quarta-feira, 11 de junho de 2025

Mais aplicações da fenomenologia à vida seja ela histórica,ou psicológica ou social.

 

Para mim,a filosofia,em termos genéricos,é muito dificil de constituir num país como o Brasil e as razões para tanto eu dou em outro texto.

Mas as filosofias aplicadas,ou as contribuições aplicáveis na vida todos têm como fazer,em todo o lugar e em toda a época.

O quanto venho falando das aplicações da etica nicomaqueia de Aristóteles ou o pensamento de Kant.Agora surge-me no horizonte Ser e Tempo de Heidegger e eu já ofereci explicações sobre seu uso.

Heidegger novamente pergunta sobre o Ser,mas não maneira que a pergunta foi feita até ele:o ser na perpectiva do tempo.Se lembrarmos Aristóteles,o “ Ser enquanto Ser”haverá confusão entre estes filósofos ,porque tanto um como outro buscam o Ser em geral ,como existente,mas há diferenças fundamentais.

Aristóteles define o Ser como o existente através de suas essências e de sua substância,enquanto que Heidegger só toma para investigação este ecz-stens,que está na vida,no tempo,na existência.

O Ser não tem como ser definido por isto ou aquilo,mas somente pela sua existência,de onde nascem outros conceitos ,já não mais ontologicos,mas ônticos.

Ôntico quer dizer aquilo que se põe como existente.A possibilidade do ente(seinendes),isto que se põe como algo é o Ser,o Ser que afirma não ser um ente.Porque não se define pelos entes ,mas por si mesmo,como possibilidade.

Ai,entra a minha interpretação:não tem como dizer que não há algo do ser no ente,pois a existência não tem rupturas.Dizer que o Ser não é isto ou aquilo é uma abstração,porque mesmo o ser tem uma essência,que é a existência.

E os entes contêem em si ,no seu algo( a existência do ser do ente,aquele que se põe como existente)uma imprescindivel essência.

Graciliano Ramos não gostava da palavra “algo”,porque ela não expressava nada e é assim como palavra somente,que exige ,para o movimento da existência, “algo” mais.

O ente é o professor que dá aula;o médico que clinica;o amante que ama.São todos “algos” que possuem elementos essenciais,pelos quais temos como conhecê-los e descortinar-lhes o sentido.

Em todos estes momentos do ente nós temos como ver problemas da humanidade:o professor que tem dificuldades em ensinar;o médico que sofre ao se aposentar e o amante que é traído.

São sentidos e possibilidades de sentido, “arruinados” eventualmente por algo que lhes impede de prosseguir na existência.

Para cada um destes problemas nós temos uma “ciência”, “ontologia”,para recuperar o caminho perdido :a pedagogia,a psicologia,a ética e assim por diante.Não vejo rutura.

O Ser é algo(olha aí)que não sabemos o que é,algo que aspiramos saber e que só se torna um ente quando se apresenta diante de nós,o Dasein(o homem).O sentido só se faz para este Dasein,não o em si mesmo.



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