Já inumeras vezes falei sobre a minha relação com a filosofia.Mas retorno a ela e aos meus altos estudos,a partir de hoje.É que sou acusado às vezes de ser um generalista em matéria de filosofia:uso a história da filosofia,pegando este ou aquele autor a esmo?Não,de modo algum.
É porque a minha visão de todo saber é mediatizado necessariamente pelo tempo histórico:eu não analiso nenhum pensador ou filósofo anacronicamente,isto é,como algo meta-temporal ou histórico,fechado em si mesmo.Ao contrário ,dentro de sua datação e dos seus condicionamentos históricos.
É minha filiação kantiana que me leva a este raciocinio:a partir de Kant é que se analisa o passado dentro de uma perpsectiva de movimento temporal.
Muito se fala que a questão do movimento é só a partir de Hegel,mas ele cristaliza um movimento que vem desde Kant,desde o iluminismo alemão.
Na medida em que o conhecer é o modo de conhecer,os modos que se sucedem só se sucedem no tempo.No tempo em geral e no tempo qualificado,histórico.
A compreensão do movimento podia e pode se consolidar aqui,para ser desenvolvida posteriormente.
Então a análise de cada pensamento adquire sistematicidade enquanto relacionados com este desenvolvimento histórico-temporal,em cada movimento histórico-temporal.
Não é catar milho na história do pensamento,mas a sua conexão com o desenvolvimento da humanidade.
Porque a partir daí o leitor tem como entender a contribuição de cada filósofo e pensador.
E mais do que isto uma série de problemas próprios destes condicionamento aparecem para apreciação.
Até onde vai a História?A História da filosofia?Qual a relação entre a história em geral e a filosofia e assim por diante.
É assim que vejo a filosofia.