domingo, 30 de junho de 2024

Um momento de Spinoza II

 

Continuando o artigo sobre Spinoza,sobre o Kundun,vamos tratar do problema da relação do homem com a natureza.

Antes,vou explicar o que é o kundun:kundun é o pretendente escolhido à posição do Dalai Lama.

Geralmente viajantes ,enviados e missionários procuram crianças que têm uma aparente vocação para esta posição,politica e espiritual.

Nós vemos na sequencia citada que ele interveio numa “luta” entre dois escaravelhos ou besouros.Isto é um sinal.

Como eu coloquei subliminarmente na pergunta ,em que medida isto é válido?A relação do homem com a natureza não é só de trabalho e de transformação cultural,mas de pensamento,de ética,de valores e de intervenção.Hoje todos estes outros itens de relacionamento se juntam na questão ecológica.

Nós vimos que Spinoza,em principio,não intervém,considerando que a natureza é assim mesmo e que como paradigma jusnaturalista do comportamento social e  humano é assim que o homem deve agir:reconhecendo que a potencialidade da natureza e do homem ,que faz parte dela,se exemplifica por,entre outras coisas,a luta de vida e morte,de sobrevivência ,dos seres que a compõem,os animais.

Nos dias atuais,quando distorções de compreensão da natureza,causaram violências e  puseram em risco ela própria(ecologia)e quando se tem uma crítica retrospectiva definitiva(quiçá)da metafísica,de suas limitações ,não se há de aceitar esta postura de Spinoza,sem crítica.

No tempo dele a conquista racional da natureza,nos seus inícios,fundamentava um otimismo,cientifico,que obscurecia um pouco  a visão da natureza,que era tida como “para o homem” e não por si mesma,atitude que permaneceu ainda por muitos séculos,mas que agora desaba.


 

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