segunda-feira, 19 de junho de 2023

introdução do meu livro sobre Kant

 É o reconhecimento de uma pessoa de formação marxista como eu de que não existe uma filosofia no marxismo,o que me move aquo,para trás.Por mais que muitos tentem não há nenhuma filosofia aplicável ao marxismo exceto a de Kant e o materialismo dialético foi sempre uma falácia.Então a unica maneira de preencher este vazio é aceitar Kant e a sua criteriologia e isto passa para o marxismo.

Não existe uma totalidade fechada,uma dialética fechada,mas é possivel pela experiência dos povos discutir os temas do marxismo,como fizeram os austro-marxistas e a II internacional,dos quais eu vejo uma continuidade para os tempos atuais.

Dar um sentido profissional à crítica kantiana fazê-la participar das atividades humanas é o que eu acho importante.Toda a crítica,inclusive a literária, parte de critérios de organização/compreensão da sociedade.No caso da sociedade o encaixe desta explicação é importante mas não definitivo,porque a interpretação tem como sugerir mudanças num determinado setor ou situação.

Muita gente,inclusive no marxismo,entende que a interpretação joga a objetividade num pântano intransponivel,mas não é esta a realidade porque ,seguindo Kant,e segundo o seu criterio, a objetividade continua lá,na condição de elementos constituivos do real.É um erro fatal considerar Kant subjetivista ,embora elementos subjetivos autonomos sejam essenciais na sua filosofia.

Devo reconhecer que esta questão da subjetividade põe em dúvida o problema do apriori em Kant e é muito mais complexa do que uma simples diluição ou rejeição.Há coisas na humanidade que são dadas desde sempre,tanto filogenética quanto ontogenéticamente.Os homens sabem que o fogo queima.Não há prova de que precisaram queimar as mãos para saber do perigo,embora isto tenha acontecido.Há certas aptidões,inclusive nos animais que são dadas desde sempre.


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