Einstein
Uma nova série
eu inicio falando sobre os judeus que influenciaram a minha vida:Marx,Freud e
Einstein.
Hoje eu vou
falar sobre este último e sobre alguns documentários que puseram a sua figura num lugar mais humano e não divino,como
era antes.
Einstei nasceu e
cresceu numa época de anti-semitismo em ascensão na Alemanha(que viria a dar no
que deu...)e as suas reações de rebeldia em relação à escola derivam do
sentimento de preconceito com o qual teve que conviver a vida toda.O cabelo
desgrenhado,a postura debochada,não usar meias,enfim,uma pletora de atitudes
para dizer às pessoas que o mais importante não é a aparência.
Contudo ao longo
de sua vida vitoriosa ele adquiriu uma certa dependência desta fama.O fato de
ser assim e ter conseguido,legitimamente,o que conseguiu lhe causava uma
extrema satisfação.É um fenômeno parecido com a trajetória pessoal de
Chaplin,que de menino de rua se tornou o
maior cômico da história.
Quando,aos 40
anos ,depois do Nobel,a sua vida criativa se acabou e o isolamento no mundo
científico apareceu ,ele encontrou nesta notoriedade um impulso para continuar
desfrutando da fama.
Refiro-me à
teoria do “ campo unificado” que ainda hoje,pela teoria das cordas,puxa a
atenção de muitos cientistas.
No caso da proposta
inicial,ainda havia a presença da figura do Deus panteísta em que Einstein
acreditava mas eu não me referirei a
esta idéia.
Vou me referir à
impossibilidade de se “ fechar” o universo.Quero dizer,que pela intelecção é
possível descartar esta teoria.
Se estas forças
fossem capazes de interagir umas com as outras o universo seria fechado e
compreensível defintivamente,mas o que haveria além delas?Porque pensar que
estabelecendo um limite definitivo não haveria um plus ultra?
Relembrando
Espinoza,mentor filosófico de Einstein ,enquanto panteísta,a causa incausada(o
Deus panteísta)não resolve o problema do Ser,do Ser de Deus.Aliás este termo em
Espinoza é muito complicado,porque se Deus está em todas as coisas e todas elas
têm causa e se Deus não se distingue delas(como Ser)Deus é(seria)uma coisa e
teria uma causa.
Sabemos que
Espinoza distingue com este termo a
matéria,que tem os seus modos de Ser e a causa destes modos,que estaria
não na matéria,mas fora dela(Deus),assunto que eu não vou tratar e que acho muito passadiço ,porque se trata da
prova da existência de Deus,de um Deus que cria a matéria mas não se identifica com ela,está
fora dela.
Para mim isto é
um absurdo,Um Ser que cria a matéria sem ser ele mesmo matéria.
O mesmo acontece
com a teoria de Einstein.Não há porque pensar que a unificação das forças é
possível,porque assim o universo,fechado em si mesmo, poria de novo este
problema acima:Nec plus ultra?
Parece-me que
Einstein cometeu um erro anti-ético de querer se manter na mídia ,forçando a
energia dos físicos,numa direção quimérica,ou seja,sem solução.
Ele teria dito
que a equação E=mc2 seria eterna,mas nós vemos que esta equação foi construída
historicamente(vejam o meu artigo sobre as ondas gravitacionais)e não se há de
crer(o termo é este...)que não se
modifique.Eternidade é um conceito que nem a religião consegue esgotar.
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