quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O que significa o Ser pelo Ser Heidegger

 

A diferença entre as visões do Ser de Aristóteles ,Platão e de Hegel para a de Heidegger é que esta última uma visão é pura,pelo ser mesmo.

Nos filósofos citados,o Ser é tudo e nada ao mesmo tempo.Ele é a possibilidade de tudo e como definição ele é nada,porque nenhuma essência,contida nele ,o define,o abarca totalmente.

Assim sendo quando falamos do Ser não dizemos nada.É um falatório constatativo,como o materialismo histórico.

Somente pela fenomenologia,quando procuramos as possibilidades de essências ,dizemos algo do Ser,sem citá-lo,mas admitindo-o como existente.

Hegel colocara esta problemática na sua “ Fenomenologia” ao dizer que Deus esquecia-se do mundo,do Ser,ao constatar e construir essências infinitas,municiando o mundo.

Mas aqui ainda temos um Ser que se define pelas essências,inclusive a sua ,o ecz-stenz,a existência.

Em Aristóteles e Platão só se analisa o Ser pela sua essência,a ser investigada e estudada.No caso de Platão as Idéias,enquanto que Aristóteles define o Ser como uma essência substantiva.

Tomemos o exemplo de Hans Kelsen,no caso do direito:a teria pura do direito explica o direito por ele próprio. O conteúdo do direito é a sua força para se impor.A sua heteronomia imposta(Estado).

Mas é lógico que existe uma crítica de minha parte,que sou kantiano:se o direito só subsiste se for capaz de se impor,não prescinde de conteúdos justificadores e organizadores,porque a força ,em si mesma,não cria nada,como mostrou Rousseau.

No caso de Heidegger,e sua proposta de explicar o ser-por-si-mesmo,sofre,de mim,idêntica crítica:se é verdade que o Ser no tempo se modifica,não permanece como Ser,mas como manifestações de essências ou antes manifestações das essências.

Heidegger se encaminha para chamar estas transformações de existência (embora ele não se declare como tal[existencialista]),mas quais são estas transformações da existência?



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