sábado, 5 de novembro de 2016

Os três judeus



Einstein


Uma nova série eu inicio falando sobre os judeus que influenciaram a minha vida:Marx,Freud e Einstein.
Hoje eu vou falar sobre este último e sobre alguns documentários que puseram a sua  figura num lugar mais humano e não divino,como era antes.
Einstei nasceu e cresceu numa época de anti-semitismo em ascensão na Alemanha(que viria a dar no que deu...)e as suas reações de rebeldia em relação à escola derivam do sentimento de preconceito com o qual  teve que conviver a vida toda.O cabelo desgrenhado,a postura debochada,não usar meias,enfim,uma pletora de atitudes para dizer às pessoas que o mais importante não é a  aparência.
Contudo ao longo de sua vida vitoriosa ele adquiriu uma certa dependência desta fama.O fato de ser assim e ter conseguido,legitimamente,o que conseguiu lhe causava uma extrema satisfação.É um fenômeno parecido com a trajetória pessoal de Chaplin,que  de menino de rua se tornou o maior cômico da história.
Quando,aos 40 anos ,depois do Nobel,a sua vida criativa se acabou e o isolamento no mundo científico apareceu ,ele encontrou nesta notoriedade um impulso para continuar desfrutando da fama.
Refiro-me à teoria do “ campo unificado” que ainda hoje,pela teoria das cordas,puxa a atenção de muitos cientistas.
No caso da proposta inicial,ainda havia a presença da figura do Deus panteísta em que Einstein acreditava mas eu não me referirei  a esta idéia.
Vou me referir à impossibilidade de se “ fechar” o universo.Quero dizer,que pela intelecção é possível descartar esta teoria.
Se estas forças fossem capazes de interagir umas com as outras o universo seria fechado e compreensível defintivamente,mas o que haveria além delas?Porque pensar que estabelecendo um limite definitivo não haveria um plus ultra?
Relembrando Espinoza,mentor filosófico de Einstein ,enquanto panteísta,a causa incausada(o Deus panteísta)não resolve o problema do Ser,do Ser de Deus.Aliás este termo em Espinoza é muito complicado,porque se Deus está em todas as coisas e todas elas têm causa e se Deus não se distingue delas(como Ser)Deus é(seria)uma coisa e teria uma causa.
Sabemos que Espinoza distingue com este termo a  matéria,que tem os seus modos de Ser e a causa destes modos,que estaria não na matéria,mas fora dela(Deus),assunto que eu não vou tratar e que  acho muito passadiço ,porque se trata da prova da existência de Deus,de um Deus que cria a  matéria mas não se identifica com ela,está fora dela.
Para mim isto é um absurdo,Um Ser que cria a matéria sem ser ele mesmo matéria.
O mesmo acontece com a teoria de Einstein.Não há porque pensar que a unificação das forças é possível,porque assim o universo,fechado em si mesmo, poria de novo este problema acima:Nec plus ultra?
Parece-me que Einstein cometeu um erro anti-ético de querer se manter na mídia ,forçando a energia dos físicos,numa direção quimérica,ou seja,sem solução.
Ele teria dito que a equação E=mc2 seria eterna,mas nós vemos que esta equação foi construída historicamente(vejam o meu artigo sobre as ondas gravitacionais)e não se há de crer(o termo  é este...)que não se modifique.Eternidade é um conceito que nem a religião consegue esgotar.

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