No capitulo XI da autobiografia de Sto Agostinho nós vemos um dos momentos altos da filosofia ocidental:o tempo.
E logo na abertura ele expõe aquilo que seria no futuro a doutrina da predestinação de Calvino: Deus decide desde sempre ,de forma perfeitissima e sua vontade não pode ser modificada pela do homem.
Este é um dos motes fundamentais do futuro protestantismo:a volta a Santo Agostinho,deixando para trás a figura de São Tomás de Aquino,que colocara a igreja católica como intercessora única entre homem e Deus.
Em Sto Agostinho esta relação se dá pelo coração humano e o coração de Deus,mas é lógico que somente Deus tem a certeza da fé humana.E mediada pelo tempo.
Trata-se de trabalhar e viver a vida na esperança de que Deus dê ao homem a sua graça.
Mas acima de tudo este artigo visa a mostrar como uma (re-)volta ao passado tem como impulsionar o futuro através de modificações no presente.
E também inaugura uma trilha de pesquisa que sempre me interessou:os filósofos religiosos e aqueles que perpasssam uma época de poucas descobertas cientificas válidas.
No passado e no rastro do cientificismo eu acreditva que havia uma relação necessária entre a ciência e a filosofia e em grande parte esta relação se dá na história não poucas vezes,mas quando há uma ausência de trabalhos científicos o que faz a filosofia?
Discute a linguagem,discute Deus como um simbolo(embora não o seja para os teólogos),discute a história,as narrativas biblicas,tirando-lhes significados psicológicos e axiológicos.
De modo que esta dicotomia ciência/filosofia não é obrigatória e por isto podemos utilizar os filósofos teológicos como uma outra via,digamos,de compreensão da filosofia diante do homem e da vida.