“4.
Delas também não há a temer qualquer dissolução: é inconcebível que uma
substância simples possa perecer naturalmente.”
É
evidente que neste item da Monadologia Leibnitz defende um principio que seria
descoberto no século seguinte que é a lei da conservação da matéria ,formulada
por Lomonossov e Lavoisier.
Se
a substância não pode perecer naturalmente é porque ela é uma só inteiriça e
ocupa todos os espaços(se é que existe um espaço vazio).
É
reflexo da concepção de Leibnitz ,anti-newtoniana,de que o espaço e o tempo são
relativos.
Mas mais do que isto o conecta ao pensamento panteísta de Espinoza,embora ele não
fale em um Deus.Leibnitz despoja Espinoza deste Deus e já analisa a realidade
por ela própria,talvez numa postura já um tanto quanto “ ateísta”.
Leibnitz
era um teista ,acreditava no Deus do “ piparote”,mas subjaz à sua “ concepção”
uma visão clara de uma natureza que se move por si própria ,o que ,novamente, o
aproxima do panteísta.
Leibnitz
é destes filósofos que não são separáveis de sua atividade cientifica.No meu
modo de entender todos os filósofos,com exceções ,constróem o seu pensamento a
partir do que se conhece na sua época.Mesmo os filósofos teológicos.
E
Leibnitz é um dos exemplos clássicos e muito instrutivo deste encadeamento:não
se atingirá a compreensão de sua filosofia se não s e trabalhar com as suas descobertas cientificas,na física e na
matemática.
Assim
ele rompe com Aristóteles,acompanhando Galileu ,de que há uma ligação essencial
entre a matemática e a física,negada pelo stagirita.
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