quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Cosmos II

 Continuando a série,lembro-me que quando lecionava filosofia e falava sobre Kant eu exemplificava a sua filosofia de uma forma muito tradicional:a filosofia de Kant é como uma urna misteriosa que chega à praia,vinda do mar,sem nada gravado nela.O sujeito que a toma nas mãos escreve nela o que bem entende,para lhe dar um significado ,para si e para os outros(e para a vida).



O Mapa de Marte que se vê acima e que eu já colocara no primeiro artigo pode bem ser esta urna e a explicação do sistema de Kant tem como ser feita olhando-o.

Contudo esta utilização torna um exemplo simples em algo mais complexo,porque aí se trata de construir subjetivamente uma nva vida em um novo lugar.

Isto se coaduna com os meus textos sobre Kant,especialmente o último em que falo do caráter transcendental a posteriori de sua filosofia.

Rejeitando o Eu Transcendental de Husserl e as visões aprioristicas de Kant ,penso que jháum transcendental que não rejeita a experiência,antes a utiliza para projetar uma nova realidade.

Assim,olhando para estas regiões do planeta vermelho,o ser humano inventa uma nova vida,mas baseada nas suas experiências passadas as quais serão deixadas de lado ou usadas para este futuro.

Em determinado lugar edificarei minha casa ,coma minha família.Em outro estará meu trabalho.Tudo isto não saberei como será,mas está aqui na minha mente a ser posto lá na futura urna da humanidade.

Junto com estes artigos desta série eu colocarei aqui ,aos poucos,a minha tradução de Tsiolkovski,mais precisamente de seu livro “Investigação do Espaço através de veiculos Reativos”,de 1903.Farei também comentários.



Olinto de Pretto

 

As pessoas dizem que sou pretensioso,que acho que sei tudo,mas uma das coisas mais gostosas da vida é aprender sempre e na velhice você adquire uma certa base e identifica melhor aquilo que de novo aprende,no dia a dia.

Até ao último domingo eu nunca ouvira falar neste nome aí do titulo.Ele me chegou através de um dos meus contatos no Facebook,o do fisico e principal discipulo de Carl Sagan e continuador da série Cosmos,Tyson,que trouxe esta figura e o problema de um possível plágio de Einstein.

Explicando:em 1903 este Olinto publicou um texto em que relacionava a matéria no seu movimento na velocidade da luz teria energia cinética igual a mv2.

Ora,para quem conhece isto ,tal fórmula é nada mais nada menos do que aquela proposta dois anos depois por Einstein,e=mc2.Teria Einstein plagiado este ilustre desconhecido até agora?

É uma discussão de que tratarei depois,mas isto confirma o que eu tenho dito aqui,seguindo os estudos de tantos epistemólogos nos últimos 100 anos:as descobertas cientificas não são feitas por uma única pessoa,mas por coletivos não necessariamente conectados que se debruçam sobre desafios de sua época.

No entanto ,agora neste artigo,quero tratar de um outro aspecto do problema geral da relatividade.

Este Olinto de Pretto descobriu neste mesmo texto a força do átomo,a força desta energia.

Sempre soube que esta força foi conhecida pelos fisicos desde o inicio.Por isto eu ainda não estou certo de que os motivos pelos quais os alemães não construíram a bomba,não passaram por uma postura desviacionista de Heisenberg.Uma postura consciente.

Nos últimos anos,mas com base no que os americanos viram em 1945 do propalado programa nuclear nazista,levanta-se a certeza de que foi um erro de cálculo o que o atrasou felizmente.

Não me sinto convencido de que os fisicos alemães,Heisenberg à frente,se enganaram na quantidade de urânio para fazer o artefato.

Além do conhecimento que se tinha das possibilidades de liberação de uma enorme energia,em 1939 a pilha atômica,de grafite,já mostrara as condições de controle da reação nuclear e não há porque acreditar num erro grosseiro deste tipo.


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A má consciência do marxista ortodoxo

 Porque não possuo mestrado ou doutorado não escrevo nesta nefanda revista Terra é Redonda,mas sou obrigado a receber artigos de pessoas que escrevem lá e que ,naturalmente,no minimo,estão fazendo doutorado.

Como é o caso do Sr. Mateus Silveira,já meu conhecido do facebook,de muitos anos.Ele me enviou ontem um artigo sobre classe média e ressentimento,repetindo coisas que eu cnheço há mais de trinta anos:acusações a esta classe de sofrer de ressentimento e servir de apoio à “ exploração burguesa”,etc.,etc,o receituario comum do marxismo ortodoxo,que não muda de jeito nenhum.

É aquele velho milenarismo,o enclave religioso no marxismo,que eu já expliquei tantas vezes e que estabelece quem são os “ eleitos” do futuro,como fazia e faz a religião em todas as épocas.

Eu publiquei um livro recentemente sobre classe média,que eu não sei se este senhor e a revista nefanda tomaram conhecimento,mas lá eu trato dos fundamentos desta besteira recorrente:talvez o próprio Marx tenha s e sentido um pouco deslocado em defender o caráter essencial da classe operária como fautora da Revolução salvadora.Ele era pessoalmente de classe média e possivelmente inventou que o trabalhador de classe média produzia mais-valia(vol.II de “ O Capital”)quando recebia salário.

Assim o sentimento eventual de culpa de Marx de ser beneficiário da exploração acabava.Contudo,seu amigo pessoal Bernstei,n mostrou-lhe a falácia deste argumento:ou pelo menos eu entendo assim.

Marx não tem uma relação total com Kant na medida em que ele entende que o mercado não é o paradigma da humanidade,a partir do reconhecimento da capacidade de escolha do homem,quanto às suas necessidades.

Marx é materialista e deriva o seu materialismo da “Filosofia do Direito” de Hegel,principalmente do sistema de carecimento.

E é por isto que na “Contribuição à Crítica da Economia Politica” ele “localiza” tudo na produção .

Há certos carecimentos que são inarredáveis.Não são passiveis de escolha e marcam o grau de independência de um povo e são a base do comunismo,na sua acepção real(não socialismo).

Isto não é uma escolha kantiana,nem uma afirmação definitiva do mercado como instãncia da liberdade.Marx tem razão aqui.

Tais afirmações básicas já estão na “ Miséria da Filosofia”e é em razão disto que ele escanteia esta dicotomia da “ oferta e da procura”:ela é falsa por natureza ou limitada pelo problema definitivo da capacidade produtiva.

Contudo, estas afirmações verdadeiras limitam a sua tentativa de incluir o assalariado em geral no grupo de trabalhadores aptos a construir o comunismo:é aí que entra Bernstein em seu “Socialismo Evolutivo”,mostrando que certas industrias são inarredáveis.Não são todas as industrias que produzem mais-valia.

O capitalista usa outras formas de obtençao de mais-valia para o seu “ jogo de exploração”:o capital variável,venha de onde vier “ colabora”.

Mas a origem da mais-valia vem deste nucleo inarredável aí.Uma industria de camisa de jogador de futebol produz mais-valia,mas ninguém vive independentemente por uma industria deste tipo,pois será sempre dependente da contribuição essencial de outros lugares.

Os países nórdicos ,por exemplo,não têm estas industrias e portanto o comércio é fundamental para a sua existência.Não têm ,pois,condição ,de por si mesmos,produzir o comunismo.

Tal discussão quebrou a cabeça do último Guevara,o qual perdeu sua posição na Revolução Cubana,por suas concepções a respeito.

O Japão conseguiu sair do feudalismo para a era industrial imitando a industria ocidental,mas precisa de matérias-primas,porque no seu território não tem nada.

Em vista do monismo marxista o ortodoxo de modo geral confunde o problema econômico com a questão pessoal.

Este tipo de acusação me é feita frequentemente,mas eu é que separo os conceitos,não os meus críticos,como este senhor Mateus Silveira(e Terra é Redonda).

Não importa a maneira como uma determinada classe social se comporta culturalmente em certas épocas,importa o papel que ela exerce na economia.

É certo que no inicio do século passado as classes médias apoiaram o fascismo,mas outras defenderam o estado de direito,que permitiu a liberdade dos comunistas de atuar ainda hoje(dentro de uma kombi).

A realidade é dinâmica:os ortodoxos no fundo,seguindo Hegel,pensam que acompanham o movimento,mas ,na verdade,se paralisam,que é a bestimung (destinação)da dialética hegeliana.Pior do que isto:é o retorno ao passado ou ficar nele ,sempre,achando que está no futuro.

Mesmo no tempo de Marx não há como pensar numa sociedade que prescinde do trabalho da classe média.A crença estúpida de Marx(e de outros)de que a vinda do “ comunismo” acabaria com a necessidade destas atividades já era tola no periodo em que “ formulou” tais bobagens:duas partes do pensamento de Marx( e de Lukacs)são as coisas mais idiotas que eu já pude ler, a questão do trabalho produtivo e a consciência de classe.

Ambas foram desmentidas fragorosamente nos anos de sua vida:as reflexões de Marx sobre a Comuna de Paris não levam em conta aquilo que já era percebido por todos:a Comuna só teria chances razoáveis de sucesso se a França toda como nação estivesse empenhada em participar da Revolução.Não sei como isto escapou à Marx,em “ A guerra civil em frança”.

Não é uma caracteristica inarredável da classe média ser ressentida e ficou claro desde a parte final da vida de Marx que era inevitável o seu crescimento:não tem anda a ver com um propósito malévolo da burguesia “ crescê-la”,como aparato justificador da burguesia.

A ascensão histórica da burguesia não se deu como conspiração e não foi totalmente ilegitima na marcha da liberdade.A conspiração da burguesia se fez presente quando ela foi contestada.

O ortodoxo tem tendências deliroides de transferir anacronicamente para o passado o seu modo de interpretação (desta vez) “ cientifica”.

Aquilo que aconteceu no passado não era claro pelos seus atores e só agora se pode saber a causa,como se o passado não tivesse nada.

É o paroxismo de Voltaire que não via nada na Idade Média.É um preconceito iluminista e cientificista.E sobretudo também uma egocentria infantilóide inacreditável.A história convergiu para mim.

O ressentimento atinge não só a classe média,mas a classe operária,que interagiu em todo o lugar da burguesia(leia Hobsbawn meu caro Mateus Silveira),bem como qualquer pessoa e eu especificamente ,que me senti indiretamente citado,deixei este ressentimento de esquerda quando passei a pensar no meu caminho só.

Todos os comunistas que eu conheci ,com exceções(euzinho incluido)eram e são recalcados,ressentidos,com a burguesia,mas o comunismo não é para ter o que burguesia tem, é para liberar o ser humano das amarras que o prendem.Não é a inveja da burguesia que nos move,mas garantir de vez a liberdade humana.



domingo, 8 de outubro de 2023

Interestelar II

 Continuando o artigo anterior vamos explicar os dois principios básicos que permeiam este filme:o paradoxo de schrodinger e a hipotese de Poincaré,que nós já apresentamos.

Comecemos por esta última.Antes ,no entanto,eu quero fazer uma observação quanto a pessoas que me criticam por escrever artigos que eles não entendem:em primeiro lugar eu não sou demagógico e a busca do conhecimento não é.

O que eu faço aqui,como eu já disse,não é senso comum,é saber sim e neste sentido eu não posso vulgarizar o conhecimento,porque isto o distorceria.

Eu simplifico o mais que posso,se realmente for possível,mas não faciltio a ponto de mutilá-lo,esconder suas bases e o distorcendo.

Quem não tem interesse em certos temas que eu trato aqui é só não ler.A coisa mais importante que a pessoa aprende comigo é ser livre.

Só a liberdade de escolher é que facilita o conhecimento,porque ele passa a ser prazeroso,bom e a favor da pessoa e assim é assimilado melhor.

Dito isto vamos à Poincaré:esta hipótese nos mostra,como o experimento de Galileu nas torres de Pisa (que não foi feito por ele,mas por seu discipulo Vincenzo Viviani)ela não é perfeita,porque não há adequação entre a matemática e a física.

A proposta de Poincaré era provar que esta curvatura do espaço e a sua “tendência” ,a tendência dos pontos do espaço de se encontrarem,era matematicamente viavel.Não fisicamente.

Eu tive um professor de pré-técnico,antes de entrar na universidade,que não era bom pedagogicamente,muito pelo contrário,mas me ensinou uama coisa importantíssima,inclusive filosoficamente,quanto à queda dos corpos:as bolas caem simultâneamente em termos matemáticos,mas não fisicos.

Mas se existe uma diferença fisica,por pequena que seja,na queda dos corpos a matemática teria como “ expressar” a diferença,a descontinuidade,o “ desencaixe” entre uma realidade concreta e outra abstrata.

Então,há uma adequação entre sujeito/objeto,entre linguagem e realidade objetiva,desmentindo o que eu tenho dito aqui.

Contudo um elemento me mantém no foco:o tempo.O tempo e o movimento são noções controversas até ao século XVIII e por causa disto a fisica e a matemática sempre tiveram a tentação da imobilidade e do “ encaixe”.

Mas a verdade é que mesmo no passado o tempo foi inegável e é ele que “ garante” a inadequação real entre sujeito/objeto.

A partir desta premissa nós entendemos o que foi dito acima:a matemática expressa estas diferenças infinitesimais e inventou um cálculo para isto.Mas ela não é senão uma “ perseguidora” da “ fuga cósmica”(Carl Sagan)e aí o abstrato e o concreto ,a matemática e a física de Poincaré provam a tendência a se unirem,na natureza e no pensamento humano,mas não realmente,porque o tempo é inalcançável,defintivamente inalcançável.

Vamos ver estes esquemas:

Os dois pontos tendem a se unir(como no filme).


Se os pontos se unissem o universo seria fechado e o movimento acabaria ou se inscreveria aos seus limites,não tendo resposta o que tem além deste “ fechamento”,que seria um bis idem ,um igual no igual,um moto continuo indiferenciado.

Como não é assim,ainda que estes pontos se tocassem continuariam se movendo no tempo,pelo tempo,pelo movimento que os inere.Admitindo que não existe “ nec plus ultra”.

Assim é mais verdadeiro:


o movimento fisico (apreensivel pela matemática)continua nesta linha (curva[respeitando sempre a curvatura do espaço/tempo]{mas o espaço é curvo e o tempo o quê?})



O vermelho representa a continuidade ,a tendência,a mudança,o tempo,o movimento,a diferença,o novo.





Mas nós podemos imaginar outras linhas,outras possibilidades e assim por diante:


Como eu disse em outros artigos os modelos de universo são variados,mas todos não jogam com a possibilidade de seu fechamento.

No filme,quando o pai encontra a filha não existe fechamento,mas aberturas.Se esta hipotese é real,entrando pelos “ buracos de minhoca”,de Einstein,é possível encurtar as viagens espaciais.
Mas por enquanto é tudo hipotese.Menos a de Poincaré,que foi provada matemáticamente.






quarta-feira, 4 de outubro de 2023

História da Direita




A História da direita começa evidentemente na época da Revolução Francesa,reunindo aqueles que por diversas razões se opuseram a ela.

A definição do que é direita se impõe no inicio deste trabalho pelo motivo óbvio de não nos atrapalharmos em analisar certas correntes de pensamento de modo a evitar injustiças e falsidades históricas.

Acima de tudo num tema que suscita tão acalorados debates ter equidistância ou o máximo de frieza possível é uma exigência a todo pesquisador honesto como eu.

Inclusive porque eu vim da esquerda e continuo lá,de outro modo.Eu já sei que por tratar deste tema um monte de cretinos recorrentes virão me jogar mais pedras,como se fosse ilegitimo alguém contrário à direita tratar dela ,cientifica e historiograficamente.

Eu me lembro sempre de uma besteira que Sartre sempre dizia a alguém que criticava o marxismo: “só se pode criticar o marxismo se você participar dele”,o que é uma estupidez muito grande.

Então eu não posso criticar o nazismo que cometeu crimes e erros porque não fiz parte deste movimento ora essa...

Não tem sentido nenhum.

Contudo o que me impulsiona a analisar a direita é exatamente o fato de diabolizá-la a vida inteira e ver alguns de seus setores terem razão em algumas críticas(não poucas)à esquerda.

Nesta simbiose perversa entre esquerda e direita este tipo de postura de diabolização serve não raro aos propósitos de esconder do seu lado os erros (e crimes)cometidos.

Outras bobagens foram ditas para impedir que a direita tivesse razão muitas vezes,ao denucniar os crimes de Stalin,coisa que depois a própria esquerda reconheceu.

Roland Corbisier dizia que a “ direita não pensava”, “ não podia ,por sua natureza,pensar”,mas isto tudo é justificativa para não reconhecer os descaminhos reais da esquerda no século passado.

É sob esta batuta que escrevo esta história breve da direita.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

História da Ciência




Chegou o momento de fazer a minha projetada história da ciência,segundo alguns outros critérios que eu considero atualizadores deste tema.

Nos tempos atuais fica cada mais claro que a narrativa feita no passado era e é falsa.

As conquistas da ciência são coletivas.É preciso que existam vários criadores e investigadores que analisem e enfrentem os desafios de sua época,para poder se chegar a uma resposta posta pelo tempo.

É verdade que geralmente um ou dois se destacam,demonstrando mais rigor ,mas está provado de que muito do que apresentaram foi antecipado pelo “coletivo”.

Não defendo com isto um “coletivismo” na ciência e no saber,como era a pretensão da ciência na URSS e no socialismo real.

Cada um tem o seu mérito,a sua contribuição.O que discuto é o não reconhecimento de alguns personagens deste coletivo:as benfeitorias de Marconi tiveram a ajuda de outros,que hoje estão esquecidos.

Mesmo em outros ramos do saber,como a filosofia ,isto ocorre:Kant teve antecipações importantes em Thomasius;conceitos de Aristóteles em outros autores anteriores(ele reconhece inclusive).

Para existir um grande poeta,um grande artista,afirmava o nosso Mario de Andrade,há que ter em volta uma pletora de outros muito bons.

Os homens são desiguais.Quando a população cresce uma parte imensa se sente afastada destas realizações.Mas se fosse possível manter a população sempre estável e menor ,cada faixa dela teria como realizar,não havendo distância tão grande entre os setores sociais,como Alceu Amoroso Lima teorizou uma vez na entrevista famosa ao Pasquim,antes de morrer.

De outro lado,um conceito emitido por mim acima,tem importância:as grandes descobertas não são derivadas de uma vontade individual ou coletiva.Elas são o resultado de certas tarefas que cada época “propõe” combinadas com o esforço de pessoas em cumpri-las.


domingo, 1 de outubro de 2023

Interestelar

 


Deus age nas coincidências.Nem bem comecei a fazer a minha série de artigos sobre o cosmos e a perspectiva de irmos para o planeta Marte,comprei uma fita intitulada “interestelar” e achei um filme realmente bom para quem gosta destes assuntos.

O filme põe em prática temas de que eu falo aqui como a relatividade e suas possibilidades aventadas por Einstein e outros grandes cientistas.

O filme gira em torno de duas consequencias desta teoria:o paradoxo dos gêmeos de Schrodinger e a hipótese de Poincaré.Mas podemos acrescentar também uma outra hipótese da relatividade,posta pelo referido cientista alemão:os “ buracos de minhoca”,que ,segundo ele,encurtariam as viagens espaciais ,impossiveis hoje em dia por causa das grandes distâncias e por falta de uma tecnologia avançada.

Cientistas enviam uma tripulação para entrar nestes buracos de minhoca,geralmente próximos de buracos negros,para procurar outras tripulações que não puderam retornar,na busca de planetas habitáveis.

O filme parte do pressuposto de que é iminente a extinção da espécie humana(não “raça”) e que é,pois,urgente achar um planeta habitável.

Exatamente o tema que eu inaugurei no artigo anterior!

Esta tripulação vai atrás de tripulações perdidas e acaba encontrando uma base ,com um sobrevivente.Antes a tripulação encalha num planeta que só tem um mar raso,que os atrasa em 24 anos,porque eles estão próximos da velocidade da luz.

Retornando , encontra um planeta gelado ,com um sobrevivente em criogenia,acordado por eles(Matt Damon).

Há uma serie de aventuras mas o fulcro do filme é a relação do piloto com sua filha que não aceita a ida de seu pai para um destino do qual ele não sabe se vai voltar.

Nestas aventuras e quiproquós entra a hipótese de Poicaré,que foi resolvida há alguns anos por um fisico e matemático russo(cujo nome não me lembro).

Uma instituição ofereceu durante todo século XX 1 milhão de dólares para quem a solucionasse em termos matemáticos(não fisicos) e este russo solucionou em 2012,mas não recebeu o prêmio e mora até hoje num apartamentinho em Moscou infestado de baratas,com a mãe.

Continuarei a análise deste filme depois.