Sem
fazer citações ainda fica claro para mim,da leitura da biografia citada no ultimo
artigo,que Marx não deixou totalmente Feuerbach de lado.
A
famosa inversão é a proposta por este filósofo ,que aprofunda uma idéia que vem
de um pré-socrático menos conhecido:Xenófanes de Colofão.Que disse que se os
homens fossem como cavalos os deuses o seriam.
Já
este filosofo antigo expressara a idéia de que os deuses ,ou a sagrada família,são
projeções dos homens aqui na terra.
Até
uma certa época foi absolutamente natural para os homens formar mitos.O mito
derivava da linguagem do primitivo,que nomeava as coisas do mundo e “
acreditava” que elas estavam fora dele e que ,como forças independentes
,deveriam guiar a atividade humana.
Entre
a nomeação e a “ crença” neste papel vai
uma discussão muito complexa,mas o ato de admitir que não é da objetividade
para a subjetividade ,mas o contrário ,foi algo extremamente difícil e
penoso,mas que s e viabiliza quando a razão pode atuar.
Feuerbach
vai adiante daquilo que se conhece de Xenófanes e acaba por influenciar
Marx,que sempre trabalhou com esta inversão ,do céu para a terra,que ele achou
que estava em Hegel e que consagra o desconhecimento,por parte dele,das idéias
autônomas da subjetividade,como Kant já entendera.
Este
erro boçalizou o materialismo de Marx,deixando-o tão “passivo” como o do século
XVIII.
Ainda
que quando se diz isto ,todo radical invoque o próprio Marx,para lembrar da “prática”,do
“ trabalho”,estes beócios não entendem que o homem não se reduz às suas
carências e ao trabalho,possuindo autonomia subjetiva,que Marx não extraiu de
sua famosa frase ,constante da “Crítica à filosofia do direito de Hegel”: “ A
religião é ópio do povo;o respiro da criatura oprimida,o coração de um mundo
sem coração”.
Ele
podia ter analisado o significado autônomo deste “ respiro” e dado mais importância
às razões do coração.