quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Cosmos II

 Continuando a série,lembro-me que quando lecionava filosofia e falava sobre Kant eu exemplificava a sua filosofia de uma forma muito tradicional:a filosofia de Kant é como uma urna misteriosa que chega à praia,vinda do mar,sem nada gravado nela.O sujeito que a toma nas mãos escreve nela o que bem entende,para lhe dar um significado ,para si e para os outros(e para a vida).



O Mapa de Marte que se vê acima e que eu já colocara no primeiro artigo pode bem ser esta urna e a explicação do sistema de Kant tem como ser feita olhando-o.

Contudo esta utilização torna um exemplo simples em algo mais complexo,porque aí se trata de construir subjetivamente uma nva vida em um novo lugar.

Isto se coaduna com os meus textos sobre Kant,especialmente o último em que falo do caráter transcendental a posteriori de sua filosofia.

Rejeitando o Eu Transcendental de Husserl e as visões aprioristicas de Kant ,penso que jháum transcendental que não rejeita a experiência,antes a utiliza para projetar uma nova realidade.

Assim,olhando para estas regiões do planeta vermelho,o ser humano inventa uma nova vida,mas baseada nas suas experiências passadas as quais serão deixadas de lado ou usadas para este futuro.

Em determinado lugar edificarei minha casa ,coma minha família.Em outro estará meu trabalho.Tudo isto não saberei como será,mas está aqui na minha mente a ser posto lá na futura urna da humanidade.

Junto com estes artigos desta série eu colocarei aqui ,aos poucos,a minha tradução de Tsiolkovski,mais precisamente de seu livro “Investigação do Espaço através de veiculos Reativos”,de 1903.Farei também comentários.



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