A
leitura recente e atual de “ Also Sprach Zaratustra”me fez diluir todos os preconceitos
que tivera sempre em relação a ele,transferidos pelas leituras dos
marxistas,especialmente,claro,Luckacs,em “A Destruição da Razão”.
Claro
também que a postura crítica não acaba e eu não me tornei um seguidor cego
deste autor,uma vez que nunca fui ou serei sicário de ninguém.
Contudo
ao me colocar diante da obra-prima de Nietszche ,de alguns de seus capítulos e
conselhos de Zaratustra ,identifiquei as suas idéias com algumas que me têm
batido na mente obsessivamente há vários anos e relacionadas curiosamente com a concepção de comunismo.
Uma
coisa de cada vez:lendo os livros anteriores a esta obra máxima e com o impacto
dela percebo que a obra de Nietszche tem uma unidade,que se cristaliza neste
momento aí e que vai se fazendo aos poucos.
Isto
guarda um significado pedagógico-expositivo muito importante:para mim,então,ler
só Nietszche antes de Zaratustra ,é ruim,falseador,porque estes momentos preparatórios
são desconstrutivos e não construtivos.
O
principal da minha crítica sempre(não sei dos marxistas[acho que não])é que ele
é um crítico sagaz do moralismo e eu mantenho tal apreciação.
Contudo,sempre
inquinei o programa de Nietszche como irrealizável e um tanto quanto
individualista e egoísta.Ainda acho que este perigo perpassa-o.
Mas
compreendendo as “ propostas”,digamos assim,do profeta,mudei de ideia quanto ao
programa .
No
fundo Nietszche,na sua ambiência de época, seguiu o desejo do homem de libertar
o individuo do outro.
No
próximo artigo eu explico melhor.
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