Na verdade,para ser fiel ao pensamento de Heidegger nós temos que reconhecer que não há mais essências,muito menos no ontisch .
Eu,ao colocar essências no ontisch ,estou me referindo,segundo ele, a coisas paradas,extáticas,dir-se-ia como Platão.
O ser é colocado por Heidegger no tempo e tem,pois,uma dynamis,que o fundamenta agora.
Aquilo que chamamos a existência ,que se manifesta de diversas maneiras,não é como essências,mas como um ente que se põe à maneira de algo.
Assim sendo a marcha da existência se faz não pela sucessão de essências,mas como a marcha dos entes que se colocam de um determinado modo,como um algo,que é o ser do ente.
Graciliano Ramos detestava colocar em seus escritos a palavra algo ,que,para ele,não designava nada.
Mas no caso de Heidegger o “algo” se refere a alguma coisa que se move no tempo e que não pode ser reduzido a uma essência definitiva.
A essência do professor,que dá aula,convive com a de pai,irmão,cidadão e assim por diante ,cabendo ao observador(mas não ao praticante)abstrair estas outras essências,para ficar com uma,no caso,a de professor.
Mas a prática objetiva,o modo de agir no tempo ,no imediato,é o ato de ensinar,condicionado pelas circunstâncias.
O ser do ente é aquele que se põe neste modo e ente(ontisch)é este algo,depurado pela observação e praticado em si mesmo no tempo.
Eu continuo dizendo que uma coisa não exlcui a outra e que Heidegger exagera um pouco nestas distinções,mas não há como negar que a existência é esta prática constante,no tempo,no cotidiano e que a sua distorção pode ser analisada e recuperada pela fenomenologia,que funda uma psicologia,uma possível nova psicologia.
É neste processo psicológico que eu acho que ainda mantém Aristóteles no timão:como analisar um professor,no seu caminho existencial,sem trabalhar com o extático,com o Ser e as essências?
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