domingo, 11 de dezembro de 2022

Kant como ferramenta II

 

Em outro artigo eu pretendo usar uma pesquisa feita por um autor de direita que mostra como o que definia decisões cientificas na época de que estamos tratando era o que se entendia ser a ciência,que supostamente havia superado todos os saberes,principalmente a filosofia.

Mas na história da ciência existem outros momentos em que a oportunidade de avanços maiores se pôs e grandes mentes não perceberam:se Leonardo da Vinci tivesse prosseguido no seu trabalho talvez ele pudesse ter chegado à descoberta da circulação do sangue.

Sem dúvida o problema de Kant aí é acreditar que existem coisas pré-dadas.É o apriorismo.Toneladas de materialistas se afastaram de Kant por seu idealismo,mas a definição de Kant é ser criticista criteriologia,criteriológico.

Naturalmente um estudo acurado destas obras de Kant poderia ter revelado muita coisa,mas vai dizer isto de Marx para um seu seguidor...

Isto,no entanto,vale para um monte de gente,que lê os autores só uma vez,para acreditar,não compreender.

O meu trabalho é para aprofundar o papel de Kant,mostrar o seu caráter prioritário para certas coisas,para certas realidades.Não é que ele seja único,mas é o mais universal.

Sem duvida,o corte epistemológico é uma invenção que confirma aquilo que eu disse anteriormente.Por uma série de razões imagina-se que a ciência ,sendo capaz de obter a causa dos fenômenos,tem meios de provar que só ela é habilitada a tal,como se esta busca da causa fosse suficiente para um mundo tão complexo.Mas como eu disse,com o exemplo de Proudhon,há pessoas que antevêem os problemas.E,neste caso,há que recuar e reconhecer isto.

No plano da filosofia não há uma ruptura,muito menos o seu fim.Mas o marxismo como outras correntes,pensou assim e ficou sem base.Se o movimento é permanente,não há propriamente fim ,senão no plano axiológico,ou seja,finalidade.

Kant libera a linguagem que já não restitui a realidade como um todo.Ele reconhece,ou pelo menos é possivel reconhecer por seu pesamento,a infinidade do mundo e da linguagem propriamente.

Muitos autores,por isto, depois de Kant ,não existiriam sem ele,sem esta liberdade da linguagem.O caráter interpretativo do mundo se tornou algo dominante na filosofia ,principalmente a filosofia da vida,Dilthey,Nietszche e tantos outros,mas penso ser possivel ,no âmbito da distinção entre conhecimento filosófico,profissional e o popular,o senso-comum,levando em conta que não existe mais barreira posta por Platão,encontrar um caminho de abordagem bom para aquele que não é profissional.Uma ligação entre o senso-comum e a profissionalidade.

Esta questão é derivativa da minha preocupação de cidadão e professor e de militante,de elevar a consciência do povo quanto ao seu futuro e quanto ao seu mundo.


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