dos direitos humanos
O Marquês de Sade foi um dos primeiros a identificar essa impessoalidade institucional em que nós vivemos. Ele tem uma visão negativa da República contrariamente a minha visão mas expressa com clareza o fato de que a República desencarnou as pessoas de sentimento de verdade para torná-las entidades iguais.Isso pra mim é positivo,mas parcial porque evidentemente os homens não se reduzem a República e à cidadania. E muito menos aos direitos humanos embora tudo isso seja o ideal de congraçamento que não se realiza, pelo menos até hoje.
Ao mesmo tempo que um ideal de bondade ,os direitos humanos são um escárnio diante dessa realidade a que estou me referindo. Só resta às pessoas protestar contra essa situação mas o núcleo da humanidade consciente dos problemas ,mas tendo necessidade de trabalho e de servir aos outros ,não tem a condição de por si mesmo intervir na problemática e só resta senão mandar o estado fazê-lo.
E como o estado responde?Com a mesma impessoalidade que identificamos logo acima no inicio do artigo.
Os meios para solucionar toda esta estrutura sádica,é também sádica,porque faz ouvidos moucos aos apelos e protestos das pessoas de bem e desvia estes interesses para interesses particulares,acantonados no Estado.
Esta análise o marquês não pode fazer ,mas nós deslindamos o seu desespero,que,possivelmente causava as suas transgressões.
Em outros artigos ponho as minhas concepções sobre porque as coisas são assim e como superá-las.
O principio da construção é mais dificil de realizar do que o da destruição,mas a destruição deixa marcas.Por isto sou otimista que no final das contas o primeiro principio predomine,SE HOUVER AÇÃO DAS PESSOAS DE BEM.Se este marasmo continua o futuro é sombrio e o risco de exetrminação é maior.
O marquês fica na destruição,mas ele tem um elemento redentor na sua personalidade e na sua obra:a denúncia.E enviesadamente expõe este lado que todos os esquecemos para podermos continuar:o sofrimento e desamparo humanos.
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