quinta-feira, 30 de maio de 2024

Comentários à Monadologia De Leibnitz

 

3         3-Ora, onde há partes, não há extensão, nem figura, nem divisibilidade possíveis, e, assim, as Mônadas são os verdadeiros Átomos da Natureza, e, em uma palavra, os Elementos dàs coisas.

O item 3 da Monadologia se refere a um problema clássico da filosofia daquela época:o da extensão.

Alguns pensadores admitiam que as coisas,o Ser ,possuía uma extensão.

Os atomistas ,como Leibnitz,de modo geral o negavam.

Dentro da perspectiva que predominava até então a linguagem explicativa possuía correspondência com a realidade:se existe um sujeito e um predicado,na natureza,no Ser ,existe também.

Mas os referidos atomistas entendiam a realidade de modo um pouco diferente ,como é obvio:não há como fazer esta adequação.

Os atomistas operam ,portanto,uma rutura,uma descontinuidade entre a linguagem sobre o real e o real mesmo,em si mesmo.

Porque a sua concepção do real é que ele tem uma certa divisibilidade,não necessariamente infinita,como nós lemos ai em cima.

Não é pois,inteiriço,mas dividido em partes e se há partes não há extensão,uma continuidade quiçá infinita.Mas de átomos indivisíveis e assim elementais ,isto é,fundantes da realidade.

É logico que nós vemos que esta assertiva de Leibnitz é falsa porque admite-se em nossa época uma indivisibilidade infinita,embora estejamos num período de estabilidade na busca de partículas.

O fato é que em torno deste item gira a relação entre linguagem e realidade,sujeito e objeto(descartes).Estes termos se juntam e se separam permanente ,como a teoria ondulatória  e corpuscular.E que é resolvida hoje pelo principio da indeterminação:se eu observo o real,meço-o ele é corpuscular,mas se não, ele é ondulatório,ainda que para descobrir este ultimo fato há que se fazer observações.

Como se daria isto no plano da linguagem e do  real?Próximo artigo.


 

terça-feira, 28 de maio de 2024

Mais uma crítica ao meu roteiro Das idéias

 

Recebi mais uma crítica sobre a falta da filosofia clássica alemã e do século XVIII  no meu roteiro de exposição.

No primeiro caso eu pretendia dar continuidade ao protestantismo ,à filosofia associada à reforma protestante ,que desembocaria no iluminismo alemão e na filosofia clássica alemã,no século XVIII.

Eu vou por então uma sub chave neste item do protestantismo,do cristianismo,que se laiciza progressivamente ,assim como outras correntes filosóficas,como o jusnaturalismo.

Talvez  ponha chave a respeito disto,porque até introduz também o problema jurídico.

O jusnaturalismo é uma criação de Cicero e dos romanos,mas neste tempo não havia “laicização”.A laicização do jusnaturalismo só ocorre com as correntes helenísticas,principalmente aquelas pré-cristãs,como o estoicismo  e com o cristianismo posterior já formado.

É esta base que serve ao jusnaturalismo e também à teoria politica para as formulações jurídicas e politicas até ao século XVIII e talvez até agora(em alguns casos).

No caso especifico do século XVIII francês,o iluminismo francês ,o materialismo francês ,realmente eu poderia ter colocado,foi uma falha ou um ato falho freudiano ,porque eu mostro frequentemente a minha critica a  este pensamento,deveras repressivo também,como a igreja que ela queria superar.

Nós precisamos entender que a vida social e politica não é dirigida por um principio de vingança ,mas de verdade e de justiça.

Não se justifica que pela existência de desfavorecidos se submeta o movimento social e a critica aos poderes deste mundo a um valor puro e simples de vingança,que s e expressa na violência.

Mas aí é outro assunto.


 

domingo, 26 de maio de 2024

O que Cristo é?


Quando eu era pequeno adorava os heróis do clube Marvel especialmente os deuses ou o deus :Thor o deus nórdico ,louro,a impressionar as meninas.

Um dia topei com uma imagem semelhante a esta com que encimei o meu artigo:acrescentei estas linhas pretas para representar  metonimicamente(a parte pelo todo)os diversos discursos de chegada a Cristo provenientes de toda a humanidade,pelo menos aquela parte que quer dialogar com ele,como eu a partir dos 11 anos.Fiquei impressionado com um deus que é forte de outro modo.

Um texto das aulas do professor Leonardo Boff,sobre axiologia,tratava deste fato:Cristo é como um símbolo a quem todos podem recorrer por um motivo,pela primeira vez na História   comum a todos  e em todas as épocas,o sofrimento ,as injustiças praticadas ,as barreiras indevidas.

Não é que outros  povos não tenham esta consciência,mas a partir do martírio dos profetas judeus,é que se formou a idéia de um deus sofredor que pudesse avisar aos homens de que eles comungam de problemas comuns e que deveriam lutar contra eles,dentro de uma comunidade humana.

Cristo é com quem os homens se reconhecem a si mesmos naquilo que lhes é comum e inarredável.Estas linhas são as milhões de possibilidades humanas de encontro.

A comunidade universal ,proposta por Kant,começa neste sino pregado na cruz ;a soberania popular de Rousseau também;e do mesmo jeito a dialética hegeliana(e marxista).

Amai-vos uns aos outros é o inicio da comunidade universal,reconhecida por Kant;amai-vos uns aos outros é a origem da comunhão humana que é a base da representação politica em  Rousseau;e a finalidade axiológica da dialética hegeliana(e marxista)que pretende reconciliar os homens entre si e com deus ,ativando um método e um movimento capaz de universalizar as relações.

Evidente que não existem linhas e há aquelas que pregaram o sino na cruz,mas ele é uma proposta de redenção,pela pregação de Cristo.

Muitos dizem que o termo pregar surge com Lutero ao pregar as suas teses na Igreja de Wittenberg.Mas foi com a pregação de Cristo na cruz que a linguagem do pregador fundamental,que é ele,é “ jogada” diante dos homens,inclusive dos seus ofensores.

 


 

terça-feira, 21 de maio de 2024

O que é isto Então A pornografia?

 

Não há nada na história cultural do homem que seja inútil do ponto de vista do conhecimento.Tudo o que homem faz,de bom ou de ruim,em todas as épocas,serve para prescrutar o que aconteceu realmente naquele tempo especifico.

Ademais nós sabemos que  história é escrita segundo interesses igualmente específicos que jogam para fora outras opiniões ,concepções e valores que não estão de acordo com estes interesses,principalmente os dos menos favorecidos ou dos que foram derrotados.

Gosto sempre de citar aqui um trecho inicial de “Os Miseráveis” de Vitor Hugo ,em que o cura encontra um antigo girondino morando num cortiço ,lamentando que o seu apego à verdade(o girondino)o conduzira a esta situação.

Analisar a vida cotidiana como fazem alguns autores ajuda a ver os interstícios da sociedade e a apreender melhor os conceitos e valores do tempo,mas não há nada mais completo do que o erotismo e a pornografia.

Robert Darnton e os historiadores das mentalidades provaram a sua utilidade histórica e cientifica.

Assim como a filosofia só analisa os homens  durante a noite,quando estão dormindo,o estudo desta forma cultural revela algo ainda mais extraordinário:aqueles que não dormem à noite e entender o porque  revela não só as razões do fenômeno,mas igualmente ,como funciona o dia,como é a sociedade durante o dia.

Uma vez Romário disse que na noite é que está a verdade,aquilo que é ocultado no dia.

Os que ficam acordados durante a noite são assim por causa do dia.

O grande romance de Rober Louis Stevenson  “o Estranho caso de Mister Jekill e Mr. Hyde”,desvela as razões:os homens da boa sociedade vão à noite viver a vida que queriam,mas não podem durante o dia.Os que não dormem servem a eles.

Não é que a pornografia não se dê no dia,diante do sol,mas a sua base é a noite ,é aquilo que se faz escondido,mas todo mundo faz.

Então não há porque estes jumentos da Folha,que defendem o stalinismo como o melhor para o Brasil,vir aqui insinuar algo d e imoral contra mim,porque tudo o que eu faço é consciente e bem fundamentado.

TEM GENTE QUE AINDA NÃO ENTENDEU O MEU NIVEL DE COMPREENSÃO,ALTISSIMO E SÓ ME VÊ SEGUNDO OS SEUS CRITERIOS PRECONCEITUOSOS.

A PESSOA BOTA ÓCULOS VERMELHOS E SÓ VÊ O QUE QUER.

À propósito,farei mais artigos sobre este tema  e para o próximo  deixo estas duas pinturas para apreciação de todos(inclusive dos jumentos).

Venus no espelho de Velasquez

O julgamento de Paris de Rubens ,em que a do meio é Helena Froment,esposa do pintor.




sábado, 18 de maio de 2024

Adendo ao Roteiro De História das Idéias

 

Eu esqueci de incluir entre os itens do meu roteiro de História das idéias três figuras que eu considero exponenciais na História do pensamento:Descartes,Pascal e Leibnitz.

Eles são importantes para mim porque são dos poucos criadores que ofereceram contribuições top de linha tanto para as “ ciências sociais”,como para as “ciências naturais”.

Eu acrescentaria alguns pré-socráticos: Tales,Anaximenes ,Anaximandro ,que fizeram algo também na ciência,mas estas façanhas não chegaram detalhadamente até nós.

Contudo eu falarei deles dentro dos objetivos deste item:as relações entre a filosofia e a  ciência,entre as ciências naturais e sociais.

É possível fazer com estes primeiros sábios o que pretendo com as três grandes cabeças citadas acima:porque em determinados  momentos alguns autores conseguem esta relação produtiva entre estas modalidades de conhecimento.

É importante analisa-lo porque sabendo as causas de porque tais pessoas obtêem  esta capacidade,quem sabe,poderíamos ,no futuro, repeti-lo.

Trata-se de discutir as relações dos criadores com o desnvolvimento histórico das sociedades,as quais,em certas épocas ,facilitam as coisas para uma produção intelectual interdisciplinar.

Às vezes tudo depende da individualidade,mas d e modo geral não se pode suprimir o papel do entorno social e histórico.

O cálculo Começou com Newton

 

O artigo que eu fiz sobre derivada no Capital de Marx e que teve grande repercussão,se refere ao uso que ele faz de um cálculo que nasceu nesta página aí ,inicial, do famoso livro de Isaac Newton “Método das Fluxões”(Method of Fluxions)de onde eu tiro esta referida página ,que pertence à primeira edição ,um pouco antes dos “Principia”.Depois eu falarei um pouco sobre  a contribuição de Leibnitz,porque eu disponho dos papéis deste filósofo sobre este tema,inclusive utilizados na polêmica que ele teve com Newton.

Eis a página,comentada por mim:

Por esta pagina nós temos como definir o que vem a ser este cálculo,porque de modo geral este método é chamado de diversas maneiras:ora cálculo diferencial,ora integral,ora infinitesimal.Porque é assim?

Em primeiro lugar a sua denominação como parte da matemática  é de calculo.Pela primeira vez é possível calcular um campo grande e complexo da natureza.

Diante do universo que se abria depois das contribuições de Kepler, Newton(e Leibnitz)inventou este método,este cálculo,para poder extender a tudo a lei da Gravitação Universal: “matéria atrai matéria na razão direta das massas e no inverso do quadrado das distâncias”.

Como já explicamos,em priscas eras ,não é da distância,mas da massa e hoje podemos dizer do espaço/tempo.

Em segundo lugar e dentro deste escopo ,o cálculo serve para  a integração  entre os elementos estudados do real e de sua diferenciação.

Assim como  eu falei no caso de Marx, estuda-se no Capital a integração entre a produção e o consumo e  a diferença entre os dois.

No caso de Newton estuda-se a integração gravitacional entre os corpos e o inverso das distâncias,o que os diferencia.

Em terceiro lugar chama-se também de cálculo infinitesimal porque presume-se que estas séries de relações integradoras e diferenciadoras   são infinitas.

E em termos matemáticos chama-se derivada porque ela é um ponto de uma função y=f(x)(função de x) representa  taxa de variação instantânea deste y em relação a x(imaginemos dois corpos,dois planetas inter-relacionados[ou as relações de produção e consumo])neste ponto.

O ponto é definido por Euclides como o “local” da intersecão entre duas retas.

Continuando a definição:a função velocidade (fisica,Newton)é a taxa de variação derivada da função espaço.Então como está acima:y(=tempo) f(velocidade)(x=espaço).

Nós poderíamos colocar no lugar da velocidade a aceleração .a função aceleração é derivada da função velocidade(movimento uniformemente acelerado,como aprendemos na escola em física).Como no exemplo abaixo:

O experimento famoso de Galileu,que prova o movimento uniformemente acelerado:na queda do corpo,forma-se o quê:


Uma curva não é isso?Aqui neste experimento de Galileu subjaz o principio da gravitação universal de Einstein e  a curvatura proposta do universo.A gravitação puxa os corpos para abaixo,embora não saibamos os limites deste universo,o que é “ em cima” e o que é “em baixo”.

Se fosse no caso  de Marx a curva seria para cima:



Seria um valor exponencial.Não acho que isto conduza a um “ salto qualitativo”,mas eu vou discuti-lo em outro artigo.

O valor exponencial da produção de mais-valia é de onde se retira  a taxa de lucro do capitalista.

Contudo voltando para Isaac Newton,algumas observações finais sobe a página de seu livro:

A fração inicial que ele chama de “ redução”(integração),pode ser decomposta ,em seus termos(diferenciação)e  assim a série infinita vai se realizando em integração e diferenciação.

O instante(categoria que foi primeiro elaborada por Descartes)pode ser representada assim,de acordo com a definição de derivada que nós expusemos:

A reta que se vê(tangente)representa o espaço que toca o tempo,o tempo dos corpos que estão  se acelerando.As outras retas são para demonstrar a permanência do pincipio euclidiano(geometria plana)de que o ponto é a intersecção de duas ou mais retas.

Mas nós olhamos agora para a maior,a principal,a tangente, que num determinado ponto,intersecção entre esta tangente e a curva,toca esta última, e é explicada pela derivada:definindo aquele  momento instantâneo em que a velocidade ou o tempo de queda dos corpos(espaço/tempo),tempo,toca o espaço(tangente),que por sua vez se relaciona com outros instantes passados e futuros,numa média de progressão geométrica própria.

Achando este instante é possível achar os outros e o infinitesimal possível.

Nas ciências naturais este infinitesimal é mais que possível e é integração.Nas ciências sociais,como na economia,a diferenciação é mais apropriada porque existe um limite conhecido,uma referência pré-dada ,que impõe que a explicação do fenômeno social se dê mais pelo conhecimento das distinções do que das integrações.

Exemplificando:

Se usarmos uma lei famosa de Durkheim que dá conta de que quanto mais homicídios menos suicídios e vice-versa,nós veremos que a diferenciação dos motivos singulares para estes atos é algo essencial para a sua compreensão.

Nas ciências naturais,como a gravitação universal,não há esta diferenciação complexa da sociologia,pois os fenômenos  são mais padronizados.A integração é mais adequada.

E além do mais,nas ciências naturais o principio e o fim são mais difíceis de encontar(o ponto),enquanto que nas sociais é possível identificar um ponto de partida e talvez de chegada ,de resolução,que aliás á parte da sua atividade,que preconiza,em certos casos,uma solução.

Voltarei a estes temas.

 






quarta-feira, 15 de maio de 2024

Roteiro De história das Idéias

 

Chegou o momento de colocar aqui o meu projeto de história das idéias.Ao longo dos anos venho pondo aqui propostas de “Histórias”:História da direita;História da filosofia;Ciências humanas etc.

A chamada “ condição objetiva” que nos atinge a todos tirando tempo precioso,me impediu também de realizar tantos  e alentados projetos.Razão porque decidi resumir tudo na História das Idéias ,uma disciplina comum aí nas universidades e que serve para juntar todos este temas.

Inclusive eu pensava numa serie e num livro destacado de História das Idéias,mas ficou assim mesmo,resumido tudo,neste “ escaninho”.

E quando me refiro às idéias estou igualmente me referindo a  conceitos,verbetes de dicionários e categorias.Já faço alguma coisa na série sobre dicionários ,mas  aqui,repito,ponho tudo o que é possível,no meu tempo de vida,que não considero muito longo,analisando a partir da idade que eu tenho.

E finalmente,para justificar o plano que vou apresentar mais abaixo,devo dizer que ele é tirado da minha experiência, refletindo com meus botões e das minhas aulas como professor e pesquisador ,sem falar na minha vivência cotidiana.

Pois bem.Eu elaborei o roteiro da seguinte forma:

1)a filosofia básica,grega e com influência em Roma;

2)Como decorrência de Roma e Alexandre ,o Grande,o helenismo,que vai desta época até o surgimento do cristianismo)

3)A filosofia cristã e as suas consequencias sobre o mundo.Quanto mais estudo estas questões,me convenço que tudo o que vem da modernidade,do século XVI até a Revolução Francesa e desta para a nossa contemporaneidade,é uma reinterpretação do mundo cristão,a partir do conceito de comunidade universal,com o sacrificio de Cristo,na Cruz.

4)Este ultimo dado introduz a história das ideias politicas,como também o inicio de uma sociologia real ,derivativa da reforma protestante.

5) a latere  ponho as correntes de esquerda e de direita,mais especificamente esta ultima ,que é menos conhecida.

6) e no final das contas a questão do futuro,da Utopia,que passa pela ciência,pelo conhecimento em geral e pela economia.

Este plano é uma viagem pessoal,que vou explicando e acrescendo no processo de sua realização.

 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Dicionários O anti-humanismo teórico Bottomore.

 

Um dos verbetes mais importantes do dicionário marxista de Bottomore é sobre o anti-humanismo teórico,interpretação de Althusser,que extraiu das obras de maturidade de Marx um anti-idealismo concreto,que apresentaria a verdade como algo oposto às idéias e  ás formas.

Era uma tendencia de época(inclusive de Nietzsche)contrapor o mundo real às abstrações.E em favor do mundo as abstrações eram vistas como metafísica,que pretendia apreender o movimento do real sem ,no entanto,consegui-lo.Até porque impossível,dadas estas premissas.

Contudo a escolha deste mundo real se escuda muito na rejeição da idealização.O ideal é visto agora como “ distorção” do mundo.É uma das consequencias do “ desencantamento do mundo”,no limiar da sociedade moderna,dinâmica,por oposição à “ anterior” arcaica.

O ideal,porém,não é  a mesma coisa que a abstração.Em Marx existe um uso da abstração como meio de chegar ao (seu) “concreto de pensamento”.

Assim é discutível a hermenêutica althusseriana que ele defenda a necessidade de recusa de um conceito de “ humanidade”.Como idealização é possível,mas como um conceito abstrato não.

Claro que esta proposição de Althusser s e insere no problema,colocado por ele, do “jovem e velho Marx”,pois,no primeiro havia lá um conceito claro de humanidade.

Aparentemente o “ velho” rejeitou-o,mas como mostrou Konder em “ marxismo e alienação”,Marx não substituiu a alienação pelo “ fetichismo da mercadoria”,apenas considerava que a sua superação se daria com a  transformação do modo de produção.

E até recentemente o objetivo dele era que a humanidade se tornasse um gênero “ real”,ou seja,sem divisões de classe,sem distorções próprias de um modo de produção alienante e explorador,como (entre outros)o capitalista.

domingo, 12 de maio de 2024

Comentários à Monadologia II De Leibnitz

 



Continuando na primeira definição da Monadologia nós devemos dizer que todas estas conceituações são abstrações do mundo real.Nós podemos  pensar a Mónada desta forma:

A substância ,que em Aristóteles é a essência de algo,do Ser,ocupa a monada,que é ela ,substãncia e a forma da mesma.

Mas tudo isto ,como já notamos não é senão uma abstração,admitindo a existência deste átomo ,que ainda não fora provado realmente no tempo de Leibnitz.

Então, uma suposição ,que sentido e utilidade tem uma noção como esta?

O atomismo ,de modo geral,desde os gregos até a tese de doutorado de Marx,existe para dar sentido à natureza,ao Ser como natureza,como matéria.

Admitindo-se que a matéria possa se dividir indefinidamente é possível organizá-la de modo racional.

Ainda que não houvesse átomos a discussão sobre a natureza e seu “ significado” se constrói a partir desta noção.

Hoje em dia a natureza é vista como algo que é,que não é pré-dada,segundo premissas rígidas,mas a sua existência ainda exige uma explicação,um “ sentido”,compreensível,racional e racionalizável.

É aí que o atomismo se mantém como um pensamento útil e com sentido.

Com a “ confirmação” do átomo(porque no atual estado da física não há representação dele),o atomismo é um fenômeno histórico/cientifico que pode ser analisado como passado,mas como problema de lógica,de...sentido e significado,isto é,permanece.