terça-feira, 2 de outubro de 2018

A aufhebung e a sociologia de Comte


subjacente  nele encerra  todo um processo que começa com o reconhecimento do movimento real das coisas,através da dialética hegeliana.O termo aufhebung não tem tradução direta em português.Normalmente se traduz como “ superação/assimilação”ou o contrário.No fundo é a base do princípio que está sob o “ Ordem e Progresso”,mudar conservando.Sob uma distinção sutil esta frase deriva,como todos sabemos ,do positivismo,cujo cerne da filosofia está em só considerar aquilo que se pôe à observação do sujeito.Aquilo que é real é o que o sujeito pode observar.Na psicologia positivista  o real é o sentimento real,a emoção real, a assertividade do sujeito,a sua postura  positiva  diante do  mundo.
De qualquer forma o movimento real está embutido nesta concepção,mas o que fundamenta esta dualidade é a idéia de algo que é imutável,as leis da natureza,que servem à sociedade,como modelo, e é condição de sua dinamis específica,o progresso,uma finalidade supostamente inscrita nas leis da natureza e do desenvolvimento da sociedade.
A norma está embutida na idéia,pois,de ordem.Ordem não é hierarquia.Isto contrariaria  o espirito republicano do positivismo que se  extrai do acesso de todos às leis fundamentais do real(igualitarismo gnosiológico).
O positivismo consagra as consequências da ética científica de um Benjamin Franklin de que o conhecimento é de todos e de que não é preciso uma idéia moral ou divina prévia que dê sentido aos fatos do real,pois eles já o têm.
A ordem é a norma,que é a base do progresso.Mas este pensamento já estava na dialética hegeliana e sua aufhebung.