domingo, 27 de outubro de 2024

Comentários à Monadologia V

 

Alguns comentários devem ser feitos sobre os itens anteriores, porque eu interpretei de uma maneira a associar a definição de substância com os progressos da química no século XVIII, quanto à conservação da matéria.

Mas há uma interpretação possível e diferente, que nos remeteria aos limites da metafísica: talvez Leibnitz entendera a indissolubilidade como algo próprio ao átomo, da mônada, uma integralidade física, substantiva.

Se é assim, o filósofo permanece na metafísica, porque tudo está relacionado. Até hoje este problema avulta em importância.

Nos tempos atuais, a representação do átomo e das partículas é algo discutível, no mínimo, porque estes “entes ”  têm qualidades específicas(comportamentos específicos) , mas uma temporalidade infinitesimal, quase que inapreensível.

A verdade é que desde Dirac que não há caminho de representação do mundo atômico ou subatômico.

A ultima representação foi a de Niels Bohr, com as suas órbitas.

Hoje, podemos pespegar um determinado momento do átomo, mas não temos como abarcar toda esta fuga cósmica.

Se Leibnitz enveredava por este caminho, ainda era em grande parte metafísico, e o processo de sua superação(da metafísica) continuava em curso.

O antídoto contra a metafisica, os sistemas metafísicos, é o movimento mas este “conceito” é deveras complexo e só se resolve, em termos, no século XIX, pelo menos, em seu reconhecimento, não em sua complexidade.

O tempo sofreu uma modificação com Einstein, quando tudo parecia decidido.  

No entanto, o que fica para o saber social, do reconhecimento do movimento, é a possibilidade de mudança. O “depois”, o “passo seguinte”, aparece no pensamento humano.

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