboratório e elaborar pesquisas e realizar descobertas nos textos.

Aviso aos navegantes que este texto está sob direitos autorais.É certo que que o uso de chaves,parêntesis e outros instrumentos atendem a este escopo deste artigo e dos próximos,mas  sua amplificação e o uso pedagógico,por si mesmo,autonomamente,é criação minha.

 

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