domingo, 30 de junho de 2024

Em torno a Marx IV A melhor biografia de Marx

 

Estou atrasado quanto a Marx propriamente dito e volto aqui para estabelecer as balizas de comentários sobre ele,a partir da já elogiada biografia de Gareth Jones.

Gareth Jones é um jornalista americano(estadunidense)que denunciou a fome da Ucrânia e  por isto foi morto,provavelmente pelos soviéticos.De qualquer forma está desaparecido até hoje.

Naturalmente ela não é uma biografia perfeitíssima.Percebe-se que não sendo ele de “ dentro” do marxismo faltam-lhe referenciais  um tanto quanto necessários e óbvios.

Mas por outro lado a biografia é extremamente profissional e isto porque não há senão referencias relacionadas ao trabalho do biografado ,sem  citações pessoais escandalosas.

E mais:a moldura cultural,politica e intelectual em que se forma o pensamento de Marx,auxilia a compreender como ele foi se tornando original e  próprio.

De quebra é possível trabalhar com o próprio desenvolvimento da época,autonomamente.

Em função disto pude fazer fichas muito importantes e bem rigorosas deste livro e do pensamento de Marx,me permitindo fazer comentários detalhados de sua obra e seu pensamento.

Nos próximos artigos  eu tratarei das fichas e anotações que já fiz e que vou fazer,porque ainda leio este texto.

A primeira não é a inicial da biografia,mas que eu considero muito elucidativa e que  ajuda a demonstrar algumas das minhas críticas.

É sobre as relações com Feuerbach:no fundo no fundo não procede a afirmação de Engels dando conta  de  que: “em um determinado momento,fomos todos fuerbachianos”.

Marx continuou.

Prefácio do meu novo livro de artigos

                                                                         Prefácio

O meu objetivo ao reunir estes livros de artigos é procurar acompanhar a passagem do tempo e garantir uma certa utilidade deles para o futuro.

Sempre foi o meu interesse e  minha inspiração escrever textos duráveis ou que pelo menos representassem uma fonte futura de compreensão do nosso presente.

Nem os melhores cronistas de época  conseguiram facilmente isto aí.

Mas,eu como eles,faço tudo o que posso para superar esta barreira sem saber realmente se conseguirei .

Antes é muito mais provável que não.Ainda assim me esforço fazendo destes escritos uma forma   de exercício de esperança de comunicação ,de contato com o outro,como na figura de Bosch :




 

 O contato possível entre as emoções,os sentimentos,os valores,tudo o que provém de seres viventes “ inteligentes” é algo que se procura sempre na vida e é uma das condições de sua reprodução,quiçá infinita e eterna(coletiva ou individualmente?).

Quantas vezes eu mesmo não peguei livros antigos de crônicas e folheei e não vi  mais necessidade de continuar.

As famosas crônicas muito bem escritas de Carlos Drummond de Andrade ,já,no final da vida do grande poeta ou as politicas de Carlos Castelo Branco sobre a ditadura militar.

Ainda assim o referido exercício é mais que exigível,esperando eventualmente e casualmente que seu trabalho sirva ao escopo ultimo de mostrar um pouco do que foi o tempo em que foram escritas.

Vale a pena dar uma Ajuda ao futuro pesquisador que fará o mesmo que todos,mas vai encontrar algo que acrescente sobre seu estudo.

Os títulos apenas servirão para dar um sentido a este tempo em que os artigos procuraram fixar.

Uma tendência  se tirará deles e a desimportância do escritor ficará esquecida  diante dela.

Então o esforço que acompanha toda a esperança vai ter o seu significado no futuro.

Penso que se o tempo passa mais ainda,tal não implica numa perda definitiva.

Havendo uma hecatombe nuclear ,séculos e séculos adentro sem nada poderão esbarrar em alguma coisa que o articulista escreveu para dar uma noticia do profundo do tempo sobre aqueles que viveram aqui.

Uma vez eu escrevi um artigo sobre O Rei Lear:se algum viajante do futuro chegasse aqui ,num planeta vazio,poderia reconstruir a humanidade a partir de um exemplar do texto que tivesse sobrevivido.

Em termos humanitários estes viajantes estariam aptos a fazer aquilo que  Joyce queria com o Ulysses:reconstruir a cidade de Dublin.

Toda a obra tem como sonhar em ser imortal se se pensar desta forma,em termos longevos de tempo profundo.

Quem diria que uma desconhecida mulher primitiva,que morreu no chifre da África,grávida,tentando com sua tribo chegar ao que é hoje o golfo de Aden,se tornasse uma figura universal e instrutiva sobre o caminhar da humanidade pelo globo?

Assim pode acontecer comigo e com toda  a pessoa que luta contra a mortalidade conscientemente.


Um momento de Spinoza II

 

Continuando o artigo sobre Spinoza,sobre o Kundun,vamos tratar do problema da relação do homem com a natureza.

Antes,vou explicar o que é o kundun:kundun é o pretendente escolhido à posição do Dalai Lama.

Geralmente viajantes ,enviados e missionários procuram crianças que têm uma aparente vocação para esta posição,politica e espiritual.

Nós vemos na sequencia citada que ele interveio numa “luta” entre dois escaravelhos ou besouros.Isto é um sinal.

Como eu coloquei subliminarmente na pergunta ,em que medida isto é válido?A relação do homem com a natureza não é só de trabalho e de transformação cultural,mas de pensamento,de ética,de valores e de intervenção.Hoje todos estes outros itens de relacionamento se juntam na questão ecológica.

Nós vimos que Spinoza,em principio,não intervém,considerando que a natureza é assim mesmo e que como paradigma jusnaturalista do comportamento social e  humano é assim que o homem deve agir:reconhecendo que a potencialidade da natureza e do homem ,que faz parte dela,se exemplifica por,entre outras coisas,a luta de vida e morte,de sobrevivência ,dos seres que a compõem,os animais.

Nos dias atuais,quando distorções de compreensão da natureza,causaram violências e  puseram em risco ela própria(ecologia)e quando se tem uma crítica retrospectiva definitiva(quiçá)da metafísica,de suas limitações ,não se há de aceitar esta postura de Spinoza,sem crítica.

No tempo dele a conquista racional da natureza,nos seus inícios,fundamentava um otimismo,cientifico,que obscurecia um pouco  a visão da natureza,que era tida como “para o homem” e não por si mesma,atitude que permaneceu ainda por muitos séculos,mas que agora desaba.


 

Enciclopedias VI

 

O principio das enciclopédias é a reunião dos conhecimentos humanos.Assim sendo a Biblioteca de Alexandria está dentro desta definição.

Esta biblioteca só existe como um projeto perdido no passado,como esta reunião de conhecimento,que o homem sempre precisa.

A enciclopédia de Diderot substitui em termos esta idéia que s e perdeu no tempo:serve a reunião de conhecimentos para modelar o homem,no seu movimento,no presente e no futuro.

Esta “Enciclopedie” se conecta com o século XVIII,o “século que deveria ser colocado no Panteão”.

Esse século,ainda que tenuemente ,nos serve de modelo.Não se trata do Iluminismo,do vanguardismo do conhecimento ,mas dos direitos humanos.

É um referencial mínimo,mas rígido e importantíssimo,no que foi reconhecido pelo politico e poeta Lamartine.Na sua “Historia dos Girondinos”  ele ressalta que esta declaração substituiu a pura vontade de fazer pelo fundamento de fazer,pela transcendência em relação à força de vontade.

A força de vontade deve sofrer a mesma crítica que Rousseau fez  da força pura e simples e da escravidão.

A vontade não acrescenta nada à força,porque ela não expressa o homem in totum .Ego e eu conjuntamente.

As afirmações de Lamartine são muito importantes porque elas mostram que pessoas no passado não s e deixaram levar pela moda do tempo e se fixaram naquilo que se mostrou forte(de fato)após os cataclismos que presenciamos nos últimos 100 anos.

A enciclopédia de Diderot como expressão do século do Panteão cristaliza os direitos humanos,que até stalinistas aí donos de ongs financiadas pela Holanda,defendem.


 

 

sábado, 29 de junho de 2024

O problema da propriedade No marxismo e no comunismo

 

Hannah Arendt explicou de forma cabal como se deu o desenvolvimento do mundo moderno,que se costuma colocar na Revolução Francesa.

Esta Revolução,eminentemente politica,teve grande influência das Revoluções Inglesas,eminentemente burguesas(não adianta os radicais chorarem).

Foi num determinado momento da revolução francesa que a intenção de copiar o modelo constitucional inglês(burguês)se acabou,em grande parte por causa da casa real francesa.

A jornada do X de agosto de 1792 implantou a república e deste passo em diante as verdades das revoluções inglesas(burguesas)foram esquecidas.Entre elas o principio da propriedade.

Em nenhum marxista se vê uma ataque ao principio da propriedade inidividual,mas também não há um conceito positivo dela,o que permitiu aos bolcheviques ,até 1991,fazerem o que quisessem com ela.

Quando era preciso obter apoio de alguém mais pobre,bastava tirar a propriedade de alguém mais abastado e tudo ficava bem.

E no socialismo real ,as violações de domicilio eram frequentes,em nome do coletivo.

Na URSS não havia herança e o estado todo-poderoso manipulava as relações de família.

Tais concepções foram herdadas do republicanismo radical da revolução francesa que privilegiava o “ coletivo” republicano ,em detrimento da vida privada e cotidiana.

Rousseau ganhou a parada de Locke.O intelectual francês sobre o burguês inglês.

No segundo Tratado Sobre o Governo Civil Locke trata da propriedade.Próximo artigo.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Conclusões

 


São de duas naturezas:uma pessoal e outra na relação com o coletivo.No plano pessoal eu fico com mais clareza dos meus objetivos profissionais e no plano  público” tenho condições de defender uma nova atitude diante do mundo,em todas as atividades e escolhas que fiz.

O plano pessoal tem um significado de municiar a mim mesmo de critérios para abordar o real,segundo o que eu acho verdadeiro,o verdadeiro saber.

É a cristalização do meu rompimento com a dialética,mas que todo mundo deveria fazer,principalmente os militantes embotados e o cidadão comum.

Conforme eu disse mais acima,a filosofia não é obrigatória,o próprio Kant o afirmou,mas pode ajudar em problemas complexos e incruados na vida social e politica,principalmemte esta última.

Em diversos outros textos eu demonstrei o quanto é decisivo fazer uma associação sempre criativa com os saberes intelectuais ,digamos assim,que são sempre apartados do mundo real,como inuteis e até que atrapalham o caminho de desenvolvimento.

A filosofia tem uma importância decisiva na História.Gerardo Mello Mourão dizia que só a erudição constrói sentido e história e é verdade.

Mas muitas vezes a construção  de um filósofo individualizado passa por egoismo,oferece perigos à integração social.Não foi assim com Sócrates?Isto é realmente uma culpa da filosofia,do pensamento erudito?Fazer isto significa atentar contra o bem comum?

A história demonstra que não ,mas mesmo assim,me preocupa dar um papel mais pratico à filosofia,para fazer dela,partícipe  livre da luta pela emancipação da humanidade.

Povos filosóficos,eruditos ,têm um nível de desenvolvimento extremamente maior.Eu sei que o nazismo vai ser colocado aqui como crítica,mas quem fez o nazismo não foram os grandes pensadores,mas os invejosos,os ressentidos,os que queriam sê-lo e não conseguiram.As pessoas não notam isto.

Por causa desta contradição na Alemanha o intelectual é mal visto até hoje.

O nazismo é fruto do recalcado ,não do realizador legitimado.Portanto a contradição com o intelectual não existe,a não ser pelo fato deste povo alemão ter aceitado desde o inicio uma plataforma racista,que alguns intelectuais incorporaram.

Questões politicas eu não vou tratar aqui,mas faço questão de ressaltar isto para manter o fio da meada com a cultura alemã e fazer dela não um modelo,mas uma referência para nossas reflexões .E a partir daí demonstrar o que quero com este texto.

O primeiro interesse já venho falando sobejamente.Colletti ,num livro sobre a Revolução Francesa, afirmou acertadamente que  uma das razões da eclosão do nazismo é a falta de uma revolução como a francesa,mas ele poderia ter dito também que a desconexão do iluminismo alemão com a politica prática gerou tal possibilidade.

A plataforma dos direitos humanos é francesa mas  a discussão dos valores humanos  está na Alemanha.Só que  uma mediação separou estes dois lados:o nacionalismo alemão.

Sem uma resposta politica prática os alemães se voltaram para seu problema essencial,que era a divisão do país.Diversos modelos unificadores foram tentados,com mais ou menos sucesso:o espirito do povo(volksgeist);a questão racial;o problema das utopias do passado,ou seja,as bases naconais da cultura alemã.

O iluminismo alemão tem um papel em tudo isto:a superioridade do pensamento na Alemanha.A cultura filosófica,mas os frutos do esclarecimento ainda não se deram.

Não se trata de um kantianismo,mas de uma corrente de pensamento que se prolongou durante todo o século XIX e XX,primeiramente a partir da sua aplicação sobre o direito,depois na própria filosofia mesmo.

Como eu disse os modelos nacionais vieram a substituir a estratégia de direitos humanos e por isso Kant ficou ou mal interpretado ou esquecido.

Mas a partir da psicologia moderna pode retornar,através das escolas de Baden e Hesse.

O esforço que fiz neste livro é para apresentar não só os referidos elementos de militância republicana, a maior  autonomização do sujeito social,do cidadão.

Mas eu proponho uma transcendentalidade a posteriori por  entender não ser possivel abarcar o mundo ,que é uma das noções mais importantes e fundamentais,creio,da vida humana,principalmente hodiernamente.

Pensar que não podemos abarcar o mundo acaba com o cientificismo do século XIX e de todas as épocas:o otimismo deste cientificismo para o qual a causa é tudo e já é a base fundamental da utopia inquina  sempre a estas afirmações como sendo reacionárias ,pois desmotivariam o ser humano para a compreensão do mundo e melhoria da sua condição.Seria uma postura obscurantista,mas a ciência não está livre deste pecado,porque ela é sutilmente autoritária e repressiva e excludente,quando se quer única detentora da verdade.

Se admitirmos que o momento seguinte é uma nova possibilidade nós veremos que uma concepção cientificista fecha o mundo e ilude a todos quanto ao tempo e ao movimento.

No fundo,a dialética e a ciência são meta-históricos,contendo algo de supersticioso e mágico.A ciência verdadeira não vai além da sua particularidade,mas a falsa é aquele que pensa que abarca o mundo.

Então o fato de alguém não saber o que acontece  sempre e em todo o lugar é a condição  do novo,do progresso,do tempo e da mudança.

As filosofias modernas como a de Heidegger trabalham com esta possibilidade .Antigamente falar em possibilidade era cair no possibilismo em que não havia nada de compreensível ou real mas o que é incompreensivel são estas filosofias que pretendem compreender o real sem antes analisá-lo,coma a s de Hegel,Marx e até certo ponto Spinoza.

Estas filosofias estabelecem regras prévias a um mundo que não tem regras e a acusação frequente de que s e segue ao possibilismo é a de  um irresponsabilismo,mas o não conhecer é algo que faz parte da vida humana e todas filosofias que fundamentam uma certeza são psicopáticas ,agressivas e não respeitam o ser.

A proposta de um transcendentalismo a posteriori é reconhecer esta impossibilidade de conhecer tudo,pelo viés kantiano e fundar uma atitude real diante do mundo:uma coisa é a ciência outra a vida cotidiana humana.Não é preciso uma filosofia ,um modelo para construir, mas trabalhar com o cotidiano,com a experiência dos povos.

Fiz este trabalho a partir d e uma crítica ao conceito de Husserl,o “Eu transcendental”,que me passa uma impressão de falso.Na medida em que os filósofos não entendem que  o pensamento filosófico também é tocado pela experiência, fazem a distinção entre filosofia,como pensamental e a ciência como experiência.

Desde sempre,desde que trato de Kant, eu trabalho com a  ideia (materialista?)de que a experiência participa deste Eu.

Contrariamente ao que pensa Husserl No Eu está o ego e vice-versa(dialeticamente falando?).No ego está a experiência,da qual  o eu  não se separa.

Aí sim existe um idealismo porque  ele pensa que o invariável lógico que forma na mente uma imagem,não tem a ver com a experiência,com a memória.

Como se pode fazer  esta imagem sem levar em consideração aquilo que já se tem na mente?

A contribuição que eu quis dar aqui com este livro é exatamente mostrar como há um apriorismo legitimo ,que nos conduz a novas descobertas.

 

 

 

Um momento De Spinoza

 



Dentro da filosofia(metafísica)de Spinoza há um momento muito apreciado por Gilles Delleuze(que se suicidou):aquele em que Spinoza notava  a força da natureza vendo duas aranhas brigando.

As crônicas dão conta que Spinoza ria ao vê-la(a natureza)em seu momento afirmativo ,potencial ,o que confirmava a sua visão sobre ela(natura naturans).

Contudo ao assistir ao filme “Kundun” ,uma determinada sequencia põe em xeque esta concepção.

Vejam:

A sequência muito bem elaborada descortina a figura do kundun,do pretendente a Dalai Lama,em meio à agitação.Ele está sentadinho e quando a Câmera se aproxima mostra-o observando a luta de dois escaravelhos.

Num determinado momento ele os separa e coloca um deles numa fresta da parede de uma casa de tijolos.

Isto me fez lembrar o que disse certa feita Delleuze sobre o significado da Filosofia de Spinoza:Spinoza gostava de ver aranhas se digladiando e sorria diante deste fenômeno(diferentemente do Kundun),porque mostrava a força da natureza,a manifestação de sua potencialidade(dir-se-á de Deus[?])imanente.

Imanência é o conceito fundamental da filosofia metafísica de Spinoza.

Por intuição sempre entendi que este fenômeno ,se transposto para a vida social ,como modelo natural,baseava posturas cruéis e de justificação da dor.

Nietzsche ,que é de certa forma um seguidor de Spinoza entende-o da mesma maneira que seu mestre:as mudanças na vida implicam na crueldade de aceitação da dor(digo eu:não como finalidade,mas como eventualidade necessária).

Quando adolescente li no manual do púbere virgem do Dr. Fritz Kahn, “Nossa Vida sexual”, que houve tentativas de criar o chamado “parto sem dor”,a minha indefectível intuição me levou a  pensar a vida toda que o homem poderia e deveria intervir na natureza  para aliviar a dor.

E mais do que isto: a constatação cientifica de que o homem adquiriu a dor do parto  em razão da superação da sua condição animal para uma humana e social(estão inter-ligados),me confirmou ainda mais a minha direção intuitiva face a este problema.

Mas o que mais me chama a atenção é que o sistema metafísico obscurece e distorce as maiores e melhores qualidades do filósofo:se ele de um lado defende uma liberdade a partir da superação da superstição(através  do conhecimento[das “leis da natureza”])está preso  a este modelo natural como base da consideração da sociabilidade.

Aquilo que é natural é legitimo?O homem não pode e não deve intervir?Como Hobbes ele encara a relação de violência da vida como parte(natural)dela?Ou uma inevitabilidade(Hobbes)?

Perguntas que eu vou responder nos próximos artigos sobre este grande  filósofo.



 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

A introdução de meu livro sobre Kant

 

Introdução

 

 

 É o reconhecimento de uma pessoa de formação marxista como eu de que não existe uma filosofia no marxismo,o que me move aqui.Por mais que muitos tentem não há nenhuma filosofia aplicável ao marxismo exceto a de Kant,mas o materialismo dialético foi sempre uma falácia.Então  a unica maneira de preencher este vazio é aceitar Kant e a sua criteriologia e isto passa para o marxismo.

Não existe uma totalidade fechada,uma dialética fechada,mas é possivel pela experiência dos povos discutir os temas do marxismo,como fizeram os austro-marxistas e a II internacional,dos quais eu vejo uma continuidade para os tempos atuais.

Dar um sentido profissional à crítica kantiana  e fazê-la participar das atividades humanas é o que eu acho importante.Toda a crítica,inclusive a literária, parte de critérios de organização/compreensão da sociedade.No caso da sociedade o encaixe  desta explicação é importante mas não definitivo,porque a interpretação tem como sugerir mudanças num determinado setor ou situação.

Muita gente,inclusive no marxismo,entende que a interpretação joga a objetividade num pântano intransponivel,mas não é esta a realidade porque ,seguindo Kant,e segundo o seu critério, a objetividade continua lá,na condição de elementos constitutivos do real.É um erro fatal considerar Kant subjetivista ,embora elementos subjetivos autônomos sejam essenciais na sua filosofia.

Devo reconhecer que esta questão da subjetividade põe em dúvida o problema   do apriori em Kant e  é muito mais complexa do que uma simples diluição ou rejeição.Há coisas na humanidade que são dadas desde sempre,tanto filogenética quanto na ontogenética.Os homens sabem que o fogo queima.Não há prova de que precisaram queimar as mãos para saber do perigo,embora isto tenha acontecido.Há certas aptidões,inclusive nos animais que são dadas desde sempre.

Mas eu não me refiro a isto não.

Os próprios  critérios subjetivos têm uma origem na relação com o mundo,mas antes e sempre antes desta relação, algumas aptidões pré-dadas estão lá:capacidade de pensamento,a própria habilidade de elaborar critérios.

Parece uma questão bizantina,mas não se pode imaginar que a consciência ,mesmo que formada na relação,não tenha antes algo que a permita fazer isto,se relacionar.O que já impõe uma hierarquia ,dir-se-ia kantiana,precedente ao processo histórico de formação.

A relação pura e simples de adequação não explica o processo de formação da consciência,porque se não houvesse antes possibilidade real de relação ela não haveria.

De toda ciência até a dialética a pura adequação é falsa,mas a sua tentativa ou crença submete o homem ao objeto,como modelo dele,o que é escandaloso e fonte de distorções,que vão da politica para as doenças mentais.

Ter como modelo aquilo que está fora de si como objeto causa dissociação psiquica.Kant não trata deste assunto,mas o seu pensamento é um lenitivo quanto a isto,porque pela dialetica hegeliana ,por exemplo, há um momento em que o sujeito se define pelo que está fora dele e na verdade toda a dialética de Hegel conduz a isto.

Sim,uma linha fundamental da filosofia ocidental depende de Kant.

Mas o que eu trato aqui é da criteriologia,do crivo crítico,que transcende a ele,inclusive.Uma das características que eu mais ressalto em Kant (e gosto)é o fato de ele se colocar na crítica também.

Quando s e fala em crítica pensa-se na arte,mas de certo modo existe na filosofia ocidental,além do aspecto eminentemente filosófico o elemento permanente e universal que engloba as atividades humanas e o senso comum,de critica,que permite afirmar  a autonomia do individuo no tempo,eliminando certos erros crassos.

Quer dizer ,para além de uma autonomia do individuo esta  visão transcendente e transcendental oferece ao homem comum possibilidades desconhecidas de crescimento e de capacidade critica,evitando estes erros como crenças sem fundamento,capacidade de evitar idolatrias;ceticismo ativo são alguns dos possiveis ganhos que esta “nova” subjetividade oferece.

Sem dúvida.o que pretendo é continuar o trabalho de sistematização da razão autônoma do homem comum,da simples razão.É claro que existe em mim um propósito revolucionário ,mas para além da educação das massas e da revolução existe uma atualização presente do homem com o seu meio,sem perder esta base. Esta base começa em Kant e é a comunidade universal.

Uma das leituras mais horriveis que fiz na vida foi a  introdução de Prosper Merimé ao seu romance “Crônica do Reinado de Carlos IX”,que provocou a  noite de São Bartolomeu.Lá ele diz  que é legitimo que cada país tenha o seu modo de solucionar os seus problemas inclusive usando de violência brutal,como no episódio.Antes da comunidade universal o que tinhamos eram os principios cristãos que foram muito contestados ao longo do tempo e isto parece ter ensejado  um relativismo moral como este.

Estou certo de quem leu este prefácio na época,sendo cristão,usou estas minhas palavras.

A origem da comunidade universal de Kant é o cristianismo e o filósofo reconhece,mas em certos periodos da história tal não foi reconhecido. Não há justificativa mais para pensar que  o sofrimento humano é desigual e fundar um relativismo moral.Isto tem implicações,porque é preciso uma elite para defender e controlar isto aí. Porque  é preciso entender que certos povos são muito atrasados.Aqui no Brasil existem indios que abandonam os filhos que não podem criar e não são punidos porque não são considerados imputáveis.

 

terça-feira, 25 de junho de 2024

parte final do prefácio d e meu livro sobre Kant

 

É o aprofundamento da simples razão que eu proponho aqui.À rede complexa de categorias  ofereço critérios para a abordagem imediata do real,para quem está no senso-comum.Também aplicações eu quero fazer de Kant sobre a realidade.

Nisto o meu passado de professor me inspira.

Tal distinção,evidentemente,apresenta problemas:em certos setores do conhecimento,como na psicologia,o senso-comum parece prescindir do conhecimento científico.

Questões freudianas são conhecidas no passado:a relação d e Alexandre o grande com seu pai Felipe II são extremamente edipianas;no romance os Maias de Eça Queiroz também e igualmente no primo Basilio.Poderiam estas pessoas,pelo senso comum,pela experiência,resolver o problema que lhes afligia?Se sim,para quê Freud?ainda não respondi a esta questão,mas o caminho não é o de prescindir de senso-comum.Não penso,como tantas vezes digo ,que o mundo seja monista,que só uma causa governa o mundo e só um método exista.Mas aí é outra questão.

 

 

 

sábado, 22 de junho de 2024

As aporias de Aristóteles A primeira aporia

 

Conforme falamos no último artigo,quando Aristóteles cai no mundo real,criticando as idéias platônicas,tem que trabalhar com a sensibilidade e a experiência e neste momento,já que definiu a sua ontologia (metafísica),e criticou os antigos filósofos que o precederam,tem que construir um método de conhecimento capaz  de conduzir a marcha progressiva do espirito sobre os fenômenos do real.Este método é o aporético  e é um método dialético.

Uma aporia é um contraste insolúvel(aparentemente)entre dois termos,dois problemas,que exigem solução(euporiai) .

A filosofia de Aristóteles é uma resposta ao que ele considera como falha dos seus antecessores,principalmente seu mestre Platão.

A primeira aporia é:

I.Se o estudo das causas ,como questão introdutória,corresponde ao estudo de uma ou de várias ciências .

 Depois de definir a filosofia  como a busca das causas últimas dos entes,de todas as coisas e seres,Aristóteles pergunta se ela abarca todos os ramos do conhecimento.

A resposta dada é negativa,porque todos  estes ramos são particulares e é preciso uma sophia ,um saber apto a encontrar os principios fundamentais comuns a todas elas.

Ao cair na substância se nota que os saberes científicos são demasiadamente variados para serem abarcados  por um único saber,mas todos os saberes têm algo em comum a ser investigado pela scientia scientiarum .

Então a primeira aporia põe em contraste um saber universal e um particular.E procura uma forma de solução através de um saber único ,uma ciência única.

Que ciência é esta?

continuação de meu livro sobre Kant

 

No plano da filosofia  não há uma ruptura,muito menos o seu fim.Mas o marxismo como outras correntes,pensou assim e ficou sem base.Se o movimento é permanente,não há propriamente fim ,senão no plano axiológico,ou seja,finalidade.

Kant libera a linguagem que já não restitui a realidade como um todo.Ele reconhece,ou pelo menos é possivel reconhecer por seu pensamento,a infinidade do mundo e da linguagem propriamente.

Muitos autores,por isto, depois de Kant ,não existiriam sem ele,sem esta liberdade da linguagem.O caráter interpretativo do mundo se tornou algo dominante na filosofia ,principalmente a filosofia da vida,Dilthey,Nietszche e tantos outros,mas penso ser possivel ,no âmbito da distinção entre conhecimento filosófico,profissional e o popular,o senso-comum,levando em conta que não existe mais  barreira posta por Platão,encontrar um caminho de abordagem bom para aquele que não é profissional.Uma ligação entre o senso-comum e a profissionalidade.

Esta questão é derivativa da minha preocupação de cidadão e professor  e de militante,de elevar a consciência do povo quanto ao seu futuro e quanto ao seu mundo.

Mas se liga às leituras que fiz de Habermas em que esta distinção entre a linguagem comum e a profissional se faz também,sem falar no livro “discurso filosófico da modernidade” em que há um cristianismo  douto(teologia) e outra popular.Mas todas estas antinomias  são fatos comuns no pensamento profissional e popular.De vez em quando ele aparece e adquire um significado revolucionário, como na independência dos eua(ou revolução)em que  o senso-comum serviu de base para o avanço em direção à liberdade.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

História das idéias

 O essencial da direita

Quando eu era pequeno,vigiado por meu pai stalinista,morria de rir com aqueles programas de Flavio Cavalcanti ,com os famosos juris que julgavam os calouros daquele tempo.

Eu adorava sobretudo  a figura de Marcia de Windsor ,uma espécie de bolo de noiva ,que sempre dava nota 10 a quem ia lá.

Por pior que fosse o candidato ela dava dez: “meu amor ,pelo seu esforço de vir aqui cantar é nota dez!”.Como Carlos Imperial sempre desancava  o calouro ela dizia: “não liga para o Carlos Imperial não meu bem,ele é recalcado”.

Eu rolava de rir.

Mas só na idade adulta recente notei que este tipo de júri do passado era uma das formas de expressão de um conceito essencial da direita,que Nelson Rodrigues popularizou,mas que não era dele,mas da corrente de pensamento que ele seguia: “ toda a unanimidade é burra”.Nós poderíamos acrescentar  a peça “Bonitinha,mas ordinária”,com a afirmação,atribuída a Otto Lara Resende: “mineiro só é solidário no câncer”.

Mas isto veio tudo dos criadores da direita moderna ,aqueles que se opuseram ao discurso totalizador da Revolução Francesa,que é o mesmo das Revoluções de esquerda: “nós representamos a humanidade inteira”.

São os irmãos De Maistre e principalmente,neste caso,De Bonald,cujo fulcro do pensamento foi mostrar que estas revoluções não conseguiam expressar o âmago da sociedade e que tal proposta é falsa.

Ao longo do tempo múltiplas interpretações apareceram no rastro deste conceito essencial que é a maior contribuição legitima da direita.


domingo, 16 de junho de 2024

Eu e a matemática,eu e a ciência Meu reconhecimento

 

Eu acordo toda a manhã e vou ver as noticias,inclusive o msn .E aí eu vejo que todos os esforços científicos e matemáticos que faço aqui têm repercussão neste ultimo.

Naturalmente eu o digo porque tenho paranóia e sou narcisista,porque eles fazem o mesmo que eu nos blogs ,não para confrontar-me,mas para ganhar o interesse dos leitores.

Mas é claro que eles fazem o mesmo que eu porque estão me lendo e não me reconhecem porque se sentem superiores a mim,por possuírem diploma e sabe-se lá que tipo de cupinchada comum na academia brasileira.

Mas eu estou pautando todo mundo.

Eles vieram no msn com uma discussão cientifica sobre como encontrar algo  antes do bing bang,em termos matemáticos e usando função também,como tenho usado aqui.É por minha causa,não vem que não tem.

Aí estas “ pessoas”  ampliam as ofensas e agressões jogando sobre mim a condição e velho,quando mais jovens do que eu já sabem disto.

Apareceu um jovem risonho lá ,parecido com aquele canastrão,o Ben Afleck.E outros dois jovens.

É incrível como estes jornalistas e divulgadores se referem aos preconceitos e afirmam lutar contra eles,obtendo público para o que  escrevem,e na verdade são cheios de preconceitos e valores distorcidos.

No meu caso é visível o questionamento da minha sanidade e da minha velhice,sem falar no atribuir a mim um propósito infantil e aparecer,de querer ser melhor do que os outros por fazer algo  sem certificado.

Eu já disse:eu tenho mais trabalho e mais esforço em 62 anos de vida do que muito professor-doutor aí.

A minha condição de idoso não quer dizer nada,pois tenho saúde,trabalho  e conhecimento ,mais ,às vezes, do que certos jovens e eu vou mostrar mais-abaixo a verdade neste ultimo item.

Talvez estejam torcendo para que eu vá logo para o cemitério porque assim eu não falo mais no ídolo deles ,Stalin,figura execrada no mundo todo,menos aqui.

Eu sei quem é que está por trás disto aí:setores da esquerda velha e derrotada,que estão levando o Brasil para o inferno,que não desejam as verdades que eu digo aqui.

Isto tudo,defender o estado totalitário,defender Stalin,é uma forma de fazer escândalo,aparecer e manter as carreiras funcionando ,apostando na possibilidade de uma ditadura de esquerda.Mas no fundo também como já expliquei,é egoísmo,narcisismo e egocêntrismo(infantilidade). São estes os meus inimigos.Mas igualmente desonestidade,covardia e ... autoritarismo e elitismo por não reconhecer o valor dos outros.

Nestes momentos sempre aparece aquele “ filósofo” Leandro Karnal ,me oferecendo cursos de pós-graduação.Não acho fortuito isto aí.

Eu estou buscando notório saber  e o tenho já de fato .O reconhecimento do trabalho de uma pessoa é uma exigência da democracia e da pessoa de bem.

Em todos os lugares do mundo existem polêmicas,picuinhas e politica de baixo nível que envolve os invejosos de sempre.

Mas no Brasil(mas não só)tudo isto é o que se tem.Nos países centrais(por isto eles o são),apesar disto tudo há produção relevante de conhecimento.

Bertrand Russell ,do alto de seu nome ,descobriu um obscuro matemático na India ,Ramanujan e o trouxe para Oxford.

Aqui no Brasil se alguém apresenta conteúdos tem que beijar a mão de alguém para entrar num lugar que já é de seu direito.E entra para fazer polêmicas e apresentar a egocentria refererida destes intelectuais.

Se quiserem oferecer alguma coisa me proponham trabalho de professor,porque eu quero casar inclusive.

Por causa desta mentalidade mesquinha e ibérica o Brasil nunca receberá o prêmio Nobel.

Aprender eu tenho que aprender(como todo mundo)até chegar o dia sonhado(por muitos)de ir para o cemitério.Mas eu já provei capacidade ,nível ,e não preciso de um canudo.

O meu reconhecimento seria um começo de mudança no pensamento brasileiro e a produção do conhecimento começaria.

Antes que digam que eu estou sendo egocêntrico,falando só de mim, qualquer um que estiver neste mesmo patamar que eu deve ser reconhecido,mas o primeiro sou eu.

Agora,no final deste artigo,eu vou demonstrar como conheço mais do que estes jovens que apareceram lá e quanto é importante ter conhecimentos filosóficos,que eles não têm(ignorância):

A matemática,as funções que aparecem no artigo são puras representações do mundo real,mas como eu tenho dito ,usando Kant e a tradição cética ,o singular não pode ser apreendido e expressado(representado)pela razão,pela filosofia.

A filosofia e a Razão não provam que a realidade existe ,nós só a apreendemos pela percepção dos sentidos.Começa por aí:a linguagem geral do cientista e do jornalista já induz uma visão errada das coisas.Kant tinha razão quanto à Ding na Sich.

Tudo é tendencial e  a matemática,a física,a filosofia só apreendem um momento fugaz desta tendência e descobrem a sua existência(da tendência bem entendido).

O espaço/tempo,as derivadas,só são tendências,provavelmente infinitas(mas não necessariamente).

O cálculo proposto da singularidade,do seu encontro ,é IMPOSSIVEL,sendo só aproximativo.NÃO ESTÁ MOSTRADA NO ARTIGO ESTA VERDADE.

O artigo está todo errado e é porque eles não têm formação filosófica e são especializados.

Não tenho a intenção de ser melhor do que os outros,mas a minha capacidade de produzir conhecimentos,como fiz agora,precisa ser reconhecida e eu tenho MÉRITO .

Na minha opinião o que existia antes do bing bang era este vácuo que não existe,segundo Einstein e se estes divulgadores levassem o pensamento com mais rigor,a investigação com mais rigor ,não achariam tão escandaloso unir a relatividade com a teoria quântica,porque tudo no mundo,na natureza,está interligado.

Só em lugares afastados do universo manifestações diversas de fenômenos podem ocorrer,mas em principio,o universo é uno ou tende à unidade.

 

 

sábado, 8 de junho de 2024

Leitura de Aristóteles O problema da experiência

 

Como Aristóteles é diferente de seu mestre Platão,por ser um pesquisador do real,a questão dele,para se compreendê-lo é ver as diferenças  e intersecções entre as idéias e a experiência do real.

É neste passo que Aristóteles propõe a discussão sobre as aporias,os impasses entre estes dois lados.

Não vou tratar disto agora,mas vou preparar o leitor para entender este problema.

Nos manuais  soviéticos,que submetiam a análise do passado filosófico(e em geral)à sua visão cientificista e ideológica ,o centro do estudo de Aristóteles era exatamente a sua distinção em relação a Platão.

Na “ confrontação” entre estes dois gigantes da filosofia,professor e aluno,nós vemos resumida a dicotomia idealismo/materialismo,embora estes manuais considerassem o estagirita como um dualista,por causa de sua divisão entre alma e corpo.

Mas era tido como no caminho do materialismo,por ressaltar o corpo e relacionar as idéias com o real,que o filósofo mesmo investigava.

E num determinado momento da metafísica,o livro três ,depois de fazer a critica de seu mestre(entre outros),ele se vê diante deste impasse(aporia):como entender ,a partir das idéias ,este mundo real e como elaborar um método para conhece-lo filosófica e cientificamente(Aristóteles junta os dois).

A experiência pode ser organizada de modo racional?E porque esta pergunta é posta?Não seria natural dizer que sim?

Desenvolverei esta resposta em próximo artigo,mas é fundamental dizer que o problema subjacente na mente de Aristóteles é estabelecer quais os critérios relacionais entre os entes,os seres,e entre estes e as idéias.Não é tão simples assim.