Mas
existem ainda outras consequencias.Uma autora alemã que descobri na
internet ,Anna Tumarkin,em seu livro “Herder und Kant”,analisa as
relações entre Herder e Kant.E as conclusões dela são
obvias.Quando Herder se refere à unidade entre o a priori e o a
posteriori ,na matéria, Herder inaugura,junto com outros
,um princípio que faria fortuna nos séculos seguintes:o monismo
,que é o pensamento filosófico que supõe existir uma causa
única para todas as coisas,para os fenômenos,para o Ser.
A
bem da verdade o principio do monismo é uma continuidade com relação
ao pensamento dominante no passado,como o jusnaturalismo,que
pressupõe leis naturais válidas desde sempre,em todos os tempos,a
partir das leis naturais.
Curiosamente,por
razões transversas,mediatas,as concepções se tocam e se separam e
a compreensão destas relações tortuosas nos ajuda a entender
precisamente o que pensam os filósofos realmente.
Quando
o pensamento dos filósofos vai para o senso-comum se dá um imenso
problema,que aos poucos é preciso dirimir.
O
monismo,segundo a definição é aquele princípio pelo qual tudo se
reduz a um principio só que gera todos os outros.No século XIX o
principal representante deste movimento foi o biólogo evolucionista
Ernst Haeckel,mas o monismo ,identificado com o materialismo, surge
no iluminismo alemão,especialmente por Herder.
A
ideia de que tudo está interligado e tem um ponto de partida provém
também da filosofia em geral,do logos explicativo,que parte de um
princípio,conforme as formulações de Aristóteles em a “
Metafísica”.
Neste
sentido as ideias de Marx e Engels da cadeia de causa e efeito,dentro
da totalidade dialética ,é igualmente um monismo.
Turmakin
mostra que Kant com sua “doutrina transcendental dos elementos”pelo
menos abre um senda de investigação,admitindo que a experiência
humana,organizando racionalmente os elementos do mundo,tem um caminho
variado e quiçá infinito de possibilidades.
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