Petição de princípio no caso de Freud
Mas antes de
retomar o processo de discussão é preciso
me colocar da maneira certa diante do leitor que lê os meus textos sobre
este autor.Eu não sou um psicanalista ,embora tivesse tido,no passado,uma
proposta para sê-lo,na condição de leigo.Nestes trabalhos e artigos sobre Freud
eu o analiso dentro de uma perspectiva epistemológica e ética.
As questões
relativas à clinica têm importância na medida em que ajudam estas duas
mediações de minha escolha como pesquisador em filosofia.
O próximo texto
que eu quero analisar é o “ Psicopatologia da vida Cotidiana”,mas eu não quero
analisar os aspectos clínicos propriamente ditos,mas sim as repercussões que
estas contribuições tiveram e continuam a
ter no surgimento da mediação “ cotidiano”,o cotidiano que passou a se
relacionar com tudo e principalmente a História.
Posso estar
enganado ,mas foi Freud quem criou estas condições e indiretamente acabou um
pouco(um pouco)com o caráter heróico da história,desnudando as falácias
escondidas por detrás dos mitos históricos,muito embora este conhecimento tenha
possibilitado criar outros(Hitler).
Se o mito
histórico não está separado da vida comum dos homens isto (dialéticamente)permite
que novas relações(carismáticas[dir-se-iam])de manipulação, apareçam,como
compensação à “psicopatologia” da vida cotidiana.
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