Gosto
sempre de demonstrar aquilo que eu sou:um publicista,pesquisador,tão-somente.E
como eu sou um ávido buscador de livros ,desde a tenra infância eu vivo
buscando fundamentos,neles,para minha atividade.
Eu
vou explicar mais uma vez a origem e os critérios do meu trabalho:eu sou como
Lutero(mal comparando[kkkk]{não sei...}).A relação de Lutero com Deus era como
a de todo mundo,a partir da intercessão da Igreja Católica
medieval,profundamente hierárquica.Percebendo os vícios desta Igreja,suas
contradições morais insolúveis,ele se fundamentou em Santo Agostinho,que
afirmava a justificação pela fé e por via de consequencia defendendo a desnecessidade
da intercessão e das obras ,para chegar
à graça de Deus.
Este
movimento de Lutero,desejado por amplas massas que o seguiram,significou o
nascimento do individuo moderno,dotado agora do direito de buscar os seus
próprios caminhos em direção a Deus,interpretando a sua Palavra ,segundo o seu
coração.
Eu
tentei durante anos fazer o meu mestrado e doutorado e o que eu vi nas
universidades foi só falcatruas.Não vou contar detalhes do que eu vi
agora,porque é muita coisa,mas tudo me conduziu para a conclusão de que eu não deveria continuar.
Com
o tempo entendi que era meu direito fazer como Lutero e valorizar o meu amor
pelos estudos e prosseguir no meu
intento de me tornar pesquisador e escritor.Ninguém tinha o direito de me
proibir,de me impor a sua autoridade e me impedir de falar o que penso e
(tentar)produzir conhecimento.Eu agi como o cidadão moderno,nascido com as 95
teses:a minha parte eu faço(assim disse Guevara quando foi para a Bolívia...).
Esta
história de que só o que é produzido nas universidades,por quem tem diploma,tem
validade,é falsa e é freqüentemente
desmentida pela história e pela vida(que é mais importante do que tudo e
é o norte de qualquer pessoa que tem compromisso com ela[inclusive o estudioso]{e
todo o cidadão/trabalhador}).Geralmente
quem está fora da universidade,da escola,é que inova.
A
universidade foi criada para controlar a produção do conhecimento,porque
conhecimento é poder.E eu gosto sempre de citar a frase de Anisio Teixeira,patrono da educação brasileira(não
Paulo Freire):” O homem aprende dentro da escola,fora da escola e apesar da
escola” e eu,modestamente(mas firme)acrescento:estudar só na escola(como todo
escolarino faz[conceito aprendido em cascadura{kkkk}])não adianta.Há que juntar
a leitura dos livros com a leitura do “livro do mundo”(Descartes).
Tanto
na relação com o estado quanto com o público o processo de representação deste
individuo não é possível,integralmente,mas o cidadão/trabalhador é o real.O
estado e o público são abstrações que procuram se aproximar o mais possível deste
individuo cidadão/trabalhador,sem conseguir.Assim,em qualquer circunstância é
este ente individual que sobrevive e que
é a célula de tudo.
Associei
estes critérios com a minha formação marxista,especialmente no que tange à
teoria da alienação,objeto de estudos futuros aqui(estou me preparando).Se nós
somos,como pessoas comuns,tocados por produtos do conhecimento,que alteram,contra
a nossa vontade(não raro),a nossa vida.Se nós corremos risco por causa destes
conhecimentos(bomba atômica[guerra nuclear] )e de seu uso (na
raro)irresponsável,temos o direito de,pelo esforço,conhecer,para nos defender,para
atuar,para votar melhor e fazer a pressão qualificada sobre os
governos,necessária e de direito.
No
renascimento não havia esta barreira entre a autoridade gnosiológica e as artes
e profissões populares.A nossa época,Weber mostrou,é racionalizada,no pior
sentido da expressão,porque consagrou a distinção entre o trabalho intelectual
e o braçal(que Anísio criticava e lutou,no Brasil,para superar).Só detém a
autoridade quem está no estado,quem é reconhecido por ele,que supostamente representa
a todos.Aí as interpretações críticas de Foucault sobre a inexistência do
contrato social,são mais que cabíveis.Não tem esta representação.Isto é um
truque de empoderamento,como se diz hoje.A pessoa que está no estado,como
professor –doutor,mestre,tem mais preocupação com o poder do que com o
conhecimento e o povo em geral se desinteressa,porque sabe que não vai chegar
lá.Então a reprodução desta autoridade vazia se dá de maneira incontrastada e
impede a produção do conhecimento, tão decisiva para um país industrial.
Eu
não sou aqui autoridade.Procuro produzir mais conhecimento,por pequeno que
seja,mas sempre partindo de outros pesquisadores.Eu faço estes artigos usando
algo que não é propriedade de autoridade
nenhuma:teorias,métodos,empiria,categorias.Ninguém ,por mais qualificado que
seja é dono disto aí.Eu não consigo me fazer compreender.Há professores
universitários que ganham um nome porque obrigam os seus alunos a citar as suas
pretensas inovações à farta,sob pena de não serem aprovados e depois estas “inovações”
são desmentidas.Muito tarde ,porque tais reputações já estão feitas.
Eu
sempre fui ,como eu disse,um buscador de livros e os artigos sobre Nietzsche e
Kant se basearam nestes itens que eu citei acima,mas,por dever de
honestidade,que é um valor fundamental na minha vida e na minha atividade,eu
busquei referências na internet.Pesquisadores que pensassem aproximadamente
como eu: e eu encontrei!
Jay
Raimond Sucalski publicou uma tese em
1976 sobre a razão e a unidade da experiência em Nietzsche,que eu não
conhecia,mas cujos conceitos batem com os meus.Eu vou comentar esta tese.
E
o outro livro trata do meu artigo anterior sobre Kant:Charls Kirkland Wheeler “Real
Realism VS fictious idealism” que aborda a distinção a que eu me referi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário