sábado, 30 de dezembro de 2023

Em torno a Freud I

 

Os meus textos sobre um dos cinco judeus de minha vida retornam tratando de todo o Freud,sua obra completa.Mas eu parara nos estudos sobre o importantíssimo texto “Para além do Principio do Prazer”.

Até as minhas análises sobre o materialismo e o imanentismo não havia ainda entendido este titulo,mas então um insight mo revelou:o prazer é o limite material da existência.Além dele é a razão,a alma ,algo que não se reduz à matéria ,mas que não prescinde dela para existir ,num paradoxo que identifiquei no livro sobre os dois temas supraditos.

É neste texto de Freud que a s coisas ficaram claras para mim.O limite do ser humano é este desejo orientado para uma determinada finalidade(libido),mas nec plus ultra ?

O homem tem como controlar o desejo,mas não tem como apartar-se dele.No entanto,ao longo do tempo,de Buda até Freud,passando por Cristo,persiste o sonho de não ser “ tocado”,porque o desejo é base de toda a frustração e dor da humanidade,por ser também impossível de realizar integralmente.

Em Freud a orientação da libido se dá no nascimento da consciência, que por sua vez, já é ,no seu  momento inicial,uma limitação ao desejo,quando de fora para dentro se ouve um (primeiro) “não!!” .

A busca do desejo é o prazer e aqui já há uma distinção entre estes dois termos.O desejo sem orientação é o quê?Prazer puro?Ou oscila entre o nada e a sua distorção?

O certo é que o prazer pelo prazer é o vicio que domina o desejo e o ilude permanentemente.

Este “ permanentemente”,a continuidade do desejo,do prazer,Freud usa para mostrar a possibilidade de apartação  entre a consciência e o desejo,entre o desejo e o prazer,pondo o problema de se a “ alma” existe.

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