sábado, 27 de janeiro de 2018

Esclarecimentos sobre a Metafísica e Heidegger

Não como falar no " eidos"-palavra assemelhada a " forma"(Aristóteles),se não se tem uma idéia geral,afeita ao Ser(em geral),de forma.
Se não há um Ser não há como falar nos entes(nas presentificações),naquele " algo",nos " modos de se por como existente".
Assim sendo Heidegger,como eu disse,recupera a metafísica sem perder a noção de que ela se esgotou e diluiu,como totalidade fechada explicativa.
E a sua maneira de fazer isto é  inserção do tempo.
A metafísica tem como seu núcleo central,diriam alguns o seu Deus, o conhecimento,a ciência(ou a sua falta).O modo como o pensamento se relaciona com as mudanças que os ganhos de conhecimento operam na vida  humana.
A matemática,no mundo grego,e as pesquisas dos pré-socráticos,são a abse das formulações metafísicas,incluindo a de Platão.
O período helenístico tem diversas motivações:o modelo de cidade,o conhecimento prático dos homens,a  natureza e Deus.Este último " conhecimento" tem um papel na Idade Média.
Com a ciência moderna os filósofos racionalistas se viram diante de uma " outra " natureza  e assim foi até ao século XVIII quando a metafísica ,repito,se esgota.
Mas o que faltava nela e a esgota(e a recupera) é o tempo.Mesmo no caso de Aristóteles e outros, o modelo explicativo nãos e funda no tempo,mas em categorias atemporais.
Isso vai até Hegel,apesar de sua concepção de movimento,que como já salientei não se conecta com as " leis dialéticas do movimento",porque se ele está pré-dado não é mais movimento e muito menos dialético(-a).
A dialética hegeliana expressa o princípio do fim da época metafísica e inicio da idade moderna: modernidade é o período que repõe os seus fundamentos permanentemente.Mas esta contradição a mantém na metafísica.
São dois os conceitos que a  solucionam:
a)a separação da linguagem ,do " logos",e da realidade;
b)o reconhecimento do tempo como instância  em que esta permanente reproposição se dá.
Esta instância é a condição real  de reconhecer o esgotamento do modelo explicativo metafísico e recuperação de alguns dos seus temas:
A dicotomia sujeito/objeto em Descartes; crítica racional da superstição em Spinoza;os temas da filosofia em Platão;as categorias dor real em Aristóteles;a "aposta" de Pascal e etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário