sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Sobre os livros juridicos e as enciclopédias

 

Às vezes não consigo cumprir as minhas promessas e fico com cara de tacho,à mercê do riso alheio(kkkk).Mas é sempre assim na minha vidinha.

Eu faço fazendo,numa atitude historicista ,contrariando os meus fundamentos filsóficos de atuação.Este tema aí eu não vou discutir agora,mas na minha autobiografia(KKK).

O que quero dizer é que havia prometido trabalhar com os grandes livros de direito da humanidade e não pude encontrar conteudos novos que pudesse usar.Quer dizer que já não tivessem sido tratados

Na minha pesquisa ,e isto é importante que todo cretino que vem aqui me criticar saiba, sempre procuro trazer algo novo,ainda que pouca coisa.

Sigo uma ideia de Heidegger que preconizava para o pesquisador minucioso uma busca incessante daquilo que ele considerava como “ pedrinhas” de saber:por menor que fossem as novidades dali se podia evoluir para coisas maiores e a história da cultura humana o confirma.Pequenas ideias geram grandes teorias e concepções.Como diz o filósofo Lao-Tsé, “uma grande caminhada começa com um pequeno passo” e uma divisa antiga,dita muitas vezes na mesa de jantar por meu pai: “devagar se vai ao longe”.

Então me propus a continuar lendo os grandes livros juridicos,inclusive os de minha formação,para ,se encontrar alguma coisa nova,colocar aqui.

Para substituir este projeto eu tomei a decisão de trazer um outro,antigo,que tem a ver com a minha formação desde tenra infância:o das enciclopédias.

A minha formação é muito parecida(mal comparando)com a do professor Antonio Cândido.Segundo uma reportagem de “ Ciência Hoje” dos anos oitenta ,o professor,quando era pequeno ganhou de presente dos pais uma enciclopédia e eles lhe disseram: “você vai se arranajando com isto aí”.

A enciclopédia foi a sua primeira e fundamental “educadora” .Comigo aconteceu o mesmo:a enciclopédia Delta Larousse foi lançada em 1970 para ajudar àqueles que tinham perdido o emprego na ditadura militar,notadamente depois do AI-5.
Ele era familiar,não para mim,mas eu a devorei a vida inteira até aos vinte anos.E um pouco mais na verdade.NA VERDADE até hoje.

O enciclopedismo não é só construir livros complexos para reunir verbetes úteis.É uma “ ciência também que exige conhecimentos complexos e que cria novos ramos do saber:interdisciplinaridade,classificação das ciências e saberes ,arquivistica etc.

A minha atitude interdisciplinar vem de Marx,que era ,de certo modo, um enciclopedista(como Hegel[o Capital é uma enciclopédia]),mas também da enciclopédia Delta Larousse,num sentido mais pessoal.

Esta série trata pois das minhas leituras da enciclopédia e convido o leitor,os meus amigos, a fazer a mesma viagem que eu fiz ao longo da vida,por dentro dela e de outras também ,não sem tratar da questão “cientifica” que ela representa.

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