A
minha defesa da liberdade se faz a partir do conceito (de esquerda) de
coletivismo, um paroxismo do socialismo, sua base e condição de reprodução.
Tratarei
em próximo artigo destes conceitos sutis, mas agora aspiro ver as consequências
mais funestas do coletivismo e como ele se une ao conceito de Hannah Arendt de
“banalidade do mal”(pela esquerda).
Igualar
as pessoas todas em torno de um ideal permanente já vimos ser um erro, porque
não é assim o real, o real humano.
Contudo,
se identifica bem a teratologia escondida nesta prática por suas consequências:
enquanto os padrões se impõem (e é da sua natureza se impor), toda a
individualidade ou se adapta ou não é reconhecida (em seus direitos).
Se
existem pessoas pobres, abandonadas, crianças abandonadas, aquele que possui
uma condição melhor não tem o direito de aventar problemas individuais e pedir
ajuda.
A
autonomia dos problemas individuais, principalmente na esquerda (e esquerda
stalinista), é vista como egoísmo, egocentrismo, em face da miséria humana em
volta.
Mas,
na verdade, o egoísmo provém de quem se beneficia desta padronização coletiva:
todos somos iguais e não há problemas porque a vanguarda se prontifica a
resolvê-los definitivamente. Então, cale a boca! Não jogue conversa fora!
No
dia em que todos estiverem na utopia, poderá haver liberdade pessoal,
individual, mas enquanto não (e nós prolongaremos isto), cale a boca!
O
mecanismo do coletivismo funciona assim.
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