3 3-Ora, onde há partes, não há
extensão, nem figura, nem divisibilidade possíveis, e, assim, as Mônadas são os
verdadeiros Átomos da Natureza, e, em uma palavra, os Elementos dàs coisas.
O item 3 da
Monadologia se refere a um problema clássico da filosofia daquela época:o da
extensão.
Alguns
pensadores admitiam que as coisas,o Ser ,possuía uma extensão.
Os
atomistas ,como Leibnitz,de modo geral o negavam.
Dentro da perspectiva
que predominava até então a linguagem explicativa possuía correspondência com a
realidade:se existe um sujeito e um predicado,na natureza,no Ser ,existe
também.
Mas os
referidos atomistas entendiam a realidade de modo um pouco diferente ,como é
obvio:não há como fazer esta adequação.
Os atomistas operam
,portanto,uma rutura,uma descontinuidade entre a linguagem sobre o real e o
real mesmo,em si mesmo.
Porque
a sua concepção do real é que ele tem uma certa divisibilidade,não
necessariamente infinita,como nós lemos ai em cima.
Não
é pois,inteiriço,mas dividido em partes e se há partes não há extensão,uma
continuidade quiçá infinita.Mas de átomos indivisíveis e assim elementais ,isto
é,fundantes da realidade.
É
logico que nós vemos que esta assertiva de Leibnitz é falsa porque admite-se em
nossa época uma indivisibilidade infinita,embora estejamos num período de
estabilidade na busca de partículas.
O
fato é que em torno deste item gira a relação entre linguagem e
realidade,sujeito e objeto(descartes).Estes termos se juntam e se separam
permanente ,como a teoria ondulatória e
corpuscular.E que é resolvida hoje pelo principio da indeterminação:se eu observo
o real,meço-o ele é corpuscular,mas se não, ele é ondulatório,ainda que para
descobrir este ultimo fato há que se fazer observações.
Como
se daria isto no plano da linguagem e do real?Próximo artigo.
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