Série:filmes que assisti
Uma vez alguém
me disse(talvez um professor)que
mesmo as coisas
tidas como desimportantes devem ser
apreciadas,porque mesmo estas
coisas podem nos educar.A
educação é tão
importante que os
erros e derrotas nos ajudam a
crescer.
É o
princípio que fez um
Clausewitz escrever a “Arte
da Guerra” e ensinar
gerações.
Do mecanismo
da derrota,do fracasso,da
sua análise ,é
possível tirar lições e aprendizado.
Não é que Hellboy seja
uma derrota,mas é um
filme comum,trivial,que,no entanto,nos
oferece possibilidades de
reflexões sobre o significado da
beleza.
A própria
sinopse do filme mostra
a sua trivialidade:nascido
no inferno Hellboy é
resgatado pelas
tropas aliadas de um
ritual patrocinado pelos nazistas.
60 anos
depois Helboy se
torna um defensor da
humanidade e o único
capaz de livrá-la
do apocalipse.
Mas o
filme apresenta outras
figuras bizarras que
não se satisfazem com sua auto-imagem,porque são produtos
de perversão e clonagens irresponsáveis.
O personagem
titulo é ,a
rigor,um monstro,agressivo,pela conformação
física,mas nos empatiza pelas atitudes,pelo
discernimento e pelo carinho e
escrúpulo em não atingir
os outros(até gatinhos...),provando que a
beleza(e o amor)não
são itens de
idealização(como queria Platão)mas
da ação ,da
axiologia.
Ele nos
empatiza,nos simpatiza e nos
faz amá-lo,por fim,na
medida em que,inclusive,no final,se
sacrifica,se anula,dir-se-ia,à maneira
dos estóicos.
Ele só
não é estóico
porque morre no
final,mas só o
faz porque anula
a si mesmo,virtude
dos bons.
A beleza,bem
como a idealização,sem valores
e atitudes,decai de múltiplas
formas.
O amor
não é um
idealização,mas uma dynamis.Por
mais que se queira
um ponto final
de equilíbrio o processo,o movimento é chance
e o fim,a possibilidade e a
impossibilidade,o ganho e a
perda.
O movimento
dá sentido,mas cria insegurança.Somente as atitudes oferecem um mínimo de esperança
quanto à segurança.
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