sábado, 28 de junho de 2025

As visões utópicas absolutas

 

É normal que todo utopista queira extender o bem-estar a toda a humanidade(nem que para isto tenha que matar metade dela).E o seu fanatismo deriva fundamentalmente da miserabilidade que convive com a riqueza e o eventual bem-estar dos outros. Este lado a lado é sempre mote para defender os totalitarismos.

Mas a vida e a história demonstram que este absoluto é muito dificil de alcançar.

Sempre preconizei sociedades muito controladas populacionalmente. Até ao advento do capitalismo as sociedades passadas,de um jeito ou de outro, sempre mantiveram populações pequenas.

Com o capitalismo e a sua necessidade de mão de obra farta para manipular(mas também pelos incrementos da ciência)as populações as populações cresceram sem controle e aí as dificuldades da sociedade e do estado em educar e incluir as pessoas se mostraram também crescentes até à insolubilidade.

Tenho sempre falado nos sem-teto e nas pessoas que não se encaixam. Retirar vítimas do sistema econômico da rua é possível e já foi comprovado em muitos países.

Mas eu penso que existem pessoas com uma conformação mental que não as permite se encaixar ou que as faz preferir,por razões talvez pscicológicas,viver uma situação anormal,ou que pelo menos chame a atenção dos “ normais” para estas figuras.

Não sei,tenho dúvida,mas em termos de utopia nós temos que pensar que,fora a miserabilidade social,outras questões assumem importância para a garantia da liberdade:a sua supressão não se justifica em termos de utopia.

Existe ,no entanto,um outro dogma próprio da “ esquerda revolucionária”,que é a supressão das classes altas para que tudo se encontre perfeito e acabado.

Também a história não autorizou a pensar assim:fazer uma revolução de tipo francês e esperar que as coisas se encaixem,numa produtividade capaz de prover a todos não depende deste processo de eliminação.Continua no próximo artigo.

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