Há
uma transcendência na visão hegeliana da dialética e do movimento?Assim como
acontece com Marx ,em Hegel é preciso
conectar Kant com ele e as posturas transcendentes em geral para evitar os
quiproquós próprios da dialética do Ser,que não existe.
Então
a questão do movimento se modifica efetivamente aí na intersecção entre Kant e
Hegel.Quero dizer Kant colocou em definitivo o problema do movimento,para a filosofia e para a ciência,como pluralidade.
Durante
muito tempo ,o tempo era unívoco,fechado,agora não:ele é multifacetado.
Não
se pode reunir o tempo numa coisa só,num principio só.No momento em que se fixa
um ponto no universo este ponto é imóvel ou já é movimento?É pelo movimento das
coisas que se pode construir o tempo.E
quando não s e admitia o movimento?
No
passado ,quando não havia ainda certeza do movimento físico,o movimento
psicológico era a base das elucubrações dos filósofos e neste sentido avulta em
importância,Santo Agostinho.
Uma
das questões atinentes ao problema do movimento e de sua recusa é porque os
deuses,os mitos tinham que ser imóveis como referências do comportamento humano.
É
um dos problemas abordados por Platão o fato de que os deuses antropomórficos
faziam o que queriam,não oferecendo portanto um modelo para sociedade.
De
todo modo a imobilidade era admitida por causa ainda da precariedade da ciência
em seus inícios,mas também porque isto se coaduna com as crenças do homem do
passado.
Mas
o movimento se punha em termos psicológicos:a passagem do tempo do homem que
nasce,cresce e depois morre.
As
fases da vida ,tudo isto implicava numa “transformação”,que era um conceito
provindo d e Aristóteles.
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