segunda-feira, 8 de junho de 2015

Hellboy



Série:filmes  que  assisti




Uma  vez alguém  me  disse(talvez um  professor)que  mesmo  as  coisas  tidas como desimportantes  devem  ser  apreciadas,porque mesmo estas  coisas  podem nos  educar.A  educação  é  tão  importante  que  os  erros  e derrotas nos  ajudam a  crescer.
É  o  princípio  que  fez um  Clausewitz  escrever  a “Arte  da  Guerra” e  ensinar  gerações.
Do  mecanismo  da  derrota,do  fracasso,da  sua  análise    possível  tirar lições  e aprendizado.
Não é  que  Hellboy  seja  uma derrota,mas  é  um  filme  comum,trivial,que,no  entanto,nos 
oferece  possibilidades  de  reflexões  sobre  o  significado  da  beleza.
A própria sinopse do  filme  mostra  a  sua trivialidade:nascido no  inferno  Hellboy é
resgatado  pelas  tropas  aliadas de  um  ritual  patrocinado pelos  nazistas.
60  anos  depois  Helboy  se  torna  um defensor  da  humanidade  e  o único  capaz  de  livrá-la  do  apocalipse.
Mas  o  filme  apresenta  outras  figuras  bizarras  que  não  se  satisfazem com sua  auto-imagem,porque  são produtos  de  perversão  e  clonagens  irresponsáveis.
O  personagem  titulo  é  ,a  rigor,um  monstro,agressivo,pela  conformação  física,mas  nos  empatiza pelas  atitudes,pelo  discernimento e  pelo carinho e escrúpulo em  não  atingir  os  outros(até  gatinhos...),provando que  a  beleza(e  o  amor)não  são  itens  de  idealização(como  queria  Platão)mas  da  ação  ,da  axiologia.
Ele  nos  empatiza,nos  simpatiza  e nos  faz  amá-lo,por  fim,na  medida  em  que,inclusive,no  final,se  sacrifica,se  anula,dir-se-ia,à  maneira  dos  estóicos.
Ele    não  é  estóico  porque  morre  no  final,mas    o  faz  porque  anula  a  si  mesmo,virtude  dos bons.
A  beleza,bem  como  a  idealização,sem  valores  e   atitudes,decai de  múltiplas  formas.
O  amor  não  é  um  idealização,mas  uma  dynamis.Por  mais  que  se queira  um  ponto  final  de  equilíbrio   o  processo,o movimento é    chance  e o  fim,a  possibilidade e  a  impossibilidade,o  ganho e  a  perda.
O  movimento  dá sentido,mas  cria  insegurança.Somente as  atitudes oferecem um  mínimo  de esperança  quanto  à  segurança.

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