sexta-feira, 16 de maio de 2025

De volta à filosofia Hegel

 

Pausa para o meu assunto preferido e de minha vocação:filosofia.Eu acho que já tratei deste assunto em Hegel ,mas me disponho a aprofundá-lo novamente.

Algumas afirmações de Hegel precisam ser recolocadas não necessariamente dentro de uma perspectiva kantiana,como tenho trabalhado sempre,mas a partir de uma sensatez,uma razoabilidade.

Quando ele diz,dentro da sua dialética universal ,que o homem é o universo que tomou consciência de si,ele está pressupondo ,com a dialética,que se tem a consciência de tudo,aplicando a dialética na compreensão do universo.

Mas nem usando a dialética isso é possível,nem kantiana ,nem sensatamente.Se fosse assim todo o conhecimento seria pré-dado,já seria dado desde sempre,não havendo o novo e muito menos a mudança .

Estes críticos ortodoxos,quando criticam o possibilismo,em nome da certeza,não percebem(imbecilmente)que sem a possibilidade não há o novo e a mudança e que a certeza é sempre especifica e não geral.

Acreditar em certeza geral é isto mesmo:crença .Religião .Que me parece ser o destino de Hegel e não poucos,entre eles,marxistas.Que me parece igualmente um resquicio de jusnaturalismo ,em que a natureza é modelo da sociedade,quando ela não é modelo nem de si mesma,na medida em que,como dissemos,o novo,a mudança,estão sempre à espreita,inviabilizando este todo (dialético),imaginado por Hegel .

A consciência do universo é impossivel,como o das coisas mais simples(aqui Kant tem o conceito fundamental de Heidegger,presença ),mesmo por um principio monistico,tido como universal(seja a dialética ou o jusnaturalismo[ou a religião]),porque precisamos ,no minimo,do não-conhecer para conhecer e se qualquer modelo destes oferecer uma resposta por sua simples aplicação ao real,não teremos conhecimento,mas pura e simples tautologia,que ,por teratologia intelectual,se transforma em obsessão,ecolalia,cientificismo e outras “ doenças”,que escondem o movimento,onde estão o novo e a mudança ,os libertadores do homem(abertura para o mundo[Heidegger]).

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