quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Mais leituras de Hegel

 

Continuando as minhas leituras de Hegel e preparando meu segundo livro sobre ele,trato novamente do fulcro do seu pensamento:a dialética.

A dialética visa explicar o movimento,visa responder a esta questão candente dos últimos dois séculos(considerando o tempo de Hegel),que veio desde o nascimnto da ciência moderna:se o movimento existe e se aplica à sociedade.

Já me referi em outro artigo à origem dos fundamentos do pensamento hegeliano,que está na sua(dele) análise sobre a Revolução Francesa e o acometimento do terror e da reação termidoriana.

O fato é que dois problemas já foram abordados por mim:o problema de se uma coisa é ele e outra ao mesmo tempo e qual é a pedra de toque da dialética.

No primeiro eu analisei o pensamento de Popper e vou aplicá-lo na questão central da dialética hegeliana:o finito e o infinito.

Nós vimos que se não houver uma dialética entre estes dois termos não há possibilidade de explicar a dialética,provando-a e muito menos o universo,o Ser em geral.

Se cada um destes termos fosse visto de per si,não haveria como explicar o infinito,que seria uma noção atemporal e metafísica.Se só abordássemos o finito não teriamos a existência do infinito,o que é absurdo,embora muitos o ponham.

O infinito guarda uma relação dialética com o finito,que o compõe ,em infinitas partes.

Segundo a dialética no finito está o infinito,a sua condição e no infinito está o finito,sua condição.Ambos são uma coisa e outra,concomitantemente.

Mas analisemos o problema:se dissermos que no finito está o infinito,já não será o finito,finito,mas infinito;se dissermos que a parte finita constitui o infinita teremos que separar estes dois termos e mudar a dialética,pois o não-ser do finito é infinito(absurdamente separado dele)e do infinito é o finito,que está separado dele,para constituir o infinito.

Como se vê,no nascedouro a dialética demonstra que uma coisa não pode ser ela e outra simultâneamente,só explicando o erro de Hegel a sua concepção de tempo e suas limitações temporais.

Mas é uma tentação pensar que estes dois termos se relacionam no tempo.O tempo finito das coisas,do Ser,se une ,no tempo,para fazer o infinito,mas dividir assim em partes o tempo,mesmo a filosofia anterior a Hegel(Descartes),encontrou dificuldades.

O segundo problema eu vou tratar no próximo artigo.



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