domingo, 4 de agosto de 2019

O método de Kant

Kant segue Platão do Teeteto afirmando que o método do conheciménto é aquele que busca o universal ,a conexão universal necessária,para deppois aplicar-se à experiência.
Segundo o crítico Riehl a questão da universalidade e necessidade não é uma base de argumentação mas um problema em si mesmo.kant não deduz o apriorismo da universalização,mas vice-versa,isto é,do apriorismo,do conhecimento pré-dado, deduz a universalidade.
Uberweg e Ritter afirmam que a universalização rigorosa é própria também da indução,fato que é reforçado por Stuart Mill.

A incidência dos raios do sol e do calor sobre a água causa uma vaporização e se pode fazer,pela indução,uma lei universal.
Kant não contraditaria esta afirmação dizendo que o calor em contato com a água gera a vaporização do líquido,portando a indução seria capaz de juízo universal,mas numa generalização,uma generalização articular ,referencial a uma região do mundo.Assim os juizos universais não seriam derivados de uma experiência(sempre particular),imediata,obtida pelos sentidos,mas da dedução puramente racional,segundo categorias pré-dadas.Mas isto não é possível.Na prática esta ruptura idealista kantiana não é possível,pois a experiência não se rompe. (nota:aqui é que surge o imbroglio com o materialismo e o marxismo:o fato de Kant ter disto o põe como idealista auto-proclamado,mas ,na prática,ele opera uma integração também sujeito/objeto,como Hegel,na medida em que une a razão com a sensibilidade.O erro dele é supor uma ruptura nesta integração,é menosprezar e desprezar os juizos a posteriori e isto se dá porque ele não tem[limitações de época]compreensão do desenvolvimento histórico das ciências.Por seu lado tem razão em destacar a subjetividade como fonte de produção ,suficiente, do conhecimento.E mais ainda,por outro lado,o erro do marxismo é achar que a subjetividade só subsiste e só tem legitimidade se se compreender o desenvolvimento social,sem reconhecer a autonomia do sujeito.Erros de parte a parte).