segunda-feira, 12 de junho de 2023

Prefácio do meu livro marx

 Prefácio

Agora é o momento de fazer o trabalho essencial com o Capital.Este trabalho se refere aos meus comentários pessoais ,mas eu farei o mesmo usando ,já,os comentários de outros autores que eu separei em outros arquivos.

Aqui neste momento sou eu e a anotação que eu fiz nos remete a um problema muito sério que é o das definições em Marx e também o problema da relação da sua explicação sobre o valor.

Se o leitor observar as anotações feitas por mim vai analisar o seguinte: “força produtiva do trabalho”,o que é?Força produtiva do trabalho é a capacidade qualitativa de se produzir algo com menos esforço,por razões de tecnologia ou organização do trabalho(ou outra coisa nova).Pois,quanto maior a força produtiva de trabalho,menor o tempo de trabalho necessário,menor a massa de trabalho cristalizada no bem e menor o seu valor.

Quanto menor a capacidade produtiva(força),maior a quantidade de trabalho para produzi-lo e aí o valor do bem,a grandeza do s eu valor seria maior.

Dentro das premisas postas por mim neste trabalho,há que entender os termos usados por Marx para entender a mercadoria,especialmente a questão da grandeza:a grandeza do valor da mercadoria ,maior ou menor é medida por duas coisas,a capacidade produtiva do trabalho e o tempo necessário para a sua realização.É através destes dois elementos complexos que se pode medir a grandeza do valor da mercadoria.

Num segundo momento,eu aduzo algumas questões importantes ,pelo menos,para mim,desde que fiz as leituras prepatórias ao Capital,da Miséria da filosofia até à contribuição,passando por salário preço e lucro:o que sempre me colocou uma pulga atrás da orelha é a superficialidade da análise da dicotomia oferta e procura.

Nunca me enganei e não me engano hoje de que Marx aplica a dialética hegeliana fechada sobre a economia burguesa e que neste contexto sempre tendeu a ver a classe operária como fonte única da mais-valia,conforme está na contribuição.

Contudo,e isto aparece às vezes na polêmica com Proudhon,é lógico que o fator de procura subjetiva de uma mercadoria joga um peso na questão do valor.

Está certo Marx em dizer que se não se tem capacidade produtiva para fazer uma mercadoria não é possível sustentar a economia,mas num momento seguinte nós temos que admitir,que a procura de um bem depende muito da escolha subjetiva do mercado e da sociedade.

Existem certos bens que são essenciais à sociedade:roupas,casa e comida,mas fora estes há uma pletora de bens que em si mesmo contêem as necessidades desejadas pelas pessoas.Mesmo os bens essenciais à vida sofrem mutações na sua forma e substância para atender a estes desejos psicológicos.

Por hora devo dizer ainda a respeito disto que:quando Marx prioriza o trabalho do operário industrial(o termo sociológico é este e não proletário),ele não está fazendo uma escolha(kantiana),porque na prática o encaixe entre a objetividade das necessidades essenciais e o desejo social,que priorizaria objetivamente o setor produtivo da sociedade(como está na contribuição)é obrigatório e não passivel de escolha.Não ,ele não faz uma escolha kantiana.Aliás aqui é o limite entre a axiologia e o materialismo em Marx.A classe operária é capaz de produzir os bens essencias à subsitência da sociedade.Isto fundamenta muitos cretinismos dos radicais de esquerda por aí que acham que o resto não é essencial.Eu vou tratar desta questão em outro texto.Bernstein se refere a isto no “ socialismo evolucionário”.


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