Em quê eles se interligam?Naquilo que o teatrólogo Jorge Andrade disse uma vez: “ no dia em que o homem for libertado do homem então será livre e estará na utopia”.
Nietzsche também possui uma utopia.É que o homem saia,como um todo,do rebanho.Marx,a meu ver,cria as condições e defende algo semelhante: “individuos concretos livres”.
Não é possível romper com a experiência coletiva humana.Não é um ato de vontade que rompe com estes poderes manipulatórios e que mantêem o rebanho,como um pastor.
A vontade participa ,mas ela é só um dos elementos constitutivos do processo revolucionário(num sentido amplo esta palavra)de mudança e tal complexidade impõe uma luta coletiva e individual.
Alguns,talvez por sorte até,saem do rebanho,mas o mais importante é que todos,ressalvando a escolha,se evadam deste coletivo perverso.
Digo escolha porque,como pontificou Etienne de la Boetie,há pessoas que apreciam a subservência ,apreciam este todo,estas dominações todas.
E mentalmente,em muitos lugares,atacar a perspectiva individual é tido como o supra-sumo da “ bondade humana” que reune lobos e cordeiros.
Todos sonham com uma liberdade ,medida por um tempo livre,à disposição de todos,que,assim,se dedicariam a si mesmos e aos outros,num mesmo patamar de verdade,bondade e honestidade.
Hoje,pensar em si mesmo é maldade.É desrespeitar os outros,mas no tempo é um falso problema e na verdade a bondade humana não é absoluta e considerar o mal em torno de você como possibilidade de apresentação,é uma necessidade para evitar surpresas desagradáveis.
Em Marx,como repito sempre,há um ideal(herança de Hegel?),mas este espera se aproximar do real ,que é onde o movimento deve começar e terminar. Ou o contrário,melhor dito.
Nós vemos que Franz Mehring ,o primeiro marxista a ver este traço de união,tinha uma certa razão.
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