sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O trabalho(profissional)do intelectual.II


Muita gente não compreende o que eu digo nos meus artigos e me acusa,mas ,na verdade,é porque ninguém os  lê ou não tem conhecimentos básicos para entendê-los.
Quano me referi no artigo anterior à Ideologia,estava,como sempre,me referindo ao problema da ciência.A questão do sentido é outra.A ciência não dá sentido à vida,isto é cientificismo.
Dito isto quero aprofundar o artigo anterior.O que demonstro com o “ sepultamento” de Platão é que duas instâncias surgem:a profissão de filósofo ,com seus objetivos específicos e a instância necessária para buscar a utopia.
Como ressalto sempre a nação passou a ser o local para realizá-la.Esta constatação não exclui a instância universal,mas impõe uma distinção entre o nacional e o internacional,formal e jurídica.Ainda não há uma articulação entre estes dois “ locais” digamos assim.Mas para o que discuto aqui estas afirmações diminuem o campo de atuação do trabalho intelectual teórico e teorético,na resolução dos problemas políticos s e sociais.
As teorias ,como a de Marx,ainda são bem-vindas,mas precisam,como qualquer uma,de confirmação e mais do que isto, a sociologia se constituiu na ciência da sociedade.Como as teorias se encaixam nesta ciência já uma questão a ser aprofundada.Mas o fato é que a legitimidade de propostas resolutivas fica condicionada à ciência.
E há outra consequência:a relação quase que hierárquica entre o intelectual e o povo acaba ,porque a mediania dos debates é o mundo real das relações sociais.
Embora o marxismo tivesse seguido o renascimento e buscado esse equilíbrio,a sua concepção teórica,tida(erradamente) como científica,continuou com a separação,provinda de Platão.Marx achava que o “ Capital” deveria ser lido pela classe operária ,mas seu editor inglês,melhor conhecedor da vida,quis dividi-lo em fascículos para torna-lo mais fácil de entender por esta classe operária,que não tinha escola.
Pertence ao misticismo ideológico de esquerda,afirmar que o operário entende a questão da mais-valia com facilidade,porque o momento imediato de produção não dá esta noção,que só pode ser apreendida no todo.
Então a nação e a construção de uma “ comunidade universal” são os meios para se discutir a utopia,unindo o profissional,que se limita ,e o povo,que pode fazer um pequeno esforço.
O resto é conversa fiada.

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