sexta-feira, 30 de setembro de 2022

o mundo é plural,não monistico,binário,triádico ou quaternário

 

Ao longo da história o problema de se conhecer foi importantíssmo,mas neste caso ele se liga ao problema de  até onde vai o conhecimento.Isto é,se como tudo o que existe é ou não infinito?

Este problema é decisivo no seguinte sentido:a finitude tem  a vantagem de facilitar as coisas para os donos do poder.Porque se nada muda indefinidamente(e infinitamente,lógico),aquilo que é estabelecido não é questionado(ou questionável).

Desde que esta questão é posta,sabemos que as rupturas,os questionamentos foram sempre recorrentes e é por isto que a história anda(e a vida).

Porque então,desde este inicio não ficou claro que a infintude era o mais provável?Porque esta indagação não é só soluvel no plano da linguagem,como estamos fazendo e sempre foi feito:a relação com o mundo põe dúvidas permanentes ao infinito(e ao finito[fim e recomeço]),ajudando o finito a prosperar.

Assim a tentativa de organizar o mundo a fim de compreendê-lo(definitivamente ou não)sempre oscilou entre a admissão da infinitude impossivel de alcançar ou a finitude ,pela qual se conhece o mundo e se explica o infinito(como em Hegel).Mas a questão aqui é provar que diante desta oscilação, o melhor,como gnose provisória,é pensar o mundo como infinito,porque assim evitamos certos erros cometidos pela humanidade,que tiveram consequencias graves para esta compreensão.

No plano do conhecimento,que nos interessa aqui,houve recorrentes afirmações do finito que causaram erros e ilusões terríveis para a humanidade,muito embora tenha que se reconhecer as limitações dos criadores e investigadores que os cometeram.Limitações de época inclusive.

Comecemos por Prolomeu,com a teoria geocêntrica:ele não é culpado do que a igreja fez  com o seu pensamento,mas a sua visão limitada favorece o dogma.

A concepção de que existe só uma unica causa para tudo o que existe ,que permeou(e permeia)toda a história (com exceções e fraturas)falseou o mundo real de maneira dramática,provocando erros inclusive politicos,porque movimentos usaram este principio  para oprimir.Na medida em que o conhecimento da causa de tudo supõe-se ajudar a sociedade,a sua negação constitui ataque ao bem-estar e ao progresso que o assegura.Exemplo é que muita gente na URSS foi torturada e morta por tentar pensar em outra coisa  que não aquela proveniente da “concepção monista da história”...

As tentativas de compreender o movimento (infinito)das coisas criou o principio dialético triádico,mas este igualmente se diluiu nas  discussões sobre se a sua realidade,como discurso,é a  do mundo.Como se o movimento se resumisse num principio só,da mesma forma que é dificil de entender um Deus monoteista dividido em pai ,filho e espirito santo.

Na verdade o principio triádico não esconde a sua filiação ao monistico,assim como o deus em três partes só se entende por alguma mediação unificadora que não se sabe qual é.Mas nós entendemos porque  a tríade não é senão uma coisa só:cada uma das partes da tríade não vale senão dentro da mediação do movimento(e do tempo).

No caso de uma concepção binária,ela nasce mais da matemática,mas também ela padece do problema de se reduzir afinal a um principio único abstrato que dá sentido ao mundo,para a subjetividade,para  a racionalidade.Assim se dá com o quaternário etc.

Estes conceitos definidores são abstrações porque o mundo,no minimo contato com a razão que ele tem,in limine,ab initio, só há de ser apreendido na sua complexidade,que se não é prova de sua infinitude está perto.

 

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