sábado, 16 de novembro de 2019

Freud e o pai III

Mas algumas outras questões me chamaram a atenção no passado:a questão do igualitarismo é a questão do comunismo,do que é uma comunidade de pessoas iguais.O que é esta igualdade.
Certamente numa família a busca dos liames de solidariedade é muito mais importante do que o individualismo.Não se trata de uma concepção católica oposta à outras,como a judaica.È uma questão,não raro,de sobrevivência.
É da natureza dos homens em suas famílias,premidos por circunstâncias objetivas,inclusive,valorizar mais o coletivo do que o individual,mas ,como vimos,isto redunda também em degenerações.
Aristóteles explica que a degeneração se dá pelo excesso ou pela falta,pela perda do equilibrio.O governo da aristocracia se equilibra pelo reconhecimento das melhores qualidades e virtudes dos governantes:degenera quando se torna oligarquia,quando estas virtudes se tornam interesse de grupo .
Mas no caso do comportamento ético e moral,da psicologia,embora seguindo esta base ,este critério,impõem-se muitas diferenças:nem o excesso de coletivo ,nem o excesso de individualismo,parece ser o equilibrio devido.
A passagem de uma coisa a outra é a verdade,ainda que o real,o básico hierarquicamente considerado,seja o individuo(ponto para os liberais).
Saber compreender e manipular(no bom sentido)esta passagem parece ser o segredo do pai de Freud e de toda a família que queira valorizar a (real)desigualdade entre os homens.
A narrativa das ações humanas,num determinado grupo,são a mediação de controle e orientação do responsável por este grupo.
Não se trata de moralizar as ações dos integrantes do grupo,mas de identificar as suas possibilidades contidas nestas ações,mesmo e ,talvez mais decisivamente,das crianças e adolescentes.É valorizar o ético e não o moral/moralista.
Nesta fase as explicações conflitam com os desejos,mas o solidarismo com o dia a dia,transforma estes desejos em realidade.Vou aprofundar no próximo artigo.

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