Os
meus textos sobre um dos cinco judeus de minha vida retornam tratando de todo o
Freud,sua obra completa.Mas eu parara nos estudos sobre o importantíssimo texto
“Para além do Principio do Prazer”.
Até
as minhas análises sobre o materialismo e o imanentismo não havia ainda
entendido este titulo,mas então um insight mo revelou:o prazer é o limite
material da existência.Além dele é a razão,a alma ,algo que não se reduz à
matéria ,mas que não prescinde dela para existir ,num paradoxo que identifiquei
no livro sobre os dois temas supraditos.
É
neste texto de Freud que a s coisas ficaram claras para mim.O limite do ser
humano é este desejo orientado para uma determinada finalidade(libido),mas nec
plus ultra ?
O
homem tem como controlar o desejo,mas não tem como apartar-se dele.No
entanto,ao longo do tempo,de Buda até Freud,passando por Cristo,persiste o
sonho de não ser “ tocado”,porque o desejo é base de toda a frustração e dor da
humanidade,por ser também impossível de realizar integralmente.
Em
Freud a orientação da libido se dá no nascimento da consciência, que por sua
vez, já é ,no seu momento inicial,uma
limitação ao desejo,quando de fora para dentro se ouve um (primeiro) “não!!” .
A
busca do desejo é o prazer e aqui já há uma distinção entre estes dois termos.O
desejo sem orientação é o quê?Prazer puro?Ou oscila entre o nada e a sua
distorção?
O
certo é que o prazer pelo prazer é o vicio que domina o desejo e o ilude
permanentemente.
Este
“ permanentemente”,a continuidade do desejo,do prazer,Freud usa para mostrar a
possibilidade de apartação entre a
consciência e o desejo,entre o desejo e o prazer,pondo o problema de se a “
alma” existe.
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