Leitura de Aristóteles
Aristóteles é a base da filosofia até mais ou menos o nascimento das ciências particulares.Desde o inicio na metafísica ele faz uma união entre filosofia propriamente dita e o que viria a ser chamado de ciência,ciência particular.
Contudo neste artigo quero tratar de um problema que é comum aos dois lados,aos dois saberes:o movimento.
Aristóteles é herdeiro do eleatismo porque ele entende o movimento como algo dividido em momentos separados entre si,mas acrescenta formas de movimento como as próprias formas das coisas,o velamento do Ser e da Substância do Ser(onde está a essência)e a relação do ato e da potência.
Depois analisarei cada um destes conceitos.O que eu quero ressaltar é a questão da impossibilidade de unificar tanto o movimento como o tempo:várias noções e conceitos explicitam manifestações destas coisas e portanto associar o real como conceito uno com o tempo e o movimento,essenciais a este real, é impossivel e é aqui que vemos como apesar de tudo os filósofos são dependentes do conhecimento científico,das ciências particulares.
Até hoje não há como estabelecer uma unidade do Ser e talve nem mesmo as filosofias religiosas sempiternas consigam,havendo necessidade de uma desistência histórica quanto a isto.
Talvez este seja o próximo passo da filosofia.Nos EUA alguns professores de filosofia tentaram-no forçando o abandono definitivo da figura de Deus como parte do discurso explicativo.Não deu certo porque Deus subsiste como um simbolo,ainda que objetivamente e no trato das ciências desde D´Alembert não seja mais preciso.
Aí nós retornamos ao principio deste artigo,no que tange à confusão aristotélica entre filosofia e ciência:o principio discursivo ainda vale para a filosofia,mas para as ciências um principio,ainda que simbólico,não participa da explicação do mundo.
Então podemos dizer que o modelo aristotélico ,em uma de suas partes iniciais acabou e se esgotou.O movimento na e da filosofia é um,na ciência é outro.
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