quarta-feira, 24 de julho de 2024

Comentários À Monadologia de Leibnitz IV

 

“4. Delas também não há a temer qualquer dissolução: é inconcebível que uma substância simples possa perecer naturalmente.”

É evidente que neste item da Monadologia Leibnitz defende um principio que seria descoberto no século seguinte que é a lei da conservação da matéria ,formulada por Lomonossov e Lavoisier.

Se a substância não pode perecer naturalmente é porque ela é uma só inteiriça e ocupa todos os espaços(se é que existe um espaço vazio).

É reflexo da concepção de Leibnitz ,anti-newtoniana,de que o espaço e o tempo são relativos.
Mas mais do que isto o conecta ao pensamento panteísta de Espinoza,embora ele não fale em um Deus.Leibnitz despoja Espinoza deste Deus e já analisa a realidade por ela própria,talvez numa postura já um tanto quanto “ ateísta”.

Leibnitz era um teista ,acreditava no Deus do “ piparote”,mas subjaz à sua “ concepção” uma visão clara de uma natureza que se move por si própria ,o que ,novamente, o aproxima do panteísta.

Leibnitz é destes filósofos que não são separáveis de sua atividade cientifica.No meu modo de entender todos os filósofos,com exceções ,constróem o seu pensamento a partir do que se conhece na sua época.Mesmo os filósofos teológicos.

E Leibnitz é um dos exemplos clássicos e muito instrutivo deste encadeamento:não se atingirá a compreensão de sua filosofia se não s e trabalhar com  as suas descobertas cientificas,na física e na matemática.

Assim ele rompe com Aristóteles,acompanhando Galileu ,de que há uma ligação essencial entre a matemática e a física,negada pelo stagirita.

 

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