terça-feira, 25 de junho de 2024

parte final do prefácio d e meu livro sobre Kant

 

É o aprofundamento da simples razão que eu proponho aqui.À rede complexa de categorias  ofereço critérios para a abordagem imediata do real,para quem está no senso-comum.Também aplicações eu quero fazer de Kant sobre a realidade.

Nisto o meu passado de professor me inspira.

Tal distinção,evidentemente,apresenta problemas:em certos setores do conhecimento,como na psicologia,o senso-comum parece prescindir do conhecimento científico.

Questões freudianas são conhecidas no passado:a relação d e Alexandre o grande com seu pai Felipe II são extremamente edipianas;no romance os Maias de Eça Queiroz também e igualmente no primo Basilio.Poderiam estas pessoas,pelo senso comum,pela experiência,resolver o problema que lhes afligia?Se sim,para quê Freud?ainda não respondi a esta questão,mas o caminho não é o de prescindir de senso-comum.Não penso,como tantas vezes digo ,que o mundo seja monista,que só uma causa governa o mundo e só um método exista.Mas aí é outra questão.

 

 

 

sábado, 22 de junho de 2024

As aporias de Aristóteles A primeira aporia

 

Conforme falamos no último artigo,quando Aristóteles cai no mundo real,criticando as idéias platônicas,tem que trabalhar com a sensibilidade e a experiência e neste momento,já que definiu a sua ontologia (metafísica),e criticou os antigos filósofos que o precederam,tem que construir um método de conhecimento capaz  de conduzir a marcha progressiva do espirito sobre os fenômenos do real.Este método é o aporético  e é um método dialético.

Uma aporia é um contraste insolúvel(aparentemente)entre dois termos,dois problemas,que exigem solução(euporiai) .

A filosofia de Aristóteles é uma resposta ao que ele considera como falha dos seus antecessores,principalmente seu mestre Platão.

A primeira aporia é:

I.Se o estudo das causas ,como questão introdutória,corresponde ao estudo de uma ou de várias ciências .

 Depois de definir a filosofia  como a busca das causas últimas dos entes,de todas as coisas e seres,Aristóteles pergunta se ela abarca todos os ramos do conhecimento.

A resposta dada é negativa,porque todos  estes ramos são particulares e é preciso uma sophia ,um saber apto a encontrar os principios fundamentais comuns a todas elas.

Ao cair na substância se nota que os saberes científicos são demasiadamente variados para serem abarcados  por um único saber,mas todos os saberes têm algo em comum a ser investigado pela scientia scientiarum .

Então a primeira aporia põe em contraste um saber universal e um particular.E procura uma forma de solução através de um saber único ,uma ciência única.

Que ciência é esta?

continuação de meu livro sobre Kant

 

No plano da filosofia  não há uma ruptura,muito menos o seu fim.Mas o marxismo como outras correntes,pensou assim e ficou sem base.Se o movimento é permanente,não há propriamente fim ,senão no plano axiológico,ou seja,finalidade.

Kant libera a linguagem que já não restitui a realidade como um todo.Ele reconhece,ou pelo menos é possivel reconhecer por seu pensamento,a infinidade do mundo e da linguagem propriamente.

Muitos autores,por isto, depois de Kant ,não existiriam sem ele,sem esta liberdade da linguagem.O caráter interpretativo do mundo se tornou algo dominante na filosofia ,principalmente a filosofia da vida,Dilthey,Nietszche e tantos outros,mas penso ser possivel ,no âmbito da distinção entre conhecimento filosófico,profissional e o popular,o senso-comum,levando em conta que não existe mais  barreira posta por Platão,encontrar um caminho de abordagem bom para aquele que não é profissional.Uma ligação entre o senso-comum e a profissionalidade.

Esta questão é derivativa da minha preocupação de cidadão e professor  e de militante,de elevar a consciência do povo quanto ao seu futuro e quanto ao seu mundo.

Mas se liga às leituras que fiz de Habermas em que esta distinção entre a linguagem comum e a profissional se faz também,sem falar no livro “discurso filosófico da modernidade” em que há um cristianismo  douto(teologia) e outra popular.Mas todas estas antinomias  são fatos comuns no pensamento profissional e popular.De vez em quando ele aparece e adquire um significado revolucionário, como na independência dos eua(ou revolução)em que  o senso-comum serviu de base para o avanço em direção à liberdade.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

História das idéias

 O essencial da direita

Quando eu era pequeno,vigiado por meu pai stalinista,morria de rir com aqueles programas de Flavio Cavalcanti ,com os famosos juris que julgavam os calouros daquele tempo.

Eu adorava sobretudo  a figura de Marcia de Windsor ,uma espécie de bolo de noiva ,que sempre dava nota 10 a quem ia lá.

Por pior que fosse o candidato ela dava dez: “meu amor ,pelo seu esforço de vir aqui cantar é nota dez!”.Como Carlos Imperial sempre desancava  o calouro ela dizia: “não liga para o Carlos Imperial não meu bem,ele é recalcado”.

Eu rolava de rir.

Mas só na idade adulta recente notei que este tipo de júri do passado era uma das formas de expressão de um conceito essencial da direita,que Nelson Rodrigues popularizou,mas que não era dele,mas da corrente de pensamento que ele seguia: “ toda a unanimidade é burra”.Nós poderíamos acrescentar  a peça “Bonitinha,mas ordinária”,com a afirmação,atribuída a Otto Lara Resende: “mineiro só é solidário no câncer”.

Mas isto veio tudo dos criadores da direita moderna ,aqueles que se opuseram ao discurso totalizador da Revolução Francesa,que é o mesmo das Revoluções de esquerda: “nós representamos a humanidade inteira”.

São os irmãos De Maistre e principalmente,neste caso,De Bonald,cujo fulcro do pensamento foi mostrar que estas revoluções não conseguiam expressar o âmago da sociedade e que tal proposta é falsa.

Ao longo do tempo múltiplas interpretações apareceram no rastro deste conceito essencial que é a maior contribuição legitima da direita.


domingo, 16 de junho de 2024

Eu e a matemática,eu e a ciência Meu reconhecimento

 

Eu acordo toda a manhã e vou ver as noticias,inclusive o msn .E aí eu vejo que todos os esforços científicos e matemáticos que faço aqui têm repercussão neste ultimo.

Naturalmente eu o digo porque tenho paranóia e sou narcisista,porque eles fazem o mesmo que eu nos blogs ,não para confrontar-me,mas para ganhar o interesse dos leitores.

Mas é claro que eles fazem o mesmo que eu porque estão me lendo e não me reconhecem porque se sentem superiores a mim,por possuírem diploma e sabe-se lá que tipo de cupinchada comum na academia brasileira.

Mas eu estou pautando todo mundo.

Eles vieram no msn com uma discussão cientifica sobre como encontrar algo  antes do bing bang,em termos matemáticos e usando função também,como tenho usado aqui.É por minha causa,não vem que não tem.

Aí estas “ pessoas”  ampliam as ofensas e agressões jogando sobre mim a condição e velho,quando mais jovens do que eu já sabem disto.

Apareceu um jovem risonho lá ,parecido com aquele canastrão,o Ben Afleck.E outros dois jovens.

É incrível como estes jornalistas e divulgadores se referem aos preconceitos e afirmam lutar contra eles,obtendo público para o que  escrevem,e na verdade são cheios de preconceitos e valores distorcidos.

No meu caso é visível o questionamento da minha sanidade e da minha velhice,sem falar no atribuir a mim um propósito infantil e aparecer,de querer ser melhor do que os outros por fazer algo  sem certificado.

Eu já disse:eu tenho mais trabalho e mais esforço em 62 anos de vida do que muito professor-doutor aí.

A minha condição de idoso não quer dizer nada,pois tenho saúde,trabalho  e conhecimento ,mais ,às vezes, do que certos jovens e eu vou mostrar mais-abaixo a verdade neste ultimo item.

Talvez estejam torcendo para que eu vá logo para o cemitério porque assim eu não falo mais no ídolo deles ,Stalin,figura execrada no mundo todo,menos aqui.

Eu sei quem é que está por trás disto aí:setores da esquerda velha e derrotada,que estão levando o Brasil para o inferno,que não desejam as verdades que eu digo aqui.

Isto tudo,defender o estado totalitário,defender Stalin,é uma forma de fazer escândalo,aparecer e manter as carreiras funcionando ,apostando na possibilidade de uma ditadura de esquerda.Mas no fundo também como já expliquei,é egoísmo,narcisismo e egocêntrismo(infantilidade). São estes os meus inimigos.Mas igualmente desonestidade,covardia e ... autoritarismo e elitismo por não reconhecer o valor dos outros.

Nestes momentos sempre aparece aquele “ filósofo” Leandro Karnal ,me oferecendo cursos de pós-graduação.Não acho fortuito isto aí.

Eu estou buscando notório saber  e o tenho já de fato .O reconhecimento do trabalho de uma pessoa é uma exigência da democracia e da pessoa de bem.

Em todos os lugares do mundo existem polêmicas,picuinhas e politica de baixo nível que envolve os invejosos de sempre.

Mas no Brasil(mas não só)tudo isto é o que se tem.Nos países centrais(por isto eles o são),apesar disto tudo há produção relevante de conhecimento.

Bertrand Russell ,do alto de seu nome ,descobriu um obscuro matemático na India ,Ramanujan e o trouxe para Oxford.

Aqui no Brasil se alguém apresenta conteúdos tem que beijar a mão de alguém para entrar num lugar que já é de seu direito.E entra para fazer polêmicas e apresentar a egocentria refererida destes intelectuais.

Se quiserem oferecer alguma coisa me proponham trabalho de professor,porque eu quero casar inclusive.

Por causa desta mentalidade mesquinha e ibérica o Brasil nunca receberá o prêmio Nobel.

Aprender eu tenho que aprender(como todo mundo)até chegar o dia sonhado(por muitos)de ir para o cemitério.Mas eu já provei capacidade ,nível ,e não preciso de um canudo.

O meu reconhecimento seria um começo de mudança no pensamento brasileiro e a produção do conhecimento começaria.

Antes que digam que eu estou sendo egocêntrico,falando só de mim, qualquer um que estiver neste mesmo patamar que eu deve ser reconhecido,mas o primeiro sou eu.

Agora,no final deste artigo,eu vou demonstrar como conheço mais do que estes jovens que apareceram lá e quanto é importante ter conhecimentos filosóficos,que eles não têm(ignorância):

A matemática,as funções que aparecem no artigo são puras representações do mundo real,mas como eu tenho dito ,usando Kant e a tradição cética ,o singular não pode ser apreendido e expressado(representado)pela razão,pela filosofia.

A filosofia e a Razão não provam que a realidade existe ,nós só a apreendemos pela percepção dos sentidos.Começa por aí:a linguagem geral do cientista e do jornalista já induz uma visão errada das coisas.Kant tinha razão quanto à Ding na Sich.

Tudo é tendencial e  a matemática,a física,a filosofia só apreendem um momento fugaz desta tendência e descobrem a sua existência(da tendência bem entendido).

O espaço/tempo,as derivadas,só são tendências,provavelmente infinitas(mas não necessariamente).

O cálculo proposto da singularidade,do seu encontro ,é IMPOSSIVEL,sendo só aproximativo.NÃO ESTÁ MOSTRADA NO ARTIGO ESTA VERDADE.

O artigo está todo errado e é porque eles não têm formação filosófica e são especializados.

Não tenho a intenção de ser melhor do que os outros,mas a minha capacidade de produzir conhecimentos,como fiz agora,precisa ser reconhecida e eu tenho MÉRITO .

Na minha opinião o que existia antes do bing bang era este vácuo que não existe,segundo Einstein e se estes divulgadores levassem o pensamento com mais rigor,a investigação com mais rigor ,não achariam tão escandaloso unir a relatividade com a teoria quântica,porque tudo no mundo,na natureza,está interligado.

Só em lugares afastados do universo manifestações diversas de fenômenos podem ocorrer,mas em principio,o universo é uno ou tende à unidade.

 

 

sábado, 8 de junho de 2024

Leitura de Aristóteles O problema da experiência

 

Como Aristóteles é diferente de seu mestre Platão,por ser um pesquisador do real,a questão dele,para se compreendê-lo é ver as diferenças  e intersecções entre as idéias e a experiência do real.

É neste passo que Aristóteles propõe a discussão sobre as aporias,os impasses entre estes dois lados.

Não vou tratar disto agora,mas vou preparar o leitor para entender este problema.

Nos manuais  soviéticos,que submetiam a análise do passado filosófico(e em geral)à sua visão cientificista e ideológica ,o centro do estudo de Aristóteles era exatamente a sua distinção em relação a Platão.

Na “ confrontação” entre estes dois gigantes da filosofia,professor e aluno,nós vemos resumida a dicotomia idealismo/materialismo,embora estes manuais considerassem o estagirita como um dualista,por causa de sua divisão entre alma e corpo.

Mas era tido como no caminho do materialismo,por ressaltar o corpo e relacionar as idéias com o real,que o filósofo mesmo investigava.

E num determinado momento da metafísica,o livro três ,depois de fazer a critica de seu mestre(entre outros),ele se vê diante deste impasse(aporia):como entender ,a partir das idéias ,este mundo real e como elaborar um método para conhece-lo filosófica e cientificamente(Aristóteles junta os dois).

A experiência pode ser organizada de modo racional?E porque esta pergunta é posta?Não seria natural dizer que sim?

Desenvolverei esta resposta em próximo artigo,mas é fundamental dizer que o problema subjacente na mente de Aristóteles é estabelecer quais os critérios relacionais entre os entes,os seres,e entre estes e as idéias.Não é tão simples assim.