sábado, 8 de junho de 2024

Leitura de Aristóteles O problema da experiência

 

Como Aristóteles é diferente de seu mestre Platão,por ser um pesquisador do real,a questão dele,para se compreendê-lo é ver as diferenças  e intersecções entre as idéias e a experiência do real.

É neste passo que Aristóteles propõe a discussão sobre as aporias,os impasses entre estes dois lados.

Não vou tratar disto agora,mas vou preparar o leitor para entender este problema.

Nos manuais  soviéticos,que submetiam a análise do passado filosófico(e em geral)à sua visão cientificista e ideológica ,o centro do estudo de Aristóteles era exatamente a sua distinção em relação a Platão.

Na “ confrontação” entre estes dois gigantes da filosofia,professor e aluno,nós vemos resumida a dicotomia idealismo/materialismo,embora estes manuais considerassem o estagirita como um dualista,por causa de sua divisão entre alma e corpo.

Mas era tido como no caminho do materialismo,por ressaltar o corpo e relacionar as idéias com o real,que o filósofo mesmo investigava.

E num determinado momento da metafísica,o livro três ,depois de fazer a critica de seu mestre(entre outros),ele se vê diante deste impasse(aporia):como entender ,a partir das idéias ,este mundo real e como elaborar um método para conhece-lo filosófica e cientificamente(Aristóteles junta os dois).

A experiência pode ser organizada de modo racional?E porque esta pergunta é posta?Não seria natural dizer que sim?

Desenvolverei esta resposta em próximo artigo,mas é fundamental dizer que o problema subjacente na mente de Aristóteles é estabelecer quais os critérios relacionais entre os entes,os seres,e entre estes e as idéias.Não é tão simples assim.

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