sábado, 11 de janeiro de 2020

Eu sou que nem Lutero

Conforme tenho dito aqui escrevo estes artigos,mesmo sem ter mestrado e doutorado,porque tive uma experiência muito ruim no contato com estas instituições.Não vou relatar nada deste contato,por enquanto,porque não é meu assunto.
O assunto é que ninguém tem o direito de excluir uma pessoa de uma instituição e de uma profissão,sem critérios bem fundamentados e rigorosos.
Na medida em que não vi nestas instituições lisura no processo de avaliação dos pretendentes ao mestrado e ao doutorado e à profissão,tomei a mesma atitude que Lutero diante da igreja católica:carcomida por corrupção,a Igreja não tem autoridade para interceder pelo homem diante de Deus,sendo esta intercessão somente pela fé e pelo coração do homem.
Similarmente não acho que alguém possa impedir o caminho em direção à verdade e ao conhecimento.Não há critérios igualitários e justos que fundamentem uma autoridade capaz de dizer:” este pode,este não”,como se fosse um doutor Mengele,legitimo.
Assim sendo não vejo porque a falta de um canudo,eu não possa ,pelo estudo,pelo esforço,chegar ao conhecimento.
Mas eu escrevi este artigo para explicar uma coisa:o fato de eu falar em Lutero não quer dizer que siga a figura deste personagem histórico,acriticamente.Estou me referindo ao que ela representa e ao que ela cristalizou.Só isto.
Os politicos e figuras históricas são viabilizadores de ideias coletivas,trans-históricas,inter-geracionais.Algumas ideias podem ser elaboradas por eles,mas não há caso de que tudo venha deles.
A junção da classe média com a classe operária,através do psd e ptb,realizada por Getúlio Vargas,é,para mim,o ponto de partida das mudanças sociais em qualquer país,mas isto não quer dizer que eu seja getulista porque esta ideia vem do socialismo,da social-democracia,reconhecendo o surgimento,no final do século XIX e inicio do XX,da classe média,como classe “ produtiva”.
Porque Mussolini instituiu as 8 horas de trabalho,há que ser fascista?Ele tomou esta decisão em função da pressão e da luta dos trabalhadores.
É preciso entender os meus artigos dentro de uma metodologia histórica,dentro de um critério científico.
Eu não gosto senão de poucas figuras históricas:Jango;Gandhi;São Francisco de Assis.Pouquíssimas e não escondo uma antipatia com Lutero ,que autorizou violências contra os camponeses e contra os judeus,sendo mesmo um precursor dos nazistas(reconhecido e utilizado por eles).
Eu,como tinha intentado,não vou esconder este lado destas figuras.Em próximos artigos tratarei deste lado “ escuro” destes personagens.

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