sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O fim da dialética VI

 

Nós já vimos os argumentos para diluir a dialética hegeliana:o papel do acaso,Aristóteles,mas agora vamos ver a contribuição mais famosa contra ela:a de Popper.

Popper usa a empiria e a inferência indutiva para fazer este “ trabalho”.Dentro de um processo lógico, uma premissa se define pelo seu contrário.Sócrates é homem porque existe o não-homem.Isso o definiria segundo Hegel.

Mas Popper mostra que tal é impossível.De uma premissa se pode inferir muitas coisas,muitas possibilidades,mas um traço distintivo as limita.

Se nós compararmos com um jogo de dados,ao jogá-los as probabilidades de que uma continuidade se dê são tantas quanto os números no dado.

O mesmo acontece com as premissas:Sócrates é homem.De modo geral se Sócrates é homem ele pode ser mortal ou imortal,não as duas coisas ao mesmo tempo,até porque se opõem estas consequencias.

Até ai tudo bem.O problema é quando se introduz a negação e possibilidade de um terceiro elemento quebrando a logica desta  primeira regra de inferência:

Se  p/p v q se Sócrates ou é homem ou é imortal.Mas se se diz não-p, “não-sócrates”,a coisa muda de figura na medida em que Sócrates é mortal ou imortal,mas pode ser outra coisa segundo a dialética.

Pvq/q´,que seria este ultimo um terceiro incluído.O terceiro dialético.

É como ele desmonta esta concepção?Só é possível dizer que  o terceiro incluído é verdadeiro,se a premissa não-p, “não-sócrates” for falsa.Se não-p é verdadeira,se não é não-Sócrates,o terceiro incluído é falso.

Eu posso dizer “o sol está brilhando,logo césar não é um traidor”.Se eu digo “o sol não está brilhando é porque césar é um traidor”.É um processo lógico,que a dialética não tem como subverter.

“eu sou homem porque não sou mulher”.Eu me defino pelo meu contrário,mas na verdade sou homem porque não sou mulher.Se não sou homem não sou mulher também.

Uma coisa não é ela e outra ao mesmo tempo e esta ,a contradição não é o movimento do mundo.

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