Consegui voltar aos meus estudos de ciência para tratar de um assunto que faltou no meu livro sobre “O erro de Newton”:como é relativa a contribuição dos homens,por mais geniais que sejam.
Num artigo que escrevi há muitos anos falava que a genialidade existe,mas que depende muito da oportunidade,do local e da hora em que o gênio está.
Galileu é um dos grandes gênios da humanidade,mas dependia ,como qualquer um,destas circunstâncias aí.
As transformações galileanas foram tidas durante séculos como as que explicavam a relatividade.Num meio supostamente imóvel ,as coordenadas do movimento eram as mesmas e era possível então encontrar leis matemáticas universais.
Com o tempo e as descobertas científicas posteriores este “ universo” mudou,porque se movimentou igualmente aos objetos que estavam e estão neles.
Em seu livro sobre a Relatividade Bertrand Russel diz o seguinte ,como exemplo: “ imaginemos que você pegue um táxi na estação de charing cross e peça ao motorista que o leve até Oxford .O motorista lhe pede uma referência e você o faz.Mas esta referência,supomos uma rua especifica,não está parada ,mas se movimenta e está em outro lugar que não aquele que você disse ao motorista.Bem como Oxford,que não está no lugar em que estava quando você pegou o táxi e você mesmo não está mais onde estava quando,pela primeira vez,pediu que o taxista que o levasse.”
Tudo se movimenta e portanto a explicação matemática da relação entre os corpos e movimento dada por Galileu e por Newton não serve mais,sendo apenas aproximativa.
Quando dois corpos são jogados da torre de Pisa não caem nunca ao mesmo tempo,no mesmo lugar,pois isto é aparente.No mesmo lugar porque não existe separação entre lugar e tempo.
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