quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Lorentz e Galileu II

 


Muitos me criticaram o artigo anterior por não falar em Lorentz,mas eu fiz um artigo dividido em dois.Pois bem:quando alguém pisa em algum lugar não é em lugar,mas no espaço tempo.Lugar e tempo não existem objetivamente,na natureza,mas de outras formas,comco conceitos abstratos e experiência psicológica.

Esta relatividade lorentziana,que põe em xeque a de Galileu(a supera)prova esta verdade extarordinária:andamos sobre algo que não é o que pensamos ser.Tal comprova as afirmações de Kant,de que o mundo não é abarcável.

Não foi preciso esta prova cientifica,mas ela confirma a filosofia,mostrando que às vezes o pensamento filosófico antecede e prevê o científico.

Ainda mais que os momentos do tempo são infinitesimais.Pelo infinitesimal recuperamos a importância de Galileu e de Newton.Era plenamente conhecida de Galileu a dicotomia entre o fenômeno físico e o matemático.Isto o liga aos modernos.E Newton aprofundou esta verdade com o cálculo infinitesimal.

É dificil, é quase impossivel  determinar o momento especificamente,o momento do tempo.Se tirarmos um pelo de nosso braço saberemos identificar este momento físico,mas em termos matemáticos,de passagem do espaço tempo,da matriz lorentziana,não é possivel.

E mesmo do ponto físico,esta depilação depende de prévios conceitos sobre o tempo contidos em nossa mente,porque se não fosse não seria integrante do tempo.De diversas formas nós podemos destrinchar este fato:a pessoa que tinha o pelo é diferente daquela que o retirou;por dentro das terminações da pele o fenômeno não se resume na depilação;mesmo que a pessoa se depile sempre,criando um padrão não se sabe quais as repercussões no corpo deste e certamente estes padrões dependem de uma temporalidade .A memória psicológica da depilação é um referencial de tempo.Isto sem falar na presença ipso facto do espaço.

Na verdade,se formos observar o espaço/tempo sempre esteve aí,mas era dificil achá-lo porque o liame macrocosmos/microcosmos não se apresentava.Falarei mutio ainda disto aí,mas por enquanto paro por aqui.

 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Lorentz e Galileu

Consegui voltar aos meus estudos de ciência para tratar de um assunto que faltou no meu livro sobre “O erro de Newton”:como é relativa a contribuição dos homens,por mais geniais que sejam.

Num artigo que  escrevi há muitos anos  falava  que a genialidade existe,mas que depende muito da oportunidade,do local e da hora em que o gênio está.

Galileu é um dos grandes gênios da humanidade,mas dependia ,como qualquer um,destas circunstâncias aí.

As transformações galileanas foram tidas durante séculos como as que explicavam a relatividade.Num meio supostamente imóvel ,as coordenadas do movimento eram as mesmas e era possível então encontrar leis matemáticas universais.

Com o tempo e as descobertas científicas posteriores este “ universo” mudou,porque se movimentou igualmente aos objetos que estavam e estão neles.

Em seu livro sobre a Relatividade Bertrand Russel diz o seguinte ,como exemplo: “ imaginemos que você pegue um táxi na estação de charing cross e peça ao motorista que o  leve até Oxford .O motorista lhe pede uma referência e você o faz.Mas esta referência,supomos uma rua especifica,não está parada ,mas se movimenta e está em outro lugar que não aquele que você disse ao motorista.Bem como Oxford,que não está no lugar em que estava quando você pegou  o táxi e você mesmo não está mais onde estava quando,pela primeira vez,pediu que o taxista que o levasse.”

Tudo se movimenta e portanto a explicação matemática da relação entre os corpos e movimento dada por Galileu e por Newton não serve mais,sendo apenas aproximativa.

Quando dois corpos são jogados da torre de Pisa não caem nunca ao mesmo tempo,no mesmo lugar,pois isto é aparente.No mesmo lugar porque não existe separação entre lugar e tempo.