sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

O fim da dialética II

 

Aristóteles

Primeiro argumento

Aristóteles é o grande defensor parmenídico do principio do terceiro excluído.Especialmente na sua Metafisica(que devia se chamar “ Ontologia”)ele dá os seus argumentos para criticar         a           contradição,a maior inimiga  da identidade,A=A.

Na dialética A se define pelo seu contrário -A.Mas na identidade A=A.

E quais os argumentos que Aristóteles usa para prová-lo?O argumento de que vou tratar aqui é bem interessante:se não houvesse,diz Aristóteles,uma base para definir o que é uma coisa ;se fossemos definindo  ad infinitum ,não haveria como construir  um discurso e explicar o real:não haveria um principio que é o fundamento de todo logos racional explicativo,que é o escopo de Aristóteles no capitulo que trata dos princípios.

O exemplo dado por ele é o da definição do homem como ser racional.Se usarmos  outras definições,no mesmo patamar desta,não será possível investigar o que o objeto é,o que é o Ser ,o “seu” Ser.

Se partirmos deste princípio básico,não pode haver outro,contraditório,porque senão cairíamos no mesmo problema.

Assim é uma das refutações da Dialética em Aristóteles.

Os intelectuais ,capazes de fazer reflexões infinitas às vezes se perdem neste emaranhado e buscam na dialética uma forma ilegítima de saber,mas que o desbarata no final.

Duns Scot ,o “ Doutor Sutil”é deste modo,mas o que o unifica é o transcendente divino,a teologia.

Walter Benjamim,que usa a dialética como marxista que era,só se mantém pela luta social,pelos oprimidos,pela utopia,porque pela dialética,se não encontrasse outro termo básico,seu pensamento se desvaneceria.


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