sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Dou a minha mão à palmatória no caso de Nietszche

 


A leitura recente e atual de “ Also Sprach Zaratustra”me fez diluir todos os preconceitos que tivera sempre em relação a ele,transferidos pelas leituras dos marxistas,especialmente,claro,Luckacs,em “A Destruição da Razão”.

Claro também que a postura crítica não acaba e eu não me tornei um seguidor cego deste autor,uma vez que nunca fui ou serei sicário de ninguém.

Contudo ao me colocar diante da obra-prima de Nietszche ,de alguns de seus capítulos e conselhos de Zaratustra ,identifiquei as suas idéias com algumas que me têm batido na mente obsessivamente há vários anos e relacionadas curiosamente  com a concepção de comunismo.

Uma coisa de cada vez:lendo os livros anteriores a esta obra máxima e com o impacto dela percebo que a obra de Nietszche tem uma unidade,que se cristaliza neste momento aí e que vai se fazendo aos poucos.

Isto guarda um significado pedagógico-expositivo muito importante:para mim,então,ler só Nietszche antes de Zaratustra ,é ruim,falseador,porque estes momentos preparatórios são desconstrutivos e não construtivos.

O principal da minha crítica sempre(não sei dos marxistas[acho que não])é que ele é um crítico sagaz do moralismo e eu mantenho tal apreciação.

Contudo,sempre inquinei o programa de Nietszche como irrealizável e um tanto quanto individualista e egoísta.Ainda acho que este perigo perpassa-o.

Mas compreendendo as “ propostas”,digamos assim,do profeta,mudei de ideia quanto ao programa .

No fundo Nietszche,na sua ambiência de época, seguiu o desejo do homem de libertar o individuo do outro.

No próximo artigo eu explico melhor.

 

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